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Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que a Dictionary.com elegeu o meme viral “67” como a palavra do ano para 2025. O Google entrou na onda e desenvolveu um easter egg para quem buscar pelas duas letrinhas mágicas no seu buscador.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Meta: abacates e mudanças
• Trending: corrida de espermatozoides
• Escudo de Silício: Taiwan em tempos de IA
• Stats: US$ 40 bilhões da Luna/Terra
• OpenEvidence: doutorGPT dos ads
• Contra Dados Não Há Argumentos: SpaceX recordes!

AI
Meta: de Llamas para Avocados

Quem ouviu Mark Zuckerberg descrever o seu projeto Llama no começo do ano, tinha certeza que este seria o futuro da empresa. Quem ouviu Mark Zuckerberg durante a última apresentação de resultados, sabe que o Llama já virou passado e a sua mais nova obsessão é o Avocado!
Depois de recrutar desenvolvedores com salário do Neymar, de iniciar a construção de data centers do tamanho de Carapicuíba, de comprar startups pagando o equivalente ao PIB de nações soberanas, chegou a hora de Mark mostrar que seus investimentos também dão retorno financeiro.
Se o Llama provou que a Meta era capaz de criar ótimos modelos, o Avocado precisa provar que esses modelos conquistam usuários. Mas além do nome, o que realmente muda do Llama para o Avocado?

Enquanto a Llama permitiu que desenvolvedores criassem suas próprias aplicações, o Avocado irá viver dentro dos feeds, chats, buscas e ferramentas de criação. As 3,54 bilhões de pessoas que usam algum aplicativo da Meta todos os dias, estão prestes a usar IA direta (como no caso dos assistentes de IA) ou indiretamente (como no caso da melhoria dos algoritmos de otimização de ads).
Afinal de contas, diferente da OpenAI e Anthropic que monetizam suas soluções com planos pagos para clientes finais e empresas, a Meta pode monetizar através da sua atenção e engajamento (leia-se, ads).
QUICK DROPS
Mundo Afora
SpaceX: depois de confirmar os rumores de um IPO em 2026, Musk ancora o valuation em US$ 800 milhões em venda interna de ações.
EUA: presidente Trump baniu leis estaduais sobre IA e disse que o governo vai trabalhar em um framework nacional.
YouTube: agora permite que creators recebam pagamentos em PYUSD, a stablecoin do PayPal.
OpenAI: seguiu os passos da xAI e removeu o ‘vesting cliff’ de um ano para novos funcionários.
ServiceNow: está prestes a anunciar a maior aquisição no campo de cibersegurança de 2025 ao pagar ~US$ 7 bi pela Armis.

A corrida de espermatozoides
Se você ficou chocado quando o breakdance se tornou um esporte olímpico, se prepare. Essa startup, Sperm Racing, acaba de levantar US$ 10 milhões para transformar espermatozoides em atletas de nado corrida – ou, nas palavras dos cofundadores de 18 anos, transformar saúde em competição.
A startup quer salvar a fertilidade masculina, que despencou ~60% nos últimos cinquenta anos, transformando os girinos em atletas de eventos competitivos. Para tanto, segue 4 passos:
Design: o time tira inspiração de pistas de corrida reais, como as da Fórmula 1, e as recriam em uma escala microscópica. Imagine cada curva e reta simulada em um nível atômico.
Manufatura: cada chip é esculpido usando microfabricação de precisão. Cada superfície e contorno é projetado para controlar o movimento do fluido em escala microscópica.
Ciência: cada competidor fornece uma amostra biológica de seu esperma, que é processada por meio de técnicas laboratoriais avançadas, isolando as células mais aptas a correr.
Experiência: a startup desenvolveu seu próprio Computer Vision System para rastrear cada célula, cada frame e cada ultrapassagem e convertê-las em uma renderização 3D projetada para a experiência do
torcedorespectador.
O menor esporte do mundo, onde os competidores, meio que literalmente, competem pela vida. O plano agora é transformar a esquisita corrida em um espetáculo, com ligas, shows, lives – e a possibilidade de apostar no esperma da sua celebridade/influencer favorito.
GEOPOLÍTICA
Escudo de Silício: Taiwan em tempos de IA

via Asia Times
Se 65% de todos os chips do mundo são produzidos pela TSMC, não é exagero dizer que boa parte da economia global passa pelas fábricas de Taiwan. Mas mais de 75% da capacidade produtiva da maior fábrica de chips do mundo é destinada ao ocidente, e a vizinha China fica com apenas 12%… bem, isso até agora.
Mesmo com Trump finalmente liberando a Nvidia de vender os chips H200 para China, os pedidos não aumentaram significativamente, já que a China está decidida a conquistar sua independência dos chips.
A questão geopolítica: Taiwan fica grudada na China. As tensões entre os países são constantes e o receio de que a ilha de Taiwan seja novamente anexada é constante.
A questão tecnológica: com a produção de chips, a ilha se tornou estratégica demais para cair. Mexer com Taiwan hoje não é só um problema militar – é desligar o cérebro da economia global, que alimenta Nvidia, Apple, MediaTek, Qualcomm, etc.
→ É por essa combinação que o mundo passou a dizer que Taiwan é protegida por um “Escudo de Silício”. Basicamente um botão do apocalipse em formato de wafer.
Por muitos anos, a China esteve confortável com o Escudo. Mas as coisas começaram a mudar quando a IA saiu do anonimato para o protagonismo, e a China viu em Taiwan mais que um território, viu um ativo que pode consagrá-la como líder absoluta do setor tech e deixar o resto do mundo à mercê do seu controle. Mas mesmo sem anexo, a China já está mexendo no tabuleiro:
Investiu US$ 127 bilhões em Capex, P&D e Venture Capital pra desenvolver soluções domésticas;
Incentivou empresas como Alibaba e Tencent a produzirem chips na própria China e modelos menos dependentes da Nvidia;
Concentrou ~70% dos investimentos em labs de modelos fundacionais, startups de autonomia para o setor automotivo e plataformas industriais;
Anunciou na sexta-feira incentivos +US$ 70 bilhões para acelerar a indústria de chips dentro do próprio território.
Apesar da pressa de chegar na autonomia, o gap tecnológico entre a TSMC e o resto do mundo não diminuiu tanto assim. Mesmo com as big techs criando alternativas aos chips da Nvidia, chances são de que a TSMC ainda entre na etapa de produção.
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Z.ro Bank, a startup de pagamentos, desenvolveu um sistema para processar transações internacionais e espera um volume de US$ 20 bilhões até 2030.
Flymedia, a startup criando personagens e influenciadores digitais capta R$ 20 milhões com a OneVC depois de ter começado a operar há 60 dias.
Benner, a startup dos ERPs para tudo e todos, capta R$ 27,5 milhões com o BNDES para acelerar em IA.
Árvore, a edtech com soluções de ensino para escolas, anuncia a fusão com a SuperAutor menos de 3 meses depois de anunciar duas aquisições.
Rappi, fechou uma parceria com a OpenAI e vai liberar acesso gratuito ao ChatGPT Go para os usuários gratuitos (1 mês) e pagos (6 meses).
Klubi, a fintech com autorização do BC para operar como administradora de consórcios, amplia o Série A com novo aporte de R$ 32 milhões.
Movestax, a plataforma usando IA para acelerar o desenvolvimento de código (vibe coding), é a mais nova aquisição da Magalu Cloud.
MARKETING
OFERECIMENTO M15 & CMO Insights 2026
Se você pensar, a vida do marketeiro é insana…
Precisa conhecer as trends do TikTok e as siglas do LTV:CAC. Em um mês, gerencia orçamento de milhões, no outro, conta até os centavos. Contrata agência.. demite agência. Passa meses em campanhas que podem ser aclamadas em Cannes ou derrotadas no Twitter. São os culpados quando as vendas caem, mas pouco veem os créditos quando elas sobem.
Em 2026, o pedido é que façam mais com menos..
Mas qual mais? Com quanto menos? Foi ao sentir essa desconexão estratégica com o dia-a-dia do marketing que o M15 lançou o livro CMO Insights 2026.
São 60 insights de marketing, tecnologia e consumo, consolidados a partir da conexão de +1.500 notícias de marketing, 200 relatórios globais e 100 artigos acadêmicos para mostrar os rumos do marketing em 2026 — desde como medir resultado em marketing até quais soft skills vão ser demandadas por estes profissionais.
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Ou você pode tentar a sorte e responder esse e-mail nos contando, seu nome, empresa, cargo e qual a sua principal aposta no marketing em 2026. Vamos selecionar 5 respostas para enviar o livro de brinde.
P.s: Resultado na edição do TechDrop de sexta!
STATS
US$ 40 bilhões
foi o tamanho do rombo financeiro criado pelo fundador das criptomoedas Terra/Luna, Do Kwon, que acaba de ser sentenciado a 15 anos de prisão por fraude e conspiração.
A história de Kwon começou em 2021, quando ele criou o TerraUSD, uma stablecoin projetada para manter seu valor sempre em US$ 1.
Os promotores alegaram que, quando o TerraUSD caiu abaixo de sua paridade de US$ 1 em 2021, Kwon disse aos investidores que um algoritmo de computador conhecido como "Terra Protocol" havia restaurado o valor da moeda.
Mas a real é que Kwon contratou uma empresa de negociação de alta frequência para comprar secretamente milhões de dólares do token para sustentar artificialmente seu preço.
Não pode? Não pode!
via NYT
STARTUPS
OpenEvidence: o DoutorGPT vendendo Ads

OpenAI, Google e outros ainda batem cabeça para descobrir um jeito de colocar ads dentro de seus chatbots sem irritar (tanto) os usuários gratuitos. Enquanto isso, a OpenEvidence – que opera um chatbot para médicos encontrarem infos em fontes confiáveis – já está gerando US$ 150 milhões por ano com publicidade.
A startup de apenas 3 anos está levantando uma nova rodada de US$ 250 milhões que a avalia em US$ 12 bilhões – se tornando um dos 8 apps de IA a se tornarem um decacórnio (+US$ 10bi de valuation), com receita anualizada de +US$ 100 mi.
Médicos não precisam pagar nada para usar a OpenEvidence. O que a startup faz é vender espaço publicitário para as nada pobres empresas farmacêuticas, que têm contexto e são ads que os médicos já estão mais do que acostumados a ver.
Apesar de novata, já conquistou os corações de +40% dos médicos americanos:
A startup gera +US$ 12 milhões ao mês com ads
Cresceu 3x nos últimos 4 meses (desde agosto)
Está vendendo apenas 1/10 do seu inventário (10%)
Se conseguir esgotar as prateleiras, pode passar do US$ 1bi de receita anual
Margem de lucro bruta superior a 90% (#chupaGPT)
A startup diz que o chat é superior aos generalistas (ChatGPT, Claude, Grok) por ser desenvolvido usando informações de periódicos e conteúdos que ela mesma licenciou. Mas também usa modelos open-source e closed source e o feedback dos usuários para aprimorar resultados das +20 milhões de perguntas mensais feitas por doutores(as) de +10k hospitais americanos.
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
Starlink: missões e implantações de 19-25

Enquanto comemora o título de startup privada mais valiosa do mundo (US$ 800 bilhões) e se prepara para o maior IPO do mundo no ano que vem (US$ 1,5 trilhão), a SpaceX aproveita para bater recordes atrás de recordes.
A spacetech de Musk lançou 29 satélites nesta manhã, marcando marcando o 163º voo do Falcon 9 da empresa em 2025 e consolidando sua posição como a provedora de lançamentos mais prolífica do mundo.
Essa missão alcançou um marco notável ao ser o 550º pouso bem-sucedido de um foguete Falcon 9 da SpaceX, com o primeiro estágio pousando na plataforma marítima autônoma "Of Course I Still Love You" no Oceano Pacífico.
Para fins de comparação na indústria de internet via satélites:
SpaceX Starlink: ~10.000 satélites
Eutelsa OneWeb: 648
Amazon Kuiper: 155
China Guowang: 148
China SpaceSail: 90
Telesat Canadá: 0
Somente este ano, a SpaceX lançou mais que o triplo de satélites da sua concorrente mais próxima, ultrapassando os 3.000 Starlinks e representando aproximadamente 65% de todos os satélites ativos globalmente.

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