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Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que se você aproveitou o feriado para tirar um cochilo no meio do dia, você não está sozinho. As formigas operárias também tiram cochilos de aproximadamente 1 minuto durante o dia, totalizando cerca de 5 horas de sono. #VivaLaSiesta
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Semrush: mostrou que SEO não morreu.
• Trending: a guerra dos droides
• Nvidia: da Lei de Moore para Lei de Huang
• Figure: os funcionários robôs da BMW
• Stats: 61% da Nvidia
• Contra Dados Não Há Argumentos: receita trimestral da Nvidia

MARKETING
Semrush entrou para a família Adobe

Apesar da indústria de SEO ter passado por múltiplos velórios, nunca conseguiram enterrá-la de vez. Agora, uma das principais plataformas de otimização para mecanismos de busca do mundo mostra que está mais viva (e menos independente) do que nunca: a Semrush está sendo adquirida pela Adobe por US$ 1,9 bilhão, em cash!
Entre os vários velórios do SEO dos últimos tempos, alguns destaques:
→ Privacidade: dificuldade de rastreamento e a morte do “dado fácil” dificultaram métricas, atribuição e a própria lógica de otimização.
→ Algoritmos instáveis: core updates, helpful content – cada nova atualização do Google cria um clima terrível volátil.
→ SERP fechada: quanto mais informações na própria página de busca (e AI mode), mais resultados zero-clique. – os usuários encontram as respostas sem precisar acessar os sites.
→ TikTok: buscas migraram dos mecanismos para as redes sociais – e o TikTok se torna a enciclopédia dos jovens que preferem vídeos curtos a links azuis.
→ AI: quando os mecanismos de busca são substituídos por chatbots – com o usuário fazendo perguntas e lendo respostas ao invés de digitar palavras-chaves e clicar em resultados.
Apesar de todos esses episódios clamarem o fim, ao invés de morrer, ele evoluiu:
de SEO (search engine optimization) para GEO (generative engine optimization)
Na prática, em vez de otimizar os seus ativos para aparecerem no topo das respostas do Google, você otimiza seus conteúdos e sites para aparecerem no topo das respostas dos chatbots de IA como ChatGPT, Claude, Copilot, Grok, and Perplexity.
Para a Semrush: que vinha assistindo de camarote a evolução do mercado de otimização e adaptando seu posicionamento para era da IA, os quase $2 bilhões em cash significam o dobro do seu valor de mercado antes do anúncio.
Para a Adobe: que se viu obrigada a desistir da compra do Figma devido ao ambiente regulatório americano, o valor representa pouco perto dos seus US$ 135 bilhões de valor de mercado, apesar de ter perdido 20% de market cap no ano.
Em breve, o Semrush será integrado à suíte de produtos enterprise difícil de ser cancelada que já conta com Photoshop, Illustrator, Adobe Analytics e toda a tabela periódica dos softwares de marketing e design.
QUICK DROPS
Mundo Afora
Softbank: vai investir US$ 3 bilhões na construção de datacenters em Ohio (EUA) para a… OpenAI.
Verizon: anunciou o corte de 13 mil funcionários, junto com um fundo de US$ 20 milhões para requalificação das vítimas do layoff.
Google: lançou a sua própria ferramenta de assistente de código (IDE) para concorrer com Cursor, Windsurf, Claude Code, Copilot e outros.
Blue Origin: está projetando uma versão maior e mais parruda do New Glenn – o começo de uma família de lançadores orbitais no estilo “Falcon” da SpaceX.
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A Guerra dos Droides
Em um passado não muito distante, organizações criminosas precisavam recrutar (ameaçar? forçar?) engenheiros ultra-especializados em programação e estratégias black-hat para conseguirem hackear um sistema. Agora, os hacks estão acontecendo praticamente sem nenhuma intervenção humana:
Caso Anthropic: uma das maiores startups de IA do mundo, identificou que um grupo chinês (chamado GTG-1002), usou o Claude Code para orquestrar uma campanha de espionagem cibernética global, mirando 30 entidades globais. Nesse caso, o uso da IA não se limitou a uma ferramenta de consulta, mas um agente autônomo executando 80-90% das operações táticas sem a ajuda de hackers de carne e osso.
Caso Factory: uma startup que cria agentes de IA descobriu que criminosos estavam usando sua plataforma para rodar uma fraude automatizada – driblando defesas em tempo real e movendo tráfego de mais de 20 mil organizações sintéticas criadas em três dias. Para frear o ataque, a empresa entrou nos grupos de Telegram onde tudo era coordenado e ativou seus próprios agentes para reagir em tempo real.
Os dois primeiros casos registrados de ciberespionagem orquestrada por IA aconteceram na semana passada e só foram interrompidos porque os defensores foram duas das maiores e mais especializadas empresas de IA do mundo.
Se os ataques do futuro presente são feitos usando IA, a sua segurança digital também precisa usar da mesma droga arma.
IA
Da Lei de Moore para Lei de Huang

O Super Bowl dos nerds aconteceu essa semana: a Nvidia apresentou os resultados trimestrais. Além de justificar porque a Nvidia é a maior empresa do mundo e superar todas as expectativas dos analistas, o founder e CEO Jensen Huang também descreveu como ele vê a grande transformação do mercado – e criou sua própria Lei no caminho.
Lei de Moore, criada pelo cofounder da Intel, Gordon Moore, em 1965, previa que: o número de transistores em um chip dobraria a cada ~2 anos, fazendo com que computadores ficassem 2x mais rápidos pelo mesmo custo.
Lei de Huang, criada pelo founder da Nvidia, Jensen Huang, agorinha, prevê que: todo o conjunto de chips inteligentes (GPU + Software + Paralelismo + AI) entrega ganhos de 10x a 1000x.
Em suma, a evolução agora acontece através do design inteligente e otimizado (Jensen), não apenas pelo tamanho do transistor (Moore) – sendo mais focada em desempenho do que em Física. Para defender sua tese, Jensen também descreveu as 3 grandes transições que o mundo tech está passando:
1ª - de CPU para GPU (tudo fica mais rápido): as centenas de bilhões investidos na criação de softwares generalistas e computação de uso geral (CPU) agora estão migrando para softwares especialistas de computação acelerada (GPU), desde o processamento de dados até simulações científicas.
2ª - de Machine Learning para IA Generativa (tudo fica mais eficiente): os apps e plataformas existentes estão incorporando IA generativa que não só melhoram a performance das funcionalidades existentes como também desbloqueiam capacidades e aplicações completamente novas.
3ª - de IA generativa para IA agentiva (tudo fica mais proativo): quando as IAs não apenas respondem, mas também pensam, planejam e agem – criando profissões e produtos e negócios completamente novos. É como sair de um app de calculadora para um app de assistente digital.
Essas transições mudam a essência de como pensamos em computação: de recuperação de dados (retrieval) para inteligência em tempo real. Isso exige que toda a cadeia seja feita sob demanda, não mais respeitando o clássico modelo de leitura-gravação-busca.
Nessa visão, o futuro tem muito mais fábricas de IAs do que simplesmente datacenters. E a Nvidia ganha ainda mais dinheiro, é claro.
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Doji, startup facilitando a compra e venda de celulares usados, levanta rodada de R$ 3 milhões com a Indicator Capital.
Trackfy, a startup baiana monitorando obras e plantas industriais, foi comprada pela gigante saudita WakeCap por valor não revelado.
Solomon, startup de inteligência de dados para o e-commerce, acaba de receber um aporte seed de R$ 8 milhões da Citrino Ventures.
STATS
61%
das vendas da maior empresa do mundo no último trimestre vieram de apenas 4 clientes. A Nvidia superou todas as expectativas dos analistas ao registrar US$ 57 bilhões em vendas no trimestre (+62% a/a) e prometer outros US$ 65 para o próximo.
Cliente A: gastou US$ 12,54 bilhões (22%)
Cliente B: gastou US$ 8,55 bilhões (15%)
Cliente C: gastou US$ 7,41 bilhões (13%)
Cliente D: gastou US$ 6,27 bilhões (11%)
Apesar de não dar nome aos bois, o senso comum é que eles sejam as outras big techs desenvolvendo as próprias IAs como: OpenAI, Microsoft, Google, Amazon, Tesla/xAI
PS: se você não entendeu e quer que desenhe, o MoneyDrop já desenhou os earnings da Nvidia para quem não tem CNPI nem paciência.
ROBÓTICA
Figure: os funcionários robôs da BMW

11 meses atrás, os robôs humanoides F.02 da Figure chegavam pela primeira vez nas fábricas da BMW para ajudar na montagem de carros. Agora, totalmente integrados na linha de produção de uma das maiores e mais tradicionais fabricantes do mundo, o founder e CEO Brett Adcock apresentou os resultados e aprendizados desses novos funcionários:
Mais de 10 horas trabalhadas em turnos diários de segunda-sexta
Mais de 90.000 peças carregadas e montadas.
Mais de 1.250 horas de operação.
Mais de 1,2 milhão de passos do robô ou mais de 320 quilômetros;
Mais de 30.000 veículos (X3) produzidos com contribuição dos robôs.
O primeiro caso de uso dos robôs F.02 foi o transporte de chapas metálicas: uma tarefa clássica que consistia em robôs pegando e posicionando as peças em dispositivos de soldagem, para que outro robô industrial fizesse a soldagem.
Para medir o progresso, a Figure definiu 3 KPIs de sucesso:
→ Tempo de ciclo: o tempo total para completar um ciclo, incluindo a fase de carregamento após a abertura da porta do dispositivo de soldagem. A meta era de 84 segundos no total, sendo 37 segundos para o tempo de carregamento.
→ Precisão de posicionamento: percentual de ciclos em que todas as três peças de chapa metálica são carregadas corretamente. A meta era > 99% de sucesso por turno.
→ Intervenções: número de vezes que um humano precisa pausar ou reiniciar o robô. A meta era zero por turno.
Para dar conta da missão, o F.02 teve que aprender a andar com precisão, reagir em tempo real ao caos da fábrica e ainda treinar a coordenação olho–mão. Parece simples falando assim, mas são avanços bem grandes no mundo da robótica fora dos laboratórios.
Depois de todo esse trabalho, o robô vai se aposentar. A Figure diz que ele fecha a fase “prova de conceito” e abre espaço para o Figure 03, que chega prometendo performance de gente grande nas linhas de produção.
PS1: a Sunday Robotics também lançou seu robô humanoide que, em vez de fabricar carros, prefere ser dono de casa, limpar, lavar louça, dobrar roupas, etc.
PS2: enquanto isso, em um octógono subterrâneo de Austin, acontecia o clube da luta dos robôs.
PS3: já do outro lado do mundo, o presidente Putin assistia um robô dançante da Sberbank.
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
Nvidia: receita do 3º trimestre de 1999-2025

Desde que decidiu se aventurar na bolsa de valores em 1999, a Nvidia aumentou a sua receita do terceiro trimestre em 57.634,02%, saindo de modestos US$ 97 milhões de em 1999 para incríveis US$ 57 bilhões no terceiro trimestre de 2025:
T3 de 1999: US$ 97 milhões
T3 de 2007: US$ 1,1 bilhão
T3 de 2016: US$ 2 bilhões
T3 de 2019: US$ 3 bilhões
T3 de 2025: US$ 57 bilhões
A empresa levou 12 anos para chegar no primeiro bilhão, outros 9 anos para duplicar e chegar no segundo bilhão, apenas mais 3 anos para chegar no terceiro bilhão e meros 6 anos para chegar aos incríveis cinquenta e sete bilhões (em 90 dias) – sim, impulsionada e muito pela corrida da IA.
Mas se você acha que Jensen está satisfeito, errou. O CEO disse que os estoques estão esgotados, a demanda sem precedentes e que ele já enxerga o caminho para o meio trilhão em receita anual.
INDIQUE O DROP
Avançando com a humanidade

Se você concorda que “a tecnologia não é só o que faz a humanidade avançar – é a única coisa que já fez.” e que “sem ela, seríamos apenas macacos brincando na lama”, você concorda com Naval Ravikant. Bem, você tá lendo o TechDrop, então as chances são altas!
Mas se nunca esbarrou nas ideias dele, isso pode mudar agora. Os 3 leitores que mais conquistarem novos droppers nesta edição levam pra casa um “Almanack do Naval Ravikant” (versão física, chegando na porta de casa e pronto pra ficar na sua cabeceira).

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