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💧 Musk x Altman: entrando na sua mente!
+ a renda básica das IAS + Apple e o hardware

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Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que Steve Wozniak, o gênio tech cofundador da Apple, vendeu a maior parte das suas ações da empresa nos anos 80 e deixou de ganhar centenas de bilhões. Em um comentário explicando sua decisão, Steve disse que riqueza e poder nunca foram seus objetivos de vida, mas sim felicidade. Sua equação de vida? Felicidade = sorrisos - preocupações.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Altman vs Musk: entrando na sua mente
• UBI: o bote salva-vidas da humanidade?
• LinkedIn: no jogo da retenção
• Apple Intelligence: está em obras
• Nubank: lucrando como um bebê BB

CHIPS CEREBRAIS
Musk vs Altman: entrando na sua mente

A briga entre Elon Musk e Sam Altman não vai sair da sua cabeça – literalmente. Enquanto trocavam farpas e ameaças no X, o CEO da OpenAI decidiu que competir com Musk só nos chatbots era pouco e anunciou uma nova startup para bater de frente com a Neuralink: a Merge Labs, que vai desenvolver implantes cerebrais e já sai do papel avaliada em US$ 850 milhões.
O valuation vem turbinado por US$ 250 milhões de um time que inclui Sam Altman e a própria OpenAI. Outro nome conhecido na liderança do projeto é Alex Blania — o criador do polêmico Worldcoin, que troca escaneamento de retina por cripto.
Hoje a Neuralink avança em testes clínicos mostrando eficiência dos seus implantes para dar mais autonomia a pessoas com paralisia, no formato BCI (Brain-Computer-Interface) e já é avaliada em US$ 9 bilhões. Mas ela não espera sozinha pela chegada do “ChatGPT cerebral” na concorrência:
Synchron: é considerada a maior rival da Neuralink e já tem testes clínicos avançados, com foco em devolver funções motoras e comunicação aos pacientes.
Precision Neuroscience: fundada por um ex-Neuralink, já tem testes aprovados pela FDA (a Anvisa dos EUA) e promete recuperar fala e movimentos.
Paradromics: possui foco em pessoas com deficiências motoras mais graves, como tecnologia que decodifica sinais cerebrais em tempo real.
Apesar de avanços nos testes e pesquisas, nenhuma dessas 3 startups chega perto do valuation de US$ 850 milhões da Merge Labs, nem dos US$ 9 bilhões da Neuralink, provando que até na ciência uma imagem (um rosto conhecido) vale mais do que mil artigos.
QUICK DROPS
Mundo Afora
Reddit: a rede social decidiu bloquear todos os bots do Internet Archive após perceber comportamentos de raspagem de AI.
Do Kwon: o founder cripto da Luna e TerraUSD se declarou culpado de duas acusações de fraude e pode receber pena de 25 anos de prisão.
Bitcoin: bateu novo recorde e chegou em US$ 124 k/moeda e US$ 2,45 trilhões em valor de mercado - o quinto maior ativo do mundo, superando o Google.
Cohere: a startup canadense que desenvolveu o próprio LLM, levantou uma rodada de $500mi a um valuation de $6.5 bilhões com Nvidia, AMD e outros.
DINHEIRO
UBI: a tal da renda básica universal

A previsão de como a inteligência artificial irá impactar a humanidade pode ser divida em duas grandes escolas: (I) aqueles que acreditam que IA irá ampliar as nossas capacidades e gerar oportunidades sem precedentes para todos e (II) aqueles que preveem o armagedom que a IA irá substituir o trabalho humano quase que por completo.
Caso a segunda turma esteja certa, os titãs bilionários do Vale do Silício dizem já ter a solução: um contracheque universal sem a necessidade de trabalho.
Mas, diferente da proposta de renda básica universal – ou “Universal Basic Income” (UBI) – que rolou por aqui no Brasil, a elite tech imagina que as próprias IAs que vão tomar nossos trabalhos sejam as responsáveis pela mesada por um sistema massivo de redistribuição de riqueza.
Lado A:
Sam Altman: acredita que, em vez de dinheiro, todos poderiam receber "uma participação acionária em tudo o que a IA cria", permitindo que a riqueza acumulada pela IA seja distribuída pela população.
Marc Benioff, CEO da Salesforce: escreveu que a automação impulsionará a desigualdade de rendimentos e exigirá formas suplementares “para aqueles que não podem ser requalificados”.
Lado B:
Marc Andreessen da a16z: acredita que a IA transformará quase todos os empregos mas que a UBI é desnecessária porque os governos provavelmente vão subsidiar a maioria dos setores.
David Sacks, o Czar cripto de Trump: disse que os magnatas tech que mais vão ganhar com IA usam a ideia de distribuir dinheiro para amenizar preocupações sobre perdas de empregos, mas que fazer isso não serve à sociedade.
Eles podem discordar sobre como reagir, mas há um consenso claro: a IA chegou para ficar e não vai mudar apenas como você faz buscas na internet, mas toda a economia e sociedade como a conhecemos.

Tá rolando mini-Sudoku no LinkedIn
Os 1.2 bilhão de usuários que estiverem cansados de buscar por vagas ou candidatos na rede social corporativa da Microsoft ganharam um novo jogo: o mini-sudoku.
O LinkedIn fez uma parceria com editora japonesa Nikoli e com Thomas Snyder, três vezes vencedor do Campeonato Mundial de Sudoku, para desenvolver seu sexto game – se juntando a +100 empresas de mídia, incluindo o NYT, que já licenciaram o game da publicadora japonesa.
O game faz parte da estratégia de engajamento da rede social e é popular principalmente entre a GenZ:
Retenção no dia seguinte: 80%
Retenção de uma semana: 76-80%
Tempo no site: +15%
Cliques: +40% de cliques
Se tornar um campeão de mini-Sudoku pode não fazer diferença alguma na sua próxima entrevista de emprego mas, pelo menos para o LinkedIn, a sua atenção tem valor! Agora é torcer para eles não descobrirem a taxa de engajamento do Tigrinho.
INOVAÇÃO
Criar um assessor de investimentos no Whatsapp? Não é tão simples assim
Oferecimento CESAR
Quando você é uma instituição centenária e percebe que somente 25% dos investidores da sua base conseguem ter acesso a uma assessoria especializada, o que você faz? Usa tecnologia para escalar atendimento inteligente sem explodir custos. Óbvio? Não tanto.
Criar uma má experiência em uma solução genérica pode causar o efeito contrário. Por isso, o BB contou com a ajuda do CESAR para descobrir o match ideal entre as necessidades dos investidores e os objetivos do negócio, em uma abordagem em três fases:
Discovery: mapeamento das oportunidades e levantamento de hipóteses para experimentação
Delivery: desenvolvimento de uma primeira versão da solução em produção e validada com usuários reais
Growth: evolução da solução baseada em dados de uso e pesquisas de experiência do usuário.
O CESAR é um dos principais centros de inovação do Brasil. Funciona como escola, laboratório, centro de P&D e venture builder, com o propósito de impulsionar empresas, startups e pessoas na resolução de desafios.
Resultado: o uso do chatbot do BB para consultas sobre investimentos saltou de 0,17% para 19,2%.
Quer ver como esse projeto virou inspiração de inovação no setor financeiro? Confira o case completo aqui nesse link.
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Stripe: fechou uma parceria com a Ebanx e agora permite que todos usuários globais da plataforma aceitem PIX no Brasil.
Eve: a fabricante de eVOLTs ou veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, capta US$ 230 milhões em uma oferta direta liderada pela BNDESPar.
Polen, a startup de logística reversa das embalagens, investe R$30 mi em cooperativas de reciclagem ao redor do Brasil.
Anatel: a agência retirou a obrigatoriedade do uso de números "0303" em telemarketing, mas agora exige o uso de serviços de autenticação.
STATS
8 a cada 10 empresas
que relataram usar inteligência artificial generativa também dizem não ter percebido nenhum impacto significativo nos resultados financeiros.
Há 40 anos, com a chegada dos computadores pessoais, o mercado enfrentou o Paradoxo da Produtividade. Agora chegou o momento do Paradoxo da GenAI – muito investimento e pouca evidência de ganhos correspondentes na eficiência.
O investimento de negócios em IA deve crescer 94% este ano para ~US$ 62 bi, mas a porcentagem de empresas que abandonaram a maioria dos seus projetos-piloto de IA subiu para 42% no final de 2024, acima dos 17% do ano anterior.
via McKinsey & Company
IA
Hardware: a provável resposta da Apple em IA

Quem aguardava ansiosamente por um chatbot de IA da Apple pode esperar sentado. Tudo indica que a grande aposta de Tim Cook não será um concorrente do ChatGPT, a grande aposta será no tigrinho em hardware.
Enquanto todas as demais big techs já agilizaram o desenvolvimento dos próprios chatbots, a Apple ficou para trás e ainda não conseguiu nem deixar a Siri inteligente.
Depois de três anos sem uma demonstração “Nível Apple”, o que exatamente pode estar a caminho? A Bloomberg diz que tem as respostas:
Smart speaker com display: o “cérebro” da casa conectada – tipo uma Alexa, mas voltado ao ecossistema iOS. Deve chegar até meados de 2026.
Câmeras e segurança: olho vivo com reconhecimento facial e automação, chegando pra brigar com Google Nest e Ring.
Robô de mesa: só em 2027, mas com braço motorizado, tela e uma Siri turbinada pra interagir de verdade com os usuários.
Siri: pode finalmente ganhar músculos, integrar LLMs de terceiros (Voice Mode do ChatGPT é o mais provável) e se conectar de forma mais humana.
Óculos inteligentes: Meta mostrou que funciona com o Rayban. Agora, a Apple deve lançar a sua versão com a Siri no embalo.
O objetivo disso tudo é claro: recuperar ritmo de inovação, diversificar receita e competir com Amazon, Google, Meta e Samsung em novos mercados. Mesmo estando entre as mais valiosas do mundo (com singelos US$ 3,4 trilhões de cap), existe um temor de que a Apple esteja dormindo no galho ponto.
Com essas possíveis novidades em hardware, a marca responderia aos críticos sem tirar o pé do seu acelerador principal. Agora, resta saber se a Apple ainda consegue chegar na corrida antes dos líderes terminarem a primeira volta e começarem a acelerar também no “mundo físico”.
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CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
Nubank: lucrando como um bebê BB

O Nubank mostrou ontem que as leis da gravidade das fintechs não se aplicam ao roxinho. O jovem bateu 102 milhões de clientes ativos mensais e, somente nos últimos três meses:
Lucro do Nubank, fundada 2013: R$3,4 bilhões (+42%)
Lucro do Banco do Brasil, fundado em 1808: R$3,7 bilhões (-60%)
Tão impressionante quanto o crescimento é a saúde dessa nova geração. Quanto mais cresce, mais lucrativo e eficiente o roxinho fica. Nos últimos quatro anos, a fintech triplicou a receita média por usuário (ARPU) e reduziu em 36% o custo médio para atender um cliente ativo. #Aulas!
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