- TechDrop
- Posts
- 💧 Roubando tech alheia com Apple
💧 Roubando tech alheia com Apple
+ O Grupo dos Sete Magníficos
Bom dia Droppers.
Hoje eu aprendi: que a Apple é o maior fabricante de relógios do mundo, bem na frente de todas as marcas suíças (Swatch, TAG, Heuer) juntas.
Por receita: são $20bi versus $13bi da Rolex.
Por volume: são 54 milhões versus 22 milhões da Casio.
No drop de hoje, em 5 minutos:
Combinação dos céus, processo dos infernos: Figma e Adobe
Roubando tech alheia: Projeto Everest Apple
Rebranding na FAANG: O Grupo Dos Sete Magníficos
Techdrop é a newsletter de tecnologia e negócios com notícias e análises inteligentes - sem ser chatas - direto ao ponto e direto no seu inbox.
Combinação dos céus, processo dos infernos
adobe, figma, m&a, reguladores, design
Depois de 15 meses de intensa pressão dos órgãos reguladores do Reino Unido e União Européia, a Adobe e a Figma anunciaram que estão terminando o acordo de fusão.
Pelo deal inicial, a Adobe pagaria U$20bi para levar o Figma.
Com o término, a Adobe ainda precisará pagar U$1bi, sem levar o Figma.
O Lado Da Adobe: ao olhar para uma nova liderança crescendo +100% ao ano, favorita pelo seu nicho de mercado (+80% dos respondentes), na frente de todas as suas soluções, com ~$400mi de ARR e um time jovem e brilhante por trás, a proposta de aquisição se torna quase lógica.
O Lado do Figma: não vai ter casa nova, mas volta para antiga casa com U$1bi em taxas de rescisão, o que pode ser considerado o financiamento não dilutivo mais criativo da história - e mais do que a startup captou com VCs ao longo dos seus 10 anos, $333mi.
O Lado Dos Reguladores: foi de que a Adobe já possui um quase-monopólio em softwares para design. A aquisição da startup de crescimento mais rápido no segmento prejudicaria a inovação no setor. Mas a decisão não foi dos orgãos, que até deram a opção da Adobe desinvestir alguns de seus ativos para concluir a fusão.
O Lado Microsoft: rumores que a Microsoft tinha demonstrado interesse na aquisição do Figma, mas desistiu quando Adobe colocou sua oferta. Depois de enfrentar uma batalha regulatória para aquisição da Activision Blizzard, pode ser que a bigtech volte ao game para mostra para a Adobe o que é ter resiliência.
O terceiro trimestre de 2023 foi o primeiro, em muitos anos, que nenhum player fez um movimento de M&A, o que faz o restante da indústria se perguntar se a era dos M&As com bigtechs está chegando ao fim - o que mudaria completamente as “regras do jogo”. Como disse Dharmesh Shah: M&As não são difíceis de acertar, são difíceis de realizar.
O que rolou mundo afora
Zoom: a grande beneficiária do lockdown (400% em 2020), está saíndo do índice Nasdaq 100 depois de crescer apenas 5.7% no ano.
Nikola: a startup de caminhões a hidrogênio, terá seu founder e CEO Trevor Milton preso depois que um jurí o considerou culpado por mentir aos investidores.
Farfetch: o marketplace de luxo e roupas esquisitas foi comprado pela sul coreana Coupang por $0,5bi - o pico do seu valuation em 2021 foi$24.9bi
Tesla: convenceu Volkswagen, Porsche e Audi a usarem seu padrão de carregadores para EVs (electrical vehicles)
Projeto Everest da Apple: roubando tech alheia
apple watch, project everest, masimo, patentes
Esta é a última semana que você encontrará o Apple Watch Série 9 e Ultra 2 nas prateleiras dos EUA. O motivo? Uma proibição de importações imposta pela IFC, resultado de uma das maiores batalhas de violação de patentes dos últimos tempos. Senta que lá vem história:
Quando a Apple decidiu entrar no mercado de wearables em 2013, se encontrou com Joe Kian, CEO da Masimo, uma healthtech que desenvolveu a tecnologia de monitoramento de oxigênio no sangue (oximetria de pulso). A parceria parecia avançar mas, a Apple tinha outros planos…
O Projeto Everest: porque pagar se podemos emular/copiar/roubar?
Sem fechar a parceria e sem adquirir a startup, a Apple recrutou +20 funcionários de seus funcionários, ofertando o dobro do salário, incluindo o CTO que recebeu $4mi para pular de barco em já nas primeiras duas semanas no novo trabalho, registrou +12 patentes.
A Masimo não é a única vitima do Projeto Everest:
Blinx acusa a Apple de ter roubado sua técnica para anonimizar emails durante sign ups quando a empresa lançou o "Sign in with Apple" em 2019.
Tile acusa a Apple de ter plagiado sua tecnologia de rastreamento para lançar o próprio device: AirTag.
AliveCor produziu o primeiro device capaz de fazer eletrocardiogramas via Apple Watch - que eventualmente foi copiado, acabou na corte, que decidiu em favor da startup.
Valencell que desenvolveu uma das primeiras tecnologias capazes de monitorar os batimentos cardíacos com pessoas em movimento, também levou a empresa para corte.
A maioria desses empreendedores não possuem os recursos necessários para enfrentar legalmente a maior empresa do mundo. Mas Kian tornou a batalha sua “vingança pessoal” e já gastou +$60mi do próprio bolso.
Quais novos Drops vocês gostariam de ver chegando no seu inbox em 2023?Hoje temos o TechDrop (este que vos fala) e o AiDrop (todas as quintas-feiras)... |
O que rolou Brasil adentro
The Next Big Thing, o relatório com tendências e insights tech para 2024 produzido por Lucas Abreu e Júlia De Luca saiu do forno!
Strive, a aceleradora formada por ex-C6 e ex-Flores Online, escolheu as 2 primeiras investidas: Mercado Único e Coeh.
Blip, o unicórnio brazuca de conversação com IA, adquiriu a startup mexicana Gus para expandir internacionalmente.
Stoque, a startup mineira que automatiza sua empresa comprou a Zeev, por valor não revelado, para acelerar seu plano de expansão.
O Grupo Dos Sete Magníficos
Apple, Microsoft, Google, Amazon, Nvidia, Tesla, Meta, S&P
Eles já foram chamados de MAGA, depois de FAANG e agora, com entrada de dois novos membros e o rebranding de alguns existentes, se chamam o Grupo dos Sete Magníficos: Apple, Microsoft, Google, Amazon, Nvidia, Tesla, e Meta.
Olhando para o índice S&P 500, que contabiliza as quinhentas maiores empresas listadas na bolsa de valores americana, elas valorizaram 75% este ano, 6x o ganho médio de 12% das outras 493 integrantes. Somadas, elas são 30% de todo índice, um recorde de maior participação de quaisquer 7 empresas listadas, com dados desde 1980.
Olhando para o MSCI World Index, que contabiliza 1500 empresas listadas publicamente nas bolsas globais, as magníficas sete, possuem um peso maior que todas empresas do Reino Unido, China, França e Japão juntas (dá uma olhada no Contra Dados não Há Argumentos abaixo).
Se você está se decidindo se é um bom momento de entrada ou não, vale reforçar que elas estão sendo negociadas a um índice P/L (Preço / Lucro) de 33x, versus os 21x das demais empresas da S&P500.
Contra dados não há argumentos
Compartilhe o TechDrop e ganhe prêmios
Quanto mais compartilha, mais inteligentes ficam seus amigos e mais presentes você ganha.
Você está com 0 indicações. Faltam 0 para ganhar a
O que achou da edição de hoje? |
Reply