Parceiro em destaque

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que existe um site para você avisar anonimamente aquele seu amigo com bafo de onça. A associação brasileira de halitose (Abha) envia um email que evita o seu constrangimento e indica o tratamento para o mau hálito do amigo.

IA

O fone de ouvido super-ultra-inteligente

Depois de ter gastado +US$ 6 bilhões, gravado um mini-filme para o lançamento oficial e feito muito barulho para trazer um dos maiores nomes da indústria de hardware e produto, a OpenAI precisou deletar todo material criado com Jony Ive e Sam Altman dias depois. O motivo? Alegações de propriedade intelectual roubada.

A ação judicial foi movida pela IYO – sobre a marca de Ive-Altman: ‘io” – caiu na net e nós passamos a caneta dropadora no tecniquês para te explicar as alegações:

• Em 2018: a startup IYO foi incubada dentro do Google X, que também investiu US$ 60 milhões na startup, antes de desmembrá-la em uma empresa independente. A ideia era construir o primeiro computador de áudio do mundo – um produto que poderia substituir as telas no melhor estilo “Her/Ela” (o filme).

• Em 2022: os líderes da IYO conheceram os da OAI (que ainda era bem menor do que hoje) através de uma intro do Jony Ive e discutiram a possibilidade de trabalhar em conjunto. Foi um flerte rápido, nenhum negócio foi efetivamente fechado, mas mostrando um voto de confiança a IYO permitiu que a OpenAI encomendasse os primeiros modelos de seu dispositivo de hardware, IYO One.

• Em 2025: meses antes de fechar o acordo de compra do estúdio de design de Jony Ive, LoveFrom, os executivos da OpenAI teriam se encontrado com a IYO sob o pretexto de realizar um investimento. A IYO diz que nesse momento a OpenAI teve acesso à tecnologia e aos produtos da startup.

Agora a Justiça verifica o que é mentira, o que é verdade, quem está certo e quem está errado numa trama de espionagem e especulações. E esse novo episódio da temporada dramática da OpenAI dá um spoiler sobre o que seu hardware possa ser: um fone de ouvido sem fio e sem tela super-inteligente (?).

PS: o fundador da IYO gravou um TED Talk com o tema “Bem-vindo ao mundo dos computadores de áudio” em 2024, que você pode assistir aqui.

STREAMING

Netflix: dá um 360 e chega na TV aberta.

Como já dizia o Duas Caras: ou você morre como herói, ou vive o bastante para virar vilão. Os streamings vieram para acabar com a TV aberta, dando ao usuário controle total. Mas o mundo dá voltas e a Netflix também. E agora ela fechou com a maior emissora da França e vai exibir canais ao vivo direto no app. O que isso significa?

• Para a Netflix: expansão! Líder em assinantes, receita e marca, a Netflix também precisa inovar. Depois de esportes, infantis e jogos, o próximo ambiente a conquistar sem produzir é o dos programas ao vivo da TV tradicional. O bônus? Geração de mais espaço para anunciantes,

• Para a rede TF1: sobrevivência! Com a audiência em queda e dependente de publicidade, a parceria dá mais visibilidade aos conteúdos. Mas pode arranhar a reputação e tensionar acordos com anunciantes.

• Para o usuário: mais autonomia! Que tal assistir a Ana Maria Braga diretamente no Netflix? O acordo ainda é exclusivo para a França, mas não é difícil prever que, em breve, chegue em outros mercados chave do aplicativo.

Apesar de ter lançado o seu plano mais econômico com anúncios há apenas 19 meses, ele já representa +30% do total de 300 milhões de assinantes da Netflix. Expandir para mais eventos ao vivo é o caminho natural, já que espectadores de conteúdo ao vivo são mais propensos a aceitar os ads com atenção.

Os analistas da Ampere chamaram a parceria de “acordo perfeito de integração e cooperação diagonal”. Em outras palavras, um player em declínio (TF1) se aproveita do alcance, poder e crescimento de outro player em ascensão (Netflix).

QUICK DROPS

Mundo Afora

• Meta e a Microsoft: lançaram uma edição limitada do Meta Quest 3S Xbox Edition, marcando a primeira colaboração de headsets entre os gigantes.

• Amazon: lançou mais 27 satélites para órbita, elevando o total para 54, como parte do projeto Kuiper para concorrer com a Starlink, que já tem 7.578.

• Anthropic: usou livros para treinar seus modelos de IA e acabou processada, mas um juiz da Califórnia decidiu que isso não é violação de direitos autorais.

• Polymarket: a plataforma do mercado de apostas previsões em qualquer coisa, está prestes a levantar US$ 200 mi a um valuation de +US$ 1 bi.

QUICK DROPS

Brasil Adentro

• Mercado de Recebíveis, a fintech de antecipação de recebíveis, capta rodada com a URCA Angels e atinge valuation de R$ 200 mi.

• Kipon, a hrtech usando IA para gestão corporativa de pessoas, capta rodada de R$ 400k com a DOMO.Vc.

• Eiprice, a fintech especializada em precificação e monitoramento de dados de e-com, é adquirida pela Selbetti por valor não divulgado.

• Comunitive, a plataforma de comunicação interna gamificada, capta rodada de R$ 1,2 mi com a Bossa Invest e Stamina.VC.

• Tellescom, o grupo de tech e telecom, terá aporte de R$ 1 bilhão para construir uma fábrica de semicondutores na região de Porto Alegre.

STATS RELEVANTE

2º lugar

É onde o Brasil está no ingrato ranking dos países com maiores taxas de juros reais do mundo! Nos juros nominais ficamos em 4º entre os do G20 e 13º na lista geral.

via MoneyDrop

DROP BY BLIP

Descubra o quanto você já vive na era da IA

Com que frequência você conversa com o futuro? Mesmo sem uma bola de cristal, a verdade é que você faz isso mais do que imagina. 

Quer a prova? A Blip lançou um quiz interativo para você testar seus conhecimentos sobre IA Conversacional e que vai mostrar – de um jeito leve e divertido – o quanto já estamos inseridos nesse mundo sem nem mesmo percebermos.

Clique aqui para responder o quiz.

#PareceFuturoMasÉBlip

CARROS AUTÔNOMOS

Google x Tesla: a corrida está ON

Quase 10 anos separam o dia em que os carros totalmente autônomos Waymo (do Google) chegaram às ruas americanas e o último final de semana, quando os Robotaxi da Tesla finalmente estrearam transportando passageiros sem um humano atrás do volante.

A ideia pode soar parecida, mas na prática as visões sobre o futuro da indústria não poderiam ser mais diferentes:

1. A tecnologia: a Waymo aposta em 29 câmeras, LIDAR, radares e dados de 71 milhões de milhas rodadas. O Robotaxi prefere 9 câmeras e treina sua IA com os dados de 3 bilhões de milhas já coletadas pelos Teslas (não autônomos) para melhorar a direção.

2. A fabricação: a Waymo adapta carros de luxo de montadoras como a Jaguar, já que não fabrica seus próprios veículos e depende de parcerias. Vantagem para a Tesla, que com fábricas próprias consegue integrar hardware e software desde a origem – a um custo até 7x menor.

3. A estratégia: aqui a Waymo está na frente. Ela foca em segurança e expansão gradual via parcerias (oi, Uber), já faz +250 mil corridas semanais e tem ~2.500 carros em 5 cidades. A Tesla só usou 10 Model Y no teste inicial — mas Musk promete 35 mil até o fim do ano.

Além de ser mais barato construir do zero na Tesla, outra vantagem dos carros de Musk é que todos os produzidos a partir de 2018 podem se tornar um Robotaxi a partir de um “simples” update. Isso permitiria que qualquer proprietário alugue seu próprio veículo quando não estiver o utilizando, criando uma nova fonte de renda no estilo Airbnb sobre rodas.

Por outro lado, a tecnologia da Waymo pode ser manualmente instalada em veículos de qualquer outra montadora, tornando-os autônomos. A empresa já tem parcerias ativas com a Jaguar, Chrysler, Hyundai e Toyota - e pode expandir para qualquer outra concorrente da Tesla.

Let the race begin – mas sem ultrapassar os limites de velocidade!

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS