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Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que se o Bill Gates não tivesse escutado os conselhos de Warren Buffett e mantivesse suas ações da Microsoft (ao invés de vendê-las para diversificar, como fez), seria hoje o primeiro trilionário do mundo – valendo o dobro do atual primeiro colocado, Elon.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Coursera + Udemy: a união faz a força das edtechs
• Trending: TikTok tirou green card
• Streaming Wars: Netflix x Paramount x Warner
• Stats: $10bi da Amazon na OpenAI
• Trump: de rede social à fusão nuclear
• Contra Dados Não Há Argumentos: A oligarquia da computação de IA

M&A
Edtechs: a união faz a força e a economia

Depois do boom da pandemia e da pancadaria das IAs, a montanha-russa do mundo dos cursos online ganha uma nova subida: as duas maiores plataformas de educação online decidiram unir forças em um movimento de consolidação de mercado. E simplesmente vão criar a maior edtech do mundo!
Assim que receberem aprovação dos órgãos reguladores (no segundo semestre do ano que vem), a transação deverá envolver apenas troca de equity: Udemy com 41% e Coursera com 59% das ações do novo conglomerado.
O novo negócio é avaliado em US$ 2,5 bilhões, com expectativa de gerar US$ 1,5 bilhão em receita anual.
Do lado da força:
A Coursera traz para a mesa: parcerias estabelecidas com 375 universidades do mundo, uma integração recém-anunciada com o ChatGPT e uma parceria de conteúdo com a Anthropic
A Udemy traz para a mesa: a plataforma de instrutores da Udemy traz um sistema de microaprendizagem personalizada com inteligência artificial para 191 milhões de usuários.
Já do lado da economia:
Ambas fizeram IPO em 2021, e tiveram um breve período de calmaria até a chegada do ChatGPT no mercado meses depois. Desde então, foi ladeira abaixo: a Udemy acumula -78% de perda de valor e a Coursera acumula -82%. O plano é que, ao juntar as escovas de dente, a economia de sinergia de custos chegue aos US$ 115 milhões em 24 meses.
Um dos focos da fusão é levar mais cursos voltados ao mercado de trabalho em um tema 0% surpreendente: IA. Faz sentido, ainda mais se você considerar que 1/3 dos recrutadores atuais nem considera candidatos que não tenham familiaridade com o assunto.
QUICK DROPS
Mundo Afora
Blue Origin: enviou a engenheira aeroespacial Michi Benthaus ao espaço – tornando-a a primeira pessoa em cadeira de rodas a cruzar a Linha de Kármán.
Waymo: completou as primeiras 20 milhões de corridas autônomas e aproveitou para buscar investidores a um valor de mercado de ~US$ 100 bilhões.
Lovable: a startup sueca de vibe-coding captou uma rodada série B de US$ 300 mi a um valuation de US$ 6,6 bi – o triplo da série A de alguns meses atrás.
MARKETING
1º Capítulo do CMO Insights na faixa
Drop by M15 + Blip
Depois de ler quase um novo livro só de respostas dos Droppers sobre o futuro do marketing, chegamos aos sortudos que vão receber 1 livro físico do CMO Insights 2026. f****furtado**@gm**.com, l****silva@gm**.com, m***aguiar@gl**.com.br, a***jovi@gm**.com, b***mello.96@gm**.com e l***roveda@ro**.com.br.
E como sabemos que o bom dropper gosta de um free trial, um 0800, uma amostrinha grátis, nosso parceiro Blip, que abriu escritório pro lançamento do livro, resolveu também liberar o primeiro capítulo do livro – “O Fetiche pelo Crescimento” na faixa, thanks to Blip!

TikTok tirou a cidadania americana
A novela da venda forçada da operação do TikTok nos Estados Unidos parece finalmente ter chegado ao fim. Depois de mais de um ano, a rede social fechou um acordo para vender a operação no seu maior mercado fora da China.
O valor final da transação não foi revelado, mas o que se sabe até agora é o nome dos três novos sócios não-operacionais que ficam com a maior parte da empresa:
Oracle, a gigante da nuvem e databases fica com 15%,
Silver Lake, a enorme de private equity com outros 15%
MGX, o gigantesco fundo de investimento de Abu Dhabi com outros 15%.
ByteDance, a empresa chinesa continua com 19,1%
Investidores chineses, que já eram ligados a empresa, ficam com 30,1%
Outros novos investidores, que ninguém sabe ao certo quem são, ficam com 5,8%
O que ainda não foi respondido é o destino final do secreto e aclamado algoritmo do TikTok - nem quem será a entidade responsável por geri-lo ou licenciá-lo, ou recriá-lo.
STREAMING
Streaming Wars: Netflix x Paramount x Warner

A série sobre a batalha entre a Netflix e a Paramount pelo controle da Warner e seus ativos ainda está longe de acabar – mas até o final da trama, fãs e haters podem acompanhar novos episódios sendo divulgados toda a semana. Os últimos spoilers de Hollywood incluem:
Paramount: perdeu o apoio de um importante aliado na oferta pela Warner quando o genro do presidente Trump, Jared Kushner, pulou fora da turma de investidores que compunham a oferta de US$ 108 bi pelo conglomerado.
Netflix: soltou uma pesquisa com a Morning Consult para mostrar que os americanos apoiam o acordo Netflix-Warner Bros – por uma margem de quase 3 para 1.
Warner: o conselho rejeitou oficialmente – pela quarta vez – a oferta hostil da Paramount e soltou um comunicado aos acionistas recomendando que eles façam o mesmo – ressaltando que a oferta é arriscada, já que a
OracleParamount não tem o dinheiro.Starz: é o novo personagem que entrou com uma proposta de US$ 25 bi por todos canais a cabo da Warner (que a Netflix não quer). Mas o conselho já disse que a oferta é inviável.
Quick Recap: os primeiros episódios da série foram marcados pela Paramount fazendo 3 ofertas não solicitadas pela Warner, que de tanta insistência, decidiu se colocar à venda para receber ofertas de outros interessados. Foi quando a coadjuvante Netflix fez sua estreia no leilão, oferecendo US$ 72 bi – US$ 27,75 por ação, contra US$ 30 da oferta hostil da Paramount.
Enquanto isso, ainda no fantástico mundo dos streamings:
→ YouTube: conseguiu tirar a apresentação do Oscar da ABC, que transmitia desde 1976, e vai levá-lo ao seu app a partir de 2029.
→ Netflix: embarcou com tudo no universo dos podcasts (programas da IHeart Media e da Barstool Sports) e dos games (com um jogo da FIFA exclusivo para streaming).
Molho extra: imagine a abertura dos filmes e séries em 2026
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Binance*: atinge a marca de 300 milhões de usuários e se consolida como a maior exchange cripto do mundo. Abra você também sua conta.
Plain, a fintech levando a gestão de portfólio para o varejo, capta R$ 1,7 milhão em rodada pré-seed liderada pela Urca Angels.
Brivia Group, uma das maiores agências digitais independentes do Brasil, adquire a Pravy, agência com foco em CS e produtos digitais.
Altis, fintech de crédito como serviço, acaba de fechar uma captação de R$50 milhões via um FIDC estruturado pela Galápagos.
*Conteúdo de marca parceira. Não é recomendação de investimento, confira todos os detalhes da oferta.
STATS
US$ 10 bilhões
é quanto a Amazon vai investir na OpenAI, caso as conversas sobre uma nova rodada de investimento avancem sem contratempos. Se bem sucedido, a Amazon se tornaria sócia das duas maiores startups de IA da atualidade:
Anthropic: a Amazon investiu um total de US$ 8 bilhões na startup por ~15-22% da startup, que agora usa os chips Trainium e Inferentia, tem a AWS como seu principal provedor de nuvem e disponibiliza seus modelos na Amazon Bedrock.
OpenAI: o investimento de US$ 10 bilhões a um valuation de US$ 500 bilhões representaria uma propriedade de ~2%, vinculado ao uso de chips da Trainium e à capacidade da AWS.
Como a OpenAI já tem um acordo de exclusividade com o seu primeiro sugar daddy Microsoft, é bem provável que a Amazon não poderá vender os modelos GPT dentro da AWS por alguns anos.
ENERGIA
Trump: das redes sociais à fusão nuclear

Se o rei do rolê aleatório Ronaldinho Gaúcho fundasse uma startup, ela provavelmente começaria como uma rede social, iria para criptomoedas, streaming, apostas e (por que não?) energia nuclear. Essa empresa existe e a história é real, mas o empreendedor por trás do criativo roadmap é ninguém menos que Donald Trump – que acaba de anunciar uma fusão de US$ 6 bilhões.
A TMTG (Trump Media & Technology Group) tem uma matemática confusa:
→ Fatura ~US$ 4 milhões por ano
→ Custa US$ 100 milhões por ano (incluindo o salário de US$ 47 milhões do CEO)
→ É avaliada em US$ 3 bilhões, longe do ápice de US$ 10 bi
→ Trabalha no múltiplo de 750x da receita anual
Ontem a empresa anunciou uma fusão com a TAE Technologies, uma startup conhecida por construir mais de 20 reatores de fusão experimentais, visando a geração de energia limpa para data centers de IA sem os resíduos radioativos da fissão nuclear.
A ideia é iniciar já em 2026 a construção da “primeira usina de fusão em escala comercial do mundo” (gerando 50 MW). E isso seria só o começo: há planos para outras plantas de fusão capazes de gerar entre 350 e 500 megawatts de eletricidade.
A operação ainda precisa de aprovação dos reguladores. Mas vale lembrar que um dos maiores acionistas da TMTG é o bilionário presidente americano – que seguiu os passos de outros bilionários investindo em fusão nuclear, como Sam Altman com a Helion Energy e Jeff Bezos com a General Fusion.
Molho extra: a apresentação usada para tentar justificar a fusão aos investidores.
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
Poder Computacional: a oligarquia da computação de IA

O gargalo que impede a IA de dominar o mundo de uma vez por todas muda conforme ela avança: (1) primeiro foi a capacidade de treinar novos modelos, (2) depois o acesso aos dados para treinamento, (3) a qualidade desses dados, (4) acesso aos chips. Agora, parece que a turma da IA está chegando no chefão final: (5) energia.
Em porcentagem:
Capacidade computacional operacional: 6%
Capacidade computacional planejada: 94%
Em megawatts:
Capacidade computacional operacional: 2.259,6 MW.
Capacidade computacional planejada: 35.736,5 MW
Basicamente: a demanda por energia cresce mais rápido que a capacidade que as big techs têm para supri-la. Para chegar lá, é preciso de uma expansão de 16x na capacidade atual, o que justifica investimentos em:
→ Pequenos reatores modulares (SMRs)
→ Turbinas de hidrogênio
→ Energia geotérmica avançada
→ Microrredes otimizadas por IA

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