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💧 Musk vs Altman: de volta à Justiça

+ Base44 e Wix + Globo de malas prontas para o YouTube

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que o cofundador da OpenAI, Grok Brockman, se casou com sua esposa, Anna, no escritório da OpenAI durante um dia de trabalho normal. A cerimônia civil foi oficializada pelo outro co-founder, Ilya Sutskever, com uma mão robótica entregando as alianças.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Estratégia de growth da xAI: processos judiciais
• Return To Office: pelo menos para entrevista
• Globo: está de malas prontas para o YouTube
• Datacenters: mais depreciação que receita
• Base44 e Wix: uma aquisição que deu certo.

Dropped by Pedro Clivati e Renan Hamann
MERCADO

Estratégia de Growth: processos judiciais

Quando não está tentando colonizar Marte, fazer carros elétricos ficarem autônomos ou controlar um computador com o cérebro, Elon Musk pode ser encontrado promovendo seu chatbot e companheiros de IA. E agora também nos tribunais: X e xAI estão processando a OpenAI e a Apple por práticas anticompetitivas

“Esta é a história de dois monopolistas unindo forças para garantir seu domínio contínuo. Numa tentativa desesperada de proteger o seu monopólio dos smartphones, a Apple se juntou com a empresa que mais beneficia da inibição da concorrência e da inovação: a OpenAI, um monopolista no mercado dos chatbots de IA generativa.

Parte do processo apresentado no Tribunal Distrital dos EUA
  • O que diz Musk: que a Apple tem práticas que impedem qualquer empresa de IA, além da OpenAI, de alcançar o primeiro lugar na App Store.

  • O que diz Altman: que esta é uma afirmação “notável” e que o próprio Elon é quem manipula o algoritmo do X para beneficiar a si próprio, às suas empresas e para prejudicar os concorrentes e pessoas de quem não gosta.

  • O que diz a Apple: que a sua App Store foi concebida para ser “justa e livre de preconceitos” e que a empresa apresenta “milhares de aplicações” utilizando uma variedade de fatores.

Musk e Altman criaram a OpenAI juntos em 2015, se separaram em 2018 e começaram a competir em 2023 (com a criação da xAI). De lá pra cá, essa não é a primeira – e provavelmente nem a última – vez que Musk vai à justiça contra a empresa e o ex-amigo.

Mas é a primeira vez que a Apple se envolve na trama. A mesma Apple está em negociação com outras potenciais fornecedores como Google e Anthropic.

Já os usuários do X relembraram o CEO de que outros apps de IA como o DeepSeek e Perplexity já chegaram ao topo do ranking da App Store, mesmo sem parcerias formais com Tim Cook.

PS: a competição Altman-Musk também esquenta em outros mercados, incluindo o de implantes cerebrais.

QUICK DROPS

Mundo Afora

  • Spotify: está lançando as mensagens in-app – as famosas DMs – na esperança de aumentar o boca-a-boca e o engajamento dos usuários.

  • Amazon: começou a bloquear os chatbots de IA da Meta, Google e Huawei de acessarem os conteúdos do seu ecommerce para responder prompts.

  • Google: anunciou que o app Tradutor ganhou recursos de IA e agora também ensina idiomas - o que derrubou as ações do Duolingo em ~3%.

  • Nvidia: revelou o preço do “cérebro robótico” Jetson AGX Thor. São US$ 3.499 – mas o valor cai pra US$ 2.999 se você comprar mil.

  • Anthropic: chegou a um acordo (sem valor divulgado) com autores que haviam processado a empresa por usar livros para treinar o Claude.

  • SpaceX: realizou sua décima tentativa de lançamento do gigantesco foguete Starship e ela finalmente foi bem sucedida, sem problemas aparentes.

TRABALHO

Entrevistas: de volta ao presencial

A inteligência artificial penetrou o mercado de recrutamento e seleção de um jeito tão agressivo que as empresas estão dando “meia volta volver” no processo seletivo remoto.

→ De um lado, candidatos que usam IA para otimizar currículos, fotos e até aplicar para centenas de vagas simultaneamente.
 De outro, contratantes que usam na triagem dessas centenas de currículos e outras IAs para seleção dos mesmos.

O problema começa quando há uso de deepfakes no processo seletivo, passa pela criação de “funcionários-fantasma” e chega ao uso de IA para trapacear em perguntas técnicas nas entrevistas. Tudo isso levou várias empresas a retomarem o formato presencial.

O tamanho do problema: a Gartner prevê que até 2028, um em cada quatro perfis de candidatos a emprego no mundo todo será falso.

Essa nova realidade gerou uma onda de mudanças na política de contratação do mundo corporativo:

  • Google decidiu que pelo menos parte do processo seletivo vai exigir entrevistas presenciais.

  • Amazon agora exige que os candidatos reconheçam formalmente que não usarão ferramentas de IA durante as entrevistas.

  • Anthropic também proibiu explicitamente os candidatos de usarem IA em seu processo de recrutamento.

  • Cisco contratou uma empresa especializada em verificação de identificação biométrica para confirmar que os candidatos ao emprego são quem dizem ser.

  • McKinsey e Deloitte também restabeleceram entrevistas presenciais para funções específicas.

Relatórios sugerem que mais da metade dos candidatos em algumas organizações são suspeitos de usar ferramentas de IA não autorizadas durante entrevistas virtuais. O resultado? A parcela de empregadores que solicitam entrevistas presenciais aumentou de 5% em 2024 para 30% em 2025.

Mas, uma vez passado o processo seletivo, o jogo muda: quem não usar IA no dia-a-dia corre o risco de perder o emprego – como disse o CEO da Coinbase.

GE TV versus CazéTV: a chegada da Globo no YouTube

Na semana que vem estreia o primeiro canal da Globo no YouTube, o GE TV, criado para se tornar um hub esportivo gratuito e multiplataforma – e para bater de frente com o sucesso da CazéTV.

A decisão da Globo vem parcialmente da saturação do mercado de streamings, que com a abundância de opções, transformou acidentalmente o fator descoberta no elemento mais importante da equação. E quando se trata de descoberta, o modelo de feed + creators + alcance global do YouTube é soberano.

Para o Eduardo Mendes, a estratégia da GE TV é ancorada em 3 princípios:

  1. Foco na nova geração: GenZ, Millenials e Alpha, que já nasceram digitais.

  2. Esportes de nicho: que normalmente ficam fora do radar da TV tradicional.

  3. Monetização diversificada: produtos, assinaturas, ingressos e combos.

Apesar da disputa também ser marcada pela guerra de talentos (a Globo tentou fisgar o narrador Luiz Felipe Freitas e a Fernanda Gentil, sem sucesso) e pela batalha dos direitos de transmissão (Copa do Mundo de 2026, Superliga de Vôlei, Copa Davis), a briga final deve ser decidida entre quem conseguir entregar um ecossistema multiplataforma capaz de converter atenção em valor!

Na batalha pela atenção, o que vale mais?

Qual desses itens mais influenciam sua decisão...

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QUICK DROPS

Brasil Adentro

  • Projetus TI, a startup desenvolvendo software para escritórios de contabilidade, é a mais nova adquirida da canadense Constellation Software.

  • Wellhub, o antigo Gympass, anuncia um fundo de R$ 100 mi para financiar expansão de academias, estúdios e parceiros.

  • Rappi, o app entregando lanches e compras agora aceita Astropay em pagamentos multimoedas, com conversão em tempo real e sem cartão.

  • Axenya, healthtech voltada à gestão de saúde corporativa, captou US$ 12 mi em rodada série A liderada pela Canary.

STATS

US$ 400 bilhões

é o orçamento das big techs em capex projetado para este ano. A maior parte será destinada para construção de datacenters. Mas, do que eles são feitos?

  • Terreno e construção: 25% dos custos

  • Energia, fiação, resfriamento, racks, etc: cerca de 40%

  • GPUs e servidores: 35%

Assumindo que a construção deprecie em 30 anos, que os chips se tornem obsoletos de 3-5 anos e o restante dure por uma média de 10 anos, teríamos uma curva de depreciação média de 10 anos para um datacenter de IA.

O que nos leva ao fato: os data centers de IA a serem construídos em 2025 sofrerão US$ 40 bilhões em depreciação anual, gerando algo entre US$ 15 e US$ 20 bilhões em receita. A depreciação é literalmente o dobro da receita!

via Praetorian Capital

VIBE CODING

Base44 e Wix: uma aquisição que deu certo.

Os produtos de vibe coding mal haviam surgido e já ameaçavam os softwares de criação de sites. Foi para transformar a ameaça em oportunidade que a Wix pagou US$ 80 mi pela Base44, fundada há 6 meses por um só founder bootstrapped. Menos de 3 meses depois a startup está gerando +$1M ARR a cada 2,5 dias.

  • WIX: foi fundada há 20 anos e ainda estava crescendo ~12% ano/ano, com uma base de +250 milhões de usuários e gerando US$ 1,7 bilhão de receita no ano passado.

  • Base44: foi criada há meros 6 meses, por um só fundador que controlava 100% da empresa, sem investidores externos. A startup tinha 300k usuários e US $3.5 milhões de receita quando foi adquirida.

Se você pode construir um website usando poucas palavras como prompt, poucos vão optar por clicar em centenas de botões. Enquanto a Wix é a resposta para poucos, a Base44 se tornou a resposta para os outros muitos –- e agora está próxima de atingir os US$ 50 milhões em receita anual recorrente, adicionando US$ 400k de ARR por dia.

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Receita dos apps nativos de GenAI

via The Information

Em menos de 3 anos, as 18 principais startups de Inteligência Artificial sairam de quase zero de receita para US$ 18,5 bilhões em receita anualizada ou US$ 1,54 bilhão de receita mensal.

A OpenAI e a Anthropic são responsáveis por 88% do total. Porém, dezesseis outras startups estão gerando pelo menos U$ 50 mi em receita anual e onze delas já passaram dos US$100mi – as populares ferramentas de vibe coding (Cursor, Windsurf, etc).

INDIQUE O DROP

Drop para todos

Tem gente que ainda começa o dia abrindo planilha em vez de abrir o TechDrop. Se trabalhar com informação de qualidade não for cláusula de performance aí na firma, talvez seja hora de incluir.

Pega seu link e indica o Drop pra galera.

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