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Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que os funcionários da Safe Superintelligence (SSI), cofundada pelo mestre Ilya Sutskever (ex-OpenAI), foram instruídos a não listar o empregador no LinkedIn – em parte para evitar que a concorrência (leia-se, Zuckerberg) tentasse roubá-los.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Nvidia: cliente, fornecedora e concorrente
• xAI: trocando generalistas por especialistas
• Mágico de Oz: um novo velho blockbuster na The Sphere
• Fintechs: o ranking de investidores e investidas do ano.
• Inception: validando a teoria da internet morta

Dropped by Pedro Clivati e Renan Hamann
BIG TECHS

Nvidia: fornecedora, cliente e concorrente

Boa parte da receita da maior empresa do mundo vem das outras maiores do mundo, como Alphabet, Microsoft e Amazon. Para diminuir essa dependência, a Nvidia criou a DGX: uma plataforma em que ela mesma aluga poder das GPUs dos clientes que as compraram – tanto para uso interno (ok) quanto para outros clientes (não tão ok assim).

Isso colocou a Nvidia simultaneamente na posição de fornecedora, cliente e concorrente.

A Nvidia fabrica as GPUs que são necessários para rodar os servidores dos datacenters. Mas como não opera como uma provedora cloud pública, aluga datacenters dos clientes (AWS, Azure, Google Cloud).

As big techs (Google Cloud, Microsoft Azure e Amazon AWS), compram as GPUs, constroem os datacenters e alugam essa capacidade computacional gerada para seus clientes.

O problema é que a Nvidia usa o DGX para sublocar o poder de processamento dos datacenters alheios. É como se você alugasse o seu apê e descobrisse que o inquilino está faturando com Airbnb.

A receita da vertical de cloud da Nvidia é de US$ 2 bilhões. Um valor relevante, mas microscópico perto dos US$ 120 bilhões gerados pela vertical de chips.

Como o CEO Jensen Huang não quer briga, já mudou o tom e afirmou que a Nvidia vai escalar de volta os esforços de venda e usar o poder computacional alugado dos seus clientes apenas para uso interno – com algumas poucas exceções.

GROK

xAI: trocando generalistas por especialistas

Pelo menos 500 funcionários do time de data annotation da xAI já se preparavam para sextar quando receberam um email de desligamento. Mais do que uma redução, essa é uma substituição: a empresa de IA de Musk está trocando os tutores de IA generalistas por especialistas para o Grok.

Data Annotation Team: o maior time da startup é responsável por categorizar e contextualizar dados brutos para que possam ser usado no treinamento e avaliação dos modelos de AI/ML.

Lá são feitos rotulagem (adição de metadados ou tags a dados brutos), classificação (em diferentes categorias), transcrição (como converter áudio em texto), validação (se os rótulos são consistentes e precisos), iteração (atualização de rótulos) e controle de qualidade.

Na quinta-feira à noite, um líder publicou um desafio teste no canal de data annotation do Slack, ressaltando que a deadline para preenchimento seria na manhã de sexta-feira. No final da mesma sexta, muitos cinzaram o canal encolheu drasticamente.

O time de generalistas ficava responsável por um amplo escopo de atuação (desde anotar vídeo e áudio até escrever). Agora, os times de novos especialistas sendo contratados serão divididos em:

  • STEM, coding, finanças, jurídico, mídia

  • Personalidade e Comportamento do Grok

  • Shitposters e doomscrollers

Além das namoradas de anime de IA promovidas pelo chefão Musk, o chatbot da xAI já oferece personas como comediante, “não-doutores”, terapeuta, fiel amigo, etc. O movimento é só mais um indicativo que os planos do Grok – bem como os demais chatbots de IA – envolvem versões cada vez mais especialistas para os usuários.

QUICK DROPS

Mundo Afora

  • Google, tem mais um processo jurídico para responder. Dessa vez, os donos da Rolling Stone, Billboard e Variety processam a gigante pelo AI Overview.

  • Gemini, a exchange cripto fundada pelos irmãos Winklevoss, estreou na Nasdaq com um IPO que coloca o valuation da startup em US$ 4,4 bilhões.

  • OpenAI e Microsoft, chegaram em um acordo temporário sobre as cláusulas contratuais do investimento e a receita compartilhada sai de ~20% para 8%.

  • Apple, não vai liberar o uso das traduções ao vivo nos Airpods na Europa, já que a funcionalidade infringe os termos do Digital Markets Act.

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Oferecimento MATH

Inteligência artificial não é só mais assunto de departamento. Com as geopolíticas no tabuleiro, existe um desafio macro que afeta toda tomada de decisão de negócios hoje: 

  • Soberania, governança de dados e os bastidores das big techs! É este cenário que o Beyond AI quer debater em detalhes junto de especialistas, C-levels e Lideranças convidados. (Se liga na agenda, Dropper!)

O Beyond AI é um encontro organizado pela MATH e acontece no dia 1º de outubro (das 14h às 21h), no MIS-SP. 

O objetivo? Munir os participantes com critérios claros de como o cenário macro da AI impacta decisões no mundo real e ver como casos brasileiros estão fazendo do limão uma limonada ao avançar com segurança, eficiência e ROI comprovado nesse cenário.

Essa discussão nunca foi tão importante (e urgente) pros negócios!
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Um novo velho blockbuster na The Sphere: o Mágico de Oz

Quando o CEO James Dolan licenciou um musical de 86 anos de idade e gastou +US$ 100 milhões para adaptá-lo às milhares de telas da Sphere, não esperava que o investimento ia se pagar tão rápido. Mas, antes mesmo de exibir a primeira sessão do Mágico de Oz, vendeu +200.000 ingressos!

A cada sessão são 4-5k pessoas pagando ~US$ 200 por ingresso. São quase US$ 2 milhões por dia e a arrecadação pode chegar a US$ 1 bilhão até o fim do licenciamento – muito mais lucrativo que shows ao vivo (com margem de 70%).

A Sphere custou US$ 2,3 bilhões para ser construída e projeta arrecadar este ano:

  • US$ 400 milhões com filmes

  • US$ 200 milhões com shows

Apesar disso, a The Sphere ainda não comemorou um ano lucrativo desde a abertura em 2023. Mas o CEO já planeja uma nova construção em Abu Dhabi e outras versões menores por aí. Entre os alvos para próximas adaptações estão Harry Potter (da Warner) e Star Wars (da Disney).

QUICK DROPS

Brasil Adentro

  • PJ não é de aço*: e também precisa cuidar da própria saúde. Pra te ajudar a achar o plano certo e ainda garantir o melhor preço, a Company Hero criou um simulador 100% online. Simule agora!

  • Omie, levanta a maior rodada de uma startup brasileira no ano com a SoftBank e Riverwood e coloca US$ 150 mi (R$800mi) no caixa.

  • Zucchetti, a multinacional italiana com forte presença no BR, capta R$ 35 milhões com o BNDES para construir soluções de IA.

  • Deepful, a startup usando IA para treinar vendedores da indústria farmacêutica, capta rodada de R$ 5 mi com a Aggir.

*Conteúdo de marca parceira

STATS

US$ 2,4 bilhões

ou quase R$ 13 bilhões foi o valor investido em fintechs brasileiras nos últimos 12 meses (junho de 2024 - junho de 2025). Neste período, haviam 2.075 fintechs em atividade e 175 investidores, que realizaram 125 rodadas.

No ranking de investidores que mais fizeram aportes:

  1. Itaú: com 8 aportes no período (3 deles em equity)

  2. B3: com 7 aportes

  3. Norte Ventures: com outros 6 aportes

No ranking de startups com maiores rodadas:

  1. Asaas: que levantou US$ 151 milhões em uma série C

  2. Celcoin: que captou US$ 124 milhões em uma série C

A maior parte das operações no Brasil aconteceram em forma de dívida estruturada (como o FIDC, Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), ao contrário do tradicional formato de equity (participação acionária).

via SlingHub

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Menos custos, mais produtividade… E crescimento!

Oferecimento Zoho Projects

Quem já tentou organizar centenas de projetos ao mesmo tempo, enquanto times espalhados pelo mapa trocavam mensagens desencontradas, sabe o tamanho da dor de cabeça. Prazos estouram, informações se perdem, e a sensação é de que cada reunião gera mais ruído do que clareza.

Esse é um cenário que a Queen SEO não enfrenta mais. E a virada veio quando a startup encontrou no Zoho Projects uma plataforma de gestão de projetos colaborativa e integrada capaz de alinhar equipes, reduzir atritos e ainda economizar tempo.

O CEO da Queen é quem diz: a plataforma combina personalização – integrou processos próprios de design thinking e web dev – com uma gestão visual clara. Além disso, trouxe clientes para dentro do fluxo, facilitando aprovações e feedbacks.

O resultado na Queen SEO? 15% menos custos e 20% mais produtividade. E com o Zoho Projects ajudando no crescimento.

Quer seguir os passos da Queen e escalar seus negócios sem perder o controle? Conheça o Zoho Projects.

IA

Inception: validando a teoria da internet morta

A teoria da internet morta diz basicamente que a internet inteira é feita de robôs conversando entre si – quase sem intervenção humana. Apesar da enorme quantidade de bots por aí, a real é que a internet ainda está bem viva. Mas não por muito tempo, pelo menos se depender da startup Inception Point.

  • A máquina de gerar conteúdo: a startup construiu 184 agentes de IA personalizados usando vários modelos de LLM capazes de construir podcasts na velocidade da luz. Ao todo já foram 5.000 podcasts produzidos, com 3.000 episódios lançados por semana.

  • A máquina de gerar receita: o custo de produção de um podcast com IA gira em torno de US$ 1. Depois, esse mesmo episódio recebe anúncios programáticos e, se apenas 20 pessoas ouvirem, ele já se paga e gera lucro.

O time da Inception Point tem apenas 8 pessoas humanas (4 na área de conteúdo), mas 50 personalidades de IA responsáveis por apresentar os podcasts.

Os bots também usam Google e redes sociais para encontrar tendências e cada episódio ganha ~5 versões para testes de desempenho, sempre com títulos curtos (como “Baleias”) para facilitar o descobrimento por SEO.

A startup, por enquanto, foca apenas em podcasts, mas já admitiu que está testando short-form vídeos e influencers de IA. #BraceYourselves.

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Pela primeira vez desde o lançamento oficial em 2023, o chatbot Gemini do Google ultrapassou o ChatGPT da OpenAI em número de downloads (Android e iOS) e no volume de buscas.

O que achou da edição de hoje?

Lemos tudinho!

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