STREAMING

Netflix: dá um 360 e chega na TV aberta.

Como já dizia o Duas Caras: ou você morre como herói, ou vive o bastante para virar vilão. Os streamings vieram para acabar com a TV aberta, dando ao usuário controle total. Mas o mundo dá voltas e a Netflix também. E agora ela fechou com a maior emissora da França e vai exibir canais ao vivo direto no app. O que isso significa?

• Para a Netflix: expansão! Líder em assinantes, receita e marca, a Netflix também precisa inovar. Depois de esportes, infantis e jogos, o próximo ambiente a conquistar sem produzir é o dos programas ao vivo da TV tradicional. O bônus? Geração de mais espaço para anunciantes,

• Para a rede TF1: sobrevivência! Com a audiência em queda e dependente de publicidade, a parceria dá mais visibilidade aos conteúdos. Mas pode arranhar a reputação e tensionar acordos com anunciantes.

• Para o usuário: mais autonomia! Que tal assistir a Ana Maria Braga diretamente no Netflix? O acordo ainda é exclusivo para a França, mas não é difícil prever que, em breve, chegue em outros mercados chave do aplicativo.

Apesar de ter lançado o seu plano mais econômico com anúncios há apenas 19 meses, ele já representa +30% do total de 300 milhões de assinantes da Netflix. Expandir para mais eventos ao vivo é o caminho natural, já que espectadores de conteúdo ao vivo são mais propensos a aceitar os ads com atenção.

Os analistas da Ampere chamaram a parceria de “acordo perfeito de integração e cooperação diagonal”. Em outras palavras, um player em declínio (TF1) se aproveita do alcance, poder e crescimento de outro player em ascensão (Netflix).