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💧 Uber nas nuvens
+ Nuclear: a ordem da vez + De unicórnio para pônei
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Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que o Xá da Pérsia, precisando de dinheiro, concordou em vender toda a infraestrutura de seu país para Paul Reuter (fundador da Reuters) em 1872. Considerada a rendição mais completa de todos os recursos industriais de um reino, a compra acabou rejeitada pelos britânicos, que a consideraram “um pouco” excessiva.
No Drop de hoje, direto ao ponto:
Uber: quer expandir para o céu
Praxis: a Wakanda da vida real
Facily: De unicórnio para pônei
Nuclear: a palavra de ordem da vez.
Tem um feedback pro Drop? Responde esse e-mail, vamos adorar te ouvir!
Uber quer conquistar o céu.
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Desde que Dara Khosrowshahi assumiu o problemático reinado do Uber, substituindo o founder Travis Kalanick, a trajetória do app mudou drasticamente: saindo de um valuation de ~U$33bi operando no vermelho, para um valor de mercado de ~U$180bi com todos trimestres no positivo desde o ano passado. Agora, o grande responsável pela reviravolta quer levar o app para as nuvens - literalmente - e está consultando sobre uma possível aquisição da Expedia.
Expedia é o quarto maior site de passagens, viagens, cruzeiros e hotéis do mundo e, depois de ter se recuperado do Covid, registrou uma receita de U$12.8bi no ano passado com suas ações crescendo ~50% no ano. Ainda sim, com um valuation de ~$20bi, ainda é 1/10 do valor do Uber.
Uber está na missão de se tornar o super app da mobilidade e têm expandido suas origens de transporte de passageiros em automóveis para trens, voos, entrega de comida, logística corporativa e até publicidade.
Antes de assumir como CEO da Uber, Dara foi CEO da Expedia de 2005-2017, onde ainda permanece como conselheiro. Já do lado do cá, desde que assumiu o trono do Uber em 2019, adquiriu a Postmates (2.6bi), Drizzly (1.1bi), Transplace (2.25bi) e Careem (3.1bi), além da sua própria startup de carros autônomos Aurora e as parcerias com a Waymo do Google e Cruise da GM - e ainda paquerou uma possível parceria com os Cybercabs da Tesla.
Seguindo a notícia do date, as ações da Expedia saltaram 7% e do Uber caíram 3%.
Praxis Nation: a Wakanda da vida real!
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Os impérios antigos surgiram unindo tribos sob uma visão compartilhada. Hoje, tribos digitais com milhões de pessoas se formaram na internet. E a Praxis Nation quer uni-las para criar o império digital da atualidade - para isso, acaba de garantir U$525 milhões para criar a Wakanda da vida real!
Dryden Brown é o founder e CEO de 28 anos por trás da utópica ambiciosa ideia de criar um estado digital com sua própria economia, instituições, governo e cultura. O caminho será longo e envolve:
Comprar terra: o projeto inicial teria cerca de 1.000 acres - o equivalente a 600 campos de futebol. A Praxis está falando com governos da América Latina e Mediterrâneo para encontrar o pico ideal (com as permissões necessárias).
Cidadãos globais: os interessados em fazer parte já podem tirar a cidadania digital. Porém, precisam preencher alguns pré-requisitos com alinhamento cultural ou ter o próprio negócio. Cerca de 14k pessoas de 82 países já o fizeram. Juntos, as empresas criadas por eles já passaram os U$400bi em valor de mercado.
Mas esta não é a única empresa levando os mandamentos de Balaji, autor do The Network State, ao pé da letra e construindo as próprias cidades:
- Neom é a cidade do futuro da Arábia Saudita com orçamento de U$1.5 trilhões
- Prospera é uma cidade privada futurista em Honduras.
- Telosa é o projeto de cidade do bilionário americano Marc Lore.
- East Solana Plan, ex-California Forever, já comprou 50k acres.
O que rolou mundo afora
SemRush: a plataforma saas líder no mercado de SEO, adquire o conglomerado de portais do segmento, Search Engine Land, SMX e outros.
Stripe: está em estágios avançados de negociação para adquirir a fintech focada em stablecoins Bridge.
Meta: já havia demitido 11k funcionários em 2022 e 10k em 2023 agora anuncia demissões nas divisões do Insta, Whatsapp e Reality Labs.
De “drops” atentos: Apple, que não tem o hábito de mudar as lideranças frequentemente, começou uma dança das cadeiras… a Chief People Officer, Carol Surface, está de saída após menos de 2 anos no cargo. O líder do Apple Vision Pro, Dan Riccio, está se aposentando. Em agosto, o CFO de longa data Luca Maestri fez um downgrade de cargo.
As possibilidades com a IA são um paradoxo
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O paradoxo da opcionalidade diz que quanto mais opções temos à nossa disposição, mais difícil se torna a escolha. A IA talvez seja o melhor exemplo na prática.
As possibilidades e aplicações são basicamente infinitas, fazendo com que muitas grandes empresas não saiam do lugar:
Uma telecom? Poderia lançar uma edtech usando IA.
Uma seguradora? Poderia lançar um plano de proteção de PIX usando IA.
Uma foodtech? Poderia reduzir o tempo de pedido usando IA.
O campo é vasto demais para uma resposta ‘one-size-fits-all’, mas não limitado ao ponto de não existir uma resposta ‘tailor-made-for-you’.
Quer descobrir qual a sua? Que tal trabalhar com um time de + 1.000 especialistas que entregaram +250 projetos envolvendo IA, Gen IA, ML, VR, RA e outras tecnologias de ponta? Saiba aqui como a Invillia pode te ajudar.
De unicórnio para pônei, o (quase) fim da Facily
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O ano era 2018 e 3 founders se juntaram para criar a startup de social commerce, que atua como um marketplace para venda de produtos à preços acessíveis - com mais desconto - para classe C e D através de compra coletiva.
O ano era 2021 quando a startup finalizava sua rodada série D de U$135 milhões, trazendo o total de investimento captado para +U$500 milhões e um valuation de +U$1bi com uma lista de investidores que mais parecia o hall da fama dos VCs: Tiger Global, Prosus, Founders Fund, Alter, Quona, Luxor e até as brasileiras Canary, Monashees, e Bossanova.
O ano é 2024 e os tempos são outros. A startup que cresceu queimando caixa não consegue mais acesso ao capital de investidores, vê seu o valor de produtos vendidos (GMV) cair 90% e entra para lista de recordista de reclamações no Procon com 26k queixas.
Agora, em uma das suas últimas cartadas para tentar evitar o fechamento das portas, a startup contratou o banco BR Partners para ajudá-la a encontrar um possível comprador para o que restou do seu negócio.
O que rolou Brasil adentro
Digitra.com, a corretora de criptomoedas brasileira presente em 170 países, capta investimento de U$1mi da 4Equity Media Ventures.
Eve Air Mobility, a startup da Embraer fabricando carros voadores (eVTOLs), têm financiamento de R$500mi aprovado pelo BNDES.
GTPlan, a healthtech foi condenada pela justiça por ter pirateado o software da concorrente Bionexo e terá que parar de comercializar seu produto.
Tabas, a prop-fintech que atua como intermediária entre donos e locadores de imóveis de luxo, está sendo processada por falta de pagamentos de aluguéis.
À frente do maior ecommerce de marmitas fitness congeladas está Victor Santos. O empreendedor de 35 anos, depois de trilhar carreira em Bancos de Investmento, resolveu unir tecnologia, sabor e impacto para fundar a a Liv Up.
No 🎤 Drop The Mic de hoje, ele abriu a sua cozinha e nos contou quem é o Victor por trás das suas credenciais. Confere a entrevista completa!
A palavra de ordem do momento: NUCLEAR!
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Não se passarem 24h desde que o Google anunciou o contrato de compra de energia nuclear da Kairos Power e a Amazon chegou para mostrar que também não está de brincadeira:
Um acordo com a Energy Northwest, de Washington, para financiar o desenvolvimento de pequenos reatores modulares nucleares e ter a opção de compra de eletricidade dos mesmos.
Outro acordo com a Dominion Energy, da Virginia, para também explorar o desenvolvimento de um pequeno reator modular nuclear.
Uma rodada de investimento de U$500mi na startup X-Energy que irá prover a tecnologia necessária para o desenvolvimento dos reatores dos outros dois acordos.
Antes disso, em Março, já havia anunciado a compra de um datacenter já abastecido por energia nuclear por $650mi.
E também a compra de energia nuclear produzida pela Talen Energy
Apesar de todos os últimos investimentos das big techs girarem em torno de energia nuclear para abastecer a crescente demanda de eletricidade dos datacenters, eles possuem naturezas diferentes:
→ Comprar a produção de reatores existentes
→ Reiniciar reatores antigos
→ Acordos de compra de energia (PPA) assim que um reator for construído
→ Financiar o desenvolvimento de novos reatores
Stats relevante
$900 milhões.
Não só as big techs. O presidente Biden dos EUA entrou na dança com um fundo de $900 milhões para apoiar o desenvolvimento dos pequenos reatores nucleares (SNR). Além disso:
- a Polônia, que já investiu $1.5bi na sua primeira planta nuclear, está buscando parceiros financeiros para construir a segunda.
- a França e a Alemanha fecharam um compromisso para o desenvolvimento conjunto de energia nuclear,
- a Itália está considerando a Westinghouse como parceira de produção de energia nuclear,
Contra dados não há argumentos
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