Web 3.0

~ para além dos bitcoins

Criptomoedas, o substituto do dinheiro, o fim dos bancos tradicionais, o sucessor do dolar, o fundo de reserva digital, o dinheiro programável, o novo ouro, etc… não são poucas as definições que você encontra por aqui sobre o que é Bitcoin. Mas, se até no grupo da família você já leu sobre isso, hoje vamos olhar para esse mercado por um outro angulo: o Ethereum

Da mesma forma que você não precisa ser um desenvolvedor para usar o computador e nem um economista para investir na bolsa, você não precisa ser qualificado para entender ETH (sigla do Ethereum). Porém, existem algumas diferenças e conceitos cruciais a serem compreendidos:

Primeiro: o que?

Ele utiliza a mesma tecnologia por trás do Bitcoin: Blockchain - que é uma cadeia de blocos onde cada um contém um arquivo e um hash, o que garante que as informações desse bloco de dados não foram violadas.Tecla SAP: um sistema que registra transações online de uma forma praticamente impossível de ser hackeados, já que toda transação passa pela validação matemática dos mineradores.

Segundo: como?

Enquanto o Bitcoin tem sido utilizado como uma moeda, seja para transações (compra e venda de produtos e serviços), ou para reserva de valor (contra inflação, por exemplo), o Ethereum é considerado uma plataforma que permite a criação de aplicações em cima da sua tecnologia.

Tecla SAP: empreendedores podem utilizar o Ethereum para criar aplicativos em cima dessa tecnologia, garantindo que suas funcionalidades também tenham a mesma segurança/agilidade/custos que o Ethereum fornece.

Terceiro: por que?

Por que essa tecnologia (e outras no mesmo conceito de blockchain) possuem o poder de revolucionar o mercado de tecnologia, da mesma forma que já aconteceu no passado:> Internet (!)> Mobile (!) > Cloud (!)> Web3 (?)

Nesta semana o Ethereum quebrou a barreira dos U$4k pela primeira vez. Muito desse crescimento é puxado pelas demais aplicações que estão sendo construídas em cima da sua tecnologia. Sendo algumas delas: Non-Fungible Tokens (NFTs), Decentralized Finance (DeFi), Decentralized Autonomous Organizations (DAOs) e outros produtos que nem imaginamos serão criados.

Da mesma forma que a Apple não sabia do potencial que o ecosistema de apps tinha (Uber, Waze, Corretoras, Maps, Etc), talvez não consigamos mensurar o tamanho da disrupção que essa tecnologia pode trazer.

Quarto: e eu com isso?

Não só de memes e lamborghini vive o mercado de Cripto. No Brasil, a C&A anunciou essa semana, o investimento em uma nova tecnologia baseada em Blockchain para rastreamento e monitoramento de todas as peças envolvidas na cadeia de produção. Já a Bitso, uma corretora de criptomoedas da America Latina, se tornou um unicórnio (valuation >$1Bi) após levantar U$250mi em sua última rodada de investimento. Já o Mercado Bitcoin, corretora Brasileira de cripto, também enviou documentos aos bancos para preparar o IPO - seguindo a onda da Coinbase, a primeira corretora de criptomoedas a abrir capital nos EUA.

Se você pudesse voltar no tempo, quando a internet estava começando, ou quando o primeiro iphone foi lançado, ou os primórdios da computação na núvem estavam aparecendo, o que você faria diferente? Pois bem, podemos estar vivendo mais uma dessas ondas de disrupção, o que você vai fazer?

Quickies:

• Se vc tem Amazon Prime, agora vc tem frete internacional gratis

• Distrito, a aceleradora/incubadora Brasileira, lança vertical focada em ESG

• Carrefour acelera na corrida por inovação e lança incubadora de startups.

Rounds, M&As, Exits e mais:

• Tubos tigre da tecnologia: SenseDia, a startup das APIs, fecha rodada de R$120milhões e tira visto para expansão internacional.

• Quebra cabeça da: Mosaico, faz sua primeira aquisição após IPO, a compra startup Vigia de Preço. E aproveita o timing para lançar cashback.

• Carrinho de compra cheio: Stone é avaliada em 1bi e compra 6 startups apenas nos últimos meses.

• Finanças pessoais femininas: a Startup PouPay+ fecha captação de R$300k para lançar produto focado em ajudar mulheres a acompanhar suas finanças.

• Marketplace de seguradoras: Zipia, a spinoff da gringa QuinStreet, fecha seed round para expandir no BR.

Contra dados não há argumentos: