A Teoria da Internet Morta

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A teoria da Internet morta é uma teoria online que afirma que a Internet consiste quase inteiramente em atividade de bots, conteúdos gerados automaticamente e manipulados por algoritmos. Ou seja, a internet é fake.

Apesar de ter surgido em meados dos anos 2010, só agora com a inteligência artificial produzindo conteúdo a rodo e os bots influenciando a receita dos ads, que voltou aos holofotes. De acordo com um relatório da NewsGuard e MIT Tech Review, +140 grandes marcas estão pagando por anúncios que acabam em sites não confiáveis ​​escritos por IA - e provavelmente nem sabem disso.

As chamadas ‘fazenda de conteúdos’ estão usando IA para produzir conteúdo para sites criados especificamente para receberem anúncios. Eles usam táticas como clickbait, vídeos de reprodução automática e anúncios pop-up para extrair o máximo de dinheiro possível dos anunciantes.

O processo é tão automatizado que, a estratégia da NewsGuard para identificar tais sites é buscar por frases publicadas como “Desculpe, não posso atender a esta solicitação (prompt), pois vai contra os princípios éticos e morais… Como um modelo de linguagem de IA, é minha responsabilidade fornecer informações factuais e confiáveis.” Alguns dos sites encontrados chegam a publicar 1200 artigos por dia!

Estudos recentes mostram que 21% das impressões de ads programáticos acabam caindo nestes sites, gerando um rombo global de $13bi - ainda pouco perto dos $168 bi gerados pelo Google ano passado.

E isso por que não estamos nem em época de eleição. Como Sam Altman mesmo tweetou postou esse final de semana “Estou nervoso com o impacto que a IA terá nas eleições futuras (pelo menos até que todos se acostumem). A persuasão 1:1 personalizada, combinada com mídia gerada de alta qualidade, será uma força poderosa.”

O que rolou mundo afora

• Twitter/X: irá financiar a conta legal de usuários que forem tratados injustamente por empregadores por terem postado/curtido algo na plataforma.

• Google: está oferecendo um 'especial' de hotel no campus para ajudar a atrair trabalhadores de volta ao escritório.

• Zoom: sem nenhum senso de ironia, está pedindo para que seus funcionários retornem ao escritório.

• Mr Beast: bateu outro recorde mundial de mais visualizações em 24h de um vídeo não musical, somando +58 milhões de views.

• Meta: foi condenada a pagar pelo vazamento de dados de 29 milhões de usuários em 2018-19. Descubra aqui se você está elegível para receber.

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Clube da Luta contra Gravidade

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Era 1969 quando a Bell Aerosystems realizava o seu primeiro voo com a sua mochila a jato. Robert Courter, uma das únicas pessoas do mundo que conseguia operar o jetpack, voou por 20 segundos - tempo que demorava para o combustível acabar - e conseguiu atingir a velocidade de 90km/hora e até 90 metros de altura. O projeto, financiado pelo exército americano, foi descontinuado já que era muito caro, barulhento, pesado e arriscado de usar.

Cinquenta anos depois e a corrida dos jetpacks está no auge, com opções que chegam a 235 km/h, até 3.000m de altitude, com voos de 10 minutos carregando até 120kg. E como a licença para vender ainda é uma das maiores barreiras, você pode se juntar ao Flight Club e realizar voos a partir de U$3.5k.

Algumas das startups liderando a corrida:

• Zapata FlyBoard

• Gravity

• Jetpack Aviation

• Martin Jetpack

• Exovolar

• Maverick Aviation

As aplicações iniciais variam de uso militar, resgate em áreas remotas e até corridas. Durante o GP de Fórmula 1 na Áustria, uma equipe de 3 pilotos sobrevoou a pista Red Bull Ring - até um dos pilotos cair!

O que rolou Brasil adentro

• Fintalk.ai, o chatbot de IA para atendimento capaz de entender sotaques, capta rodada seed de R$6mi com a Revolution.

• Gupy, a hrtech unicórnia que aplica IA no processo de recrutamento e seleção de empresas, demite 58 funcionários em ‘reestruturação estratégica'.

• EqSeed, a plataforma de financiamento coletivo (crowdfunding) para startups, usou o próprio produto para captar R$7.5mi e quebrar o recorde nacional.

Carregador de carro elétrico sem fio

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Levando em consideração que os carros da Tesla já vem com uma opção de direção autônoma - chamada Autopilot - que pode ser contratada através de uma assinatura mensal que variam de U$99 à U$199/mês, nada mais lógico que o carro também consiga se carregar sozinho, certo?

• A primeira solução para o desafio foi um carregador cobra - basicamente um braço robótico - capaz de plugar no veículo por conta própria. Mas essa ideia não chegou a emplacar.

• A segunda solução é um carregador sem fio. E para tirar o projeto do papel, a Tesla está adquirindo a startup alemã Wiferion por (estimados) U$76 milhões.

Com a direção autônoma e o auto-carregamento, a Tesla dá mais um passo para tornar o plano da frota de robotaxis uma realidade. Segundo Musk, um carro é usado em média 10-12 horas por semana, passando 90% do tempo estacionado na garagem de casa ou do trabalho. Se o proprietário ligar a opção, os carros poderiam passar esse tempo ocioso na estrada como parte de uma rede de carona, ganhando dinheiro tanto para o proprietário quanto para a Tesla.

Se o plano der certo, estimados $4 trilhões de receita até 2027 poderiam ser gerados, além de ~U$14 trilhões no valor da empresa - segundo a projeção de Cathie Wood da Ark Investment.

Ps1: a Uber também fechou uma parceria com a Motional (uma joint venture da Hyundai e Aptiv) para desenvolver sua própria rede de carros autônomos. Com 130 milhões de usuários mensais e 2.1 bilhões de corridas no primeiro trimestre, o Uber tem como vantagem competitiva o volume de dados gerados para treinar os modelos.

Ps2: Nem só de carros elétricos autônomos vive a tesla. Na última semana, a Pepsi apresentou sua frota de 21 caminhões elétricos da Tesla que prometem rodar por 12horas a fio.

Contra dados não há argumentos

Status do dia

World of Statistics disse que “os humanos agora representam apenas 38,5% do tráfego da Internet – os outros 61,5% são não humanos (bots, ferramentas de hacking, etc.)”