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💧 Ads, a vaca leiteira das big techs

+ derrapada da OpenAI + o yin-yangs do coding

Parceiro em destaque

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que o Stripe tem um canal do Slack chamado #Matts para funcionários chamados Matt. Todas as vezes que um novo Matt se junta à empresa, todos os outros Matts se unem para dar as boas-vindas.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Ads: a vacas leiteira das big techs
• OpenAI: como não lançar um GPT
• McKinsey: a crise existencial da consultoria
• Yin-Yang: os assistentes de código de IA

MÍDIA

Ads: a vaca leiteira das big techs

Para conseguir investir bilhões no desenvolvimento de novos LLMs, produção de óculos inteligentes, carros voadores autônomos ou qualquer outra promessa do futuro, as big-techs contam com a ajuda de uma vaca leiteira chamada Ads!

“Se você realmente quer atingir um bilhão e depois cinco bilhões de pessoas, não pode fazer isso com uma oferta paga. - o PIB per capita global simplesmente não é alto o suficiente. Você precisa de um modelo de negócio indireto. Ads são o modelo óbvio".

via Marc Andreessen no TBPN

A inteligência artificial até trouxe um ar de incerteza para essa linha de receita, mas até agora a ameaça se concretizou. A receita de anúncios dos últimos 3 meses das principais plataformas do mundo segue enchendo os baldinhos:

  • Google: cresceu 10% para US$ 71,3 bilhões

  • Meta: cresceu 22% para US$ 47,5 bilhões

  • Amazon: cresceu 22% para US$ 15,7 bilhões

  • Microsoft: cresceu 21% para US$ 3,54 bilhões

  • Snap: cresceu 9% para US$ 1,35 bilhão

  • Pinterest: cresceu 17% para US$ 998 milhões

  • TradeDesk: cresceu 19% para US$ 694 milhões

  • Reddit: cresceu 84% para US$ 465 milhões

Ao contrário do que se previa, ao invés de diminuir o ganho das big techs com anúncios, a IA acelerou ainda mais a eficiência desses sistemas – pelo menos até agora. E nem mesmo a guerra tarifária e as incertezas macroeconômicas conseguiram abalar os ~US$ 140 bilhões faturados durante o trimestre!

PS: No maior estilo “se tem tela, tem anúncio”, até o Uber vem usando o úbere dessa vaca.

QUICK DROPS

Mundo Afora

  • TeaOnHer: depois do sucesso do app Tea, onde mulheres poderiam verificar a reputação e antecedentes dos matches antes do date, vem aí a versão masculina do aplicativo.

  • Apple: enviou seu CEO para entregar um presente de ouro ao presidente Trump na Casa Branca e aproveitou para prometer US$ 100 bi investidos no país.

  • Meta: que no mês passado comprou a startup de áudio de IA chamada PlayAI, agora faz sua segunda aquisição no segmento com a startup WaveForms.

  • Ethereum: voltou a bater recorde de volume de transações diárias, superando a máxima histórica de 2021, e viu seu preço disparar para +US$ 4k.

  • Missão WebSummit Lisboa*: de malas prontas para o maior evento de inovação no velho continente? Para você aproveitar o melhor do vinho português dos conteúdos, a turma do Share está preparando uma caravana brasileira, com curadoria única e sessões de networking de alto nível. Começa dia 10/Nov. Veja aqui como fazer parte.

*Conteúdo de marca parceira

IA

OpenAI estreia: como não lançar um novo GPT

Depois de dois anos de espera, a OpenAI finalmente abriu as cortinas e lançou o seu mais novo modelo de IA: o GPT-5. Mas na cerimônia live de lançamento, o barulho dos aplausos acabou ofuscado pelas vaias. Os motivos?

  • Aposentando modelos: enquanto lançava o novo modelo, a OpenAI decidiu retirar o acesso aos antigos sem aviso prévio. Ao acessar a conta, usuários descobriram que oito modelos antigos sumiram da interface.

  • Falando corporativês: o GPT-5 chegou de calça bege, camisa de botão azul e usando crachá corporativo – uma mudança drástica na personalidade quente e engajada dos últimos modelos.

  • Limitando o uso: chegou com um limite de 80 mensagens a cada 3 horas e o GPT-5 Thinking limitado a 200 mensagens por semana. Ao atingir o limite, os usuários são forçados a migrar para um modelo inferior ou são bloqueados completamente.

O CEO Sam Altman precisou correr com o extintor para apagar as chamas, admitiu que o lançamento foi “um pouco mais acidentado do que esperávamos” e prometeu melhorias para os próximos dias, incluindo a volta de modelos anteriores e o aumento dos limites.

A OpenAI também pediu desculpas pelo crime cometido com os gráficos da apresentação e enfatizou que o GPT-5 é mesmo inteligente no nível de PhD, não sendo “mais burro” que o GPT-4 – por mais que tenha parecido. Às vezes até o professor mais brilhante chega de ressaca no primeiro dia.

PS: o preço de US$ 20/mês do ChatGPT – que se tornou o padrão da indústria dos chatbots e foi aclamado pela mídia como estratégia de pricing brilhante – na verdade foi resultado de uma simples busca no Google com o Head de Produto desesperado enquanto os servidores derretiam pela demanda.

CARREIRA

A prática leva à perfeição ao futuro do trabalho

Oferecimento Trybe

Já passou da hora de você trocar o “Excel avançado” por “Inteligência artificial” nas habilidades do seu currículo. Não sabe por onde começar? A boa notícia é que você está lendo a resposta para isso nesse exato momento.

Para quem quer uma capacitação mais direta, com aulas ao vivo, suporte e muita mão na massa, a Trybe lançou a “Imersão IA na Prática”. Um mês, oito aulas ao vivo com muita aplicação real… E seu currículo com as palavras mágicas da década.

  • Foco na prática: aplicação real de ferramentas desde a primeira aula.

  • Comunidade exclusiva: um espaço para trocar experiências e fazer networking.

  • Certificado de conclusão: pronto para o Linkedin e melhor ainda para a Gupy.

Você vai sair pronto pra passar menos tempo quebrando a cabeça e mais tempo entregando resultado. As inscrições vão até o dia 31/08 e quem é dropper pode ter 30% de desconto usando o cupom DROPS30. Inscreva-se aqui.

A crise existencial da McKinsey

Um estudo feito pela McKinsey descobriu que até 30% das tarefas da própria empresa poderiam ser automatizadas por IA nos próximos 5 anos. A saída para não se tornar obsoleta foi abraçar sua maior ameaça:

  • Focou em serviços de IA, que agora representam 40% da receita total.

  • Diminuiu o tamanho do time de 45.000 para 40.000 no último ano.

  • Lançou 1.200 agentes de IA para automatizar e auxiliar processos internos.

E talvez mais importante, a consultoria agora se posiciona como parceira, não conselheira de seus clientes. Isso traz uma mudança drástica na forma de ganhar dinheiro: sai “valor fixo por projeto” e entra “valor do boleto atrelado aos resultados” – hoje isso já representa 25% do valor investido pelas parceiras-clientes.

QUICK DROPS

Brasil Adentro

  • Inter, lançou a sua própria plataforma de conteúdos de cultura pop, negócios e esportes (NFL, NBA, MLB, FIFA) dentro do seu super-app.

  • BlindPay, a fintech brazuca de APIs para pagamentos globais com stablecoins, que está na YCombinator, captou um seed round de R$ 18 mi.

  • Liquid, a prop/fintech que usa IA para automatizar a análise de crédito imobiliário, captou uma rodada de R$ 12 mi com a SaaSholic e outros.

  • UseAll, a catarinense de softwares de gestão para o setor elétrico, indústrias e comércio, é adquirida pela Constellation por valor não revelado.

MERCADO

A era do Trust-as-a-Service

Oferecimento CI&T

75% dos consumidores suam frio quando precisam compartilhar seus dados pessoais online. Nesse mesmo ambiente digital, 88% das pessoas dizem que escolhem se relacionar com marcas que atuam ativamente contra golpes – do roubo de senhas ao roubo de dinheiro.

  • Confiança virou destino;

  • Transparência virou o atalho.

Se confiança já é essencial em qualquer relação de consumo, no setor financeiro ela vale por dez. E transparência não é só dizer o que está sendo feito, mas explicar o “como” e o “por que” de forma simples, sem enrolação nem tecniquês.

No fim: todo mundo quer confiar em quem guarda o resultado de uma vida de trabalho – e quem entender isso, sai na frente. 

Quer saber sobre como gerar confiança e atingir a tão sonhada principalidade no setor financeiro? Baixe aqui o report Empowered Customer Journeys da Box1824 part of CI&T family!

STATS RELEVANTE

15%

de toda receita gerada pela Nvidia e pela AMD com a venda de chip de IA para a China será compartilhada com o governo americano.

Ambas empresas estavam proibidas de vender chips para a China desde Abril. Ontem, o acordo sem precedentes entre uma empresa privada e um órgão governamental foi firmado garantindo a licença de exportação para as duas gigantes!

via BBC

DESENVOLVIMENTO

Yin-yang: dos assistentes de código de IA

Startups de assistentes de desenvolvimento (código) de IA estão tendo seu momento de glória, pelo menos do ponto de vista de adoção. Mas a pergunta que fica é… Quão grandes e lucrativas elas podem se tornar?

Grandes já estão: o crescimento de receita e valuation é sem precedentes. O momentum empolgou os investidores, que alocaram +US$ 4 bi para startups da categoria, criando uma manada de unicórnios. E não foi à toa:

  • Lovable: bateu o recorde ao chegar em US$ 100 mi de receita recorrente em um ano.

  • Cursor: dobrou sua receita para US$ 500 mi em apenas três meses.

  • Windsurf: foi comprada e licenciada pelo Google 

  • Replit: cresceu a receita em 7.100% no último ano.

Lucrativas ainda não: o uso cresce, mas as margens encolhem. Como essas startups não possuem modelos próprios de IA, toda vez alguém usa, parte dos ganhos vai direto para as donas dos modelos (Anthropic, OpenAI, etc) que ficam por trás delas.

Para deixar tudo mais apertado, os custos de infra também aumentam e as fornecedoras começam a se tornar concorrentes – como a Anthropic lançando o Claude Code e a OpenAI lançando o CodeGPT.

É como se as startups fossem trabalhar como motoristas de app usando carro alugado, com o combustível ficando mais caro e a dona do app prometendo colocar carros autônomos no lugar delas.

No fim das contas, a fama chegou forte e trouxe junto a promessa de que num futuro próximo a maioria dos códigos serão feitos por IA. Mas na realidade o modelo de negócios das startups de code-gen ainda precisa provar que não é insustentável.

Em resumo: algumas das startups mais badaladas de IA-gen perdem dinheiro a cada cliente – como se comprassem algo por US$ 100 para vender por US$ 50. Seja desenvolvendo os próprios modelos, seja apostando na queda do preço dos tokens, uma coisa é certa: a unit economics das vibe-coders precisa mudar.

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

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