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💧 A treta do Mercado Secundário de Startups

+ Apocalipse dos call centers + RIP Invision

Boa semana Droppers,

Hoje eu aprendi: que existe uma igreja do GPU, de verdade. A igreja, que fica em Barcelona, hospeda 4k H100s, criando o supercomputador mais poderoso da Espanha, santificado nomeado como MareNostrum. Ah e está aberto para visitas.

No drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

  • Cliente ou Produto? O caso Carta.

  • Fatores de Ranqueamento do Google '24

  • Rest In Peace, InVision.

  • O apocalipse dos call centers…

Techdrop é a newsletter de tecnologia e negócios com notícias e análises inteligentes - sem ser chatas - direto ao ponto e direto no seu inbox.

Cliente ou Produto? O caso Carta.

carta, captable, startups, liquidez, cartaX

Se você é fundador ou acompanha o mercado de startups, já deve saber o que é a Carta. O que talvez você não saiba é a bomba que aconteceu esse final de semana:

First, first things firsts para quem não sabe do que a gente tá falando:

A Startup Carta: um software de gestão do quadro societário e de acionistas, mapeando suas respectivas participações, como a % de equity, seus valores, os participantes, os contratos, possíveis diluições e valor patrimonial de cada rodada de investimento. Com ~95% de marketshare e mais de 5.5k clientes, seu último valuation foi de $8bi dólares (Série G).

O Mercado de Captable Management: apesar de crescente, ainda é recente e pequeno: estimado em $0.5M-1Bi (um nada perto do mercado de banking ou social). O principal produto da startup é basicamente um excel avançado adorado pelos departamentos jurídicos.

O Valuation vs. Mercado: como pode uma empresa ser 8x maior que o tamanho do seu mercado? Aumentando seu TAM (total addressable market). Foi assim que surgiu a…

CartaX: uma solução criada dentro de casa que visa dar liquidez para acionistas (funcionários e investidores) através da venda de ações no mercado secundário. Com a faca e o queijo na mão (sabe quem é dono das ações, e quem tem interesse em comprá-las), a CartaX usa as infos da Carta para conectar as duas pontas, criando a oportunidade de negócio.

O problema: fizeram isso sem o devido consentimento dos fundadores e dos acionistas. Foi o que rolou com a Linear, que depois de ter seus investidores-anjos abordados pela equipe de vendas da Carta, o CEO soltou o verbo no X.

O Conflito: com uma tentativa desastrosa de explicar o ocorrido, o CEO da Carta tacou mais lenha na fogueira, abrindo brecha para acusações de conflito de interesses, confiança, uso indevido de dados proprietários e pavimentando o caminho para concorrência (Angelist, Pulley).

Boa sorte para a equipe de PR da Carta que, neste momento, luta para manter sua idoneidade e correr do seu momento Facebook B2B (se posicionando como captable management e monetizando os dados gerados ao construir o maior mercado secundário do mundo).

O que rolou mundo afora

  • Netflix: está considerando adicionar compras in-app e anúncios nos jogos dentro da plataforma.

  • Geely: a fabricante de carros dona da Volvo, lançou seu novo carro elétrico, Galaxy E8 EV, na China por U$24,600.

  • Hey: o app dos fundadores do Basecamp, está brigando com a Apple novamente. Dessa vez, por causa de um novo app de calendário.

  • Microsoft: inseriu um novo botão no seu teclado: o Copilot key. O botão abre o Copilot, IA da Microsoft que integra com a suit de produtos Office.

Corra, Marketeiro, Corra!

Apresentado por Semrush

Quando a maior autoridade da web em SEO cria um report da sua indústria, toda equipe de marketing deveria correr para ler. O Fatores de Ranqueamento do Google '24 saiu, e a equipe do Drop devorou os dados e a AULA da equipe da Semrush, para trazer nossos 3 principais insights:

  • Relevância no texto, tráfego orgânico da URL e tráfego orgânico do domínio são os três fatores com maior correlação com a posição da página no Google!

  • Pontuação da Autoridade de domínio é a sua north-star metric quando o assunto é backlinks, mas cuidado - fuja de linking building black hat!

  • Proporcionar boa experiência pro usuário é fundamental, e isso inclui UX, qualidade do conteúdo e segurança.

Esses foram apenas alguns dos diamantes que encontramos nesse estudo que analisou +300k posições orgânicas e que tem, potencialmente, o maior valor agregado para sua estratégia de conteúdo este ano.

Acesse sua cópia, em pt-br, e veja o que importa para ranquear no Google! 👇

O que rolou Brasil adentro

Rest In Peace, InVision.

invision, app, design, prototipo, falencia

Há algumas semanas atrás contamos a história de como um app de design (Figma) levou U$1bi para casa depois que o outro app de de design (Adobe) não conseguiu finalizar sua aquisição. Agora, outro app de design, InVision, que já havia captado $356mi e sido avaliado em quase U$2bi, anunciou que está fechando as portas no final de 2024.

O aviso repentino veio do próprio CEO Michael Shenkman, em um blog post no site da empresa que, ao longo da jornada, quase completou a sopa de letrinhas do mundo do venture capital, faltando apenas as 3 letras mágicas no final da jornada (IPO):

2011: lançamento
2012: seed de U$1.5mi
2013: série A de U$11mi
2014: série B de U$21mi
2015: série C de U$45mi
2016: série D de U$55mi
2017: série E de U$100mi
2018: série F de U$115mi
2019, 2020, 2021, 2022, 2023: IPO

A plataforma de prototipação da InVision foi, por bons anos iniciais, o produto mais inovador do mercado e adorado pelos consumidores. Mas não conseguiu sustentar a pole-position (assumida pelo Figma) e nem ajustar as contas de casa para se sustentar sem o capital externo dos VCs.

Moral da história: nem sempre o first players takes all.

O apocalipse dos call centers…

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Bland.ai criou um robô conversacional capaz de realizar 500.000 ligações simultâneas, que trabalha 24/7, responde na mesma velocidade de um humano, utiliza a voz de qualquer pessoa, por centavos..

O objetivo da call é configurado mais rápido que um miojo, e sem códigos: vendas, suporte, agendamentos, cobranças, cotações, entrevistas de emprego, etc.. Para se ter uma idéia do potencial de disrupção desta tech, usamos o ChatGPT para descobrir a quantidade de trabalhadores nesses setores:

  • Trabalhadores de call center: 20 milhões

  • Operadores de telemarketing: 3-4 milhões

  • Recepcionistas: 8-10 milhões

  • Condutores de pesquisa: 1-2 milhões

  • RH (chamadas de triagem inicial): 2-3 milhões

  • Especialistas em suporte técnico: 5 a 7 milhões

  • Cobradores de dívidas: Cerca de 1-2 milhões.

  • Vendedores de varejo (por telefone): Aproximadamente 4-5 milhões.

  • Atendimento ao Cliente Bancário: Estimado em 3-4 milhões.

  • Processadores de sinistros de seguros: Aprox. 1-2 milhões.

  • Agentes de viagens (por telefone): Cerca de 1 milhão.

  • Marcadores de compromissos: estimados em 2 a 3 milhões.

  • Agentes Imobiliários (Consultas Iniciais): Aprox. 3-4 milhões

  • Agentes de reservas de hotéis: Aproximadamente 2-3 milhões.

  • Atendimento ao Cliente de Telecom: Cerca de 2-3 milhões.

Estamos falando entre 58 a 73 milhões de profissionais que terão seus empregos ameaçados por uma IA mais barata, rápida e produtiva. E nem vamos abrir a caixa de pandora de spams/golpes. Será o apocalipse dos call centers? 0303 chamando… Câmbio, desligo.

Contra dados não há argumentos

Stats do dia

O último valuation da Angelist foi de $4.1bi
O último valuation da Carta foi de $7.4bi
O último valuation da Sollium foi de $900mi
E o setor de captable management ainda conta com Capdesk, Capbase, PayGroup, Legalpad, Roots, Zeitgold… tudo para uma indústria de ~$1bi.

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