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Bom dia Droppers, aterrissamos em dezembro com 92% do ano já completado!
Hoje eu aprendi: que nosso cérebro consome ~20% da energia do corpo e representa 2% do peso corporal, independentemente da tarefa sendo executada – esteja você comendo um sanduíche ou resolvendo a Teoria do Campo Unificado na física, o cérebro praticamente não altera sua demanda por energia e oxigênio.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• OpenAI: o ChatGPT-Ads caiu na net
• Trending: Banco decide que só Banco pode ser Banco
• Google Ads: keyword do concorrente é crime
• Stats: R$ 4,76 bi da Black Friday
• TOTVS: quer tc com a Siri Suri?
• Contra Dados Não Há Argumentos: Loop cultural fechado
*Vacilamos: na última sexta-feira falamos que o investimento em P&D da Eli Lilly era maior que o PIB da Alemanha, quando na verdade era maior que o investimento do país em pesquisa e desenvolvimento de novas drogas.

AI
OpenAI: o ChatGPT-Ads caiu na net

Enquanto os experts criam modelos financeiros provando que a OpenAI não vai conseguir honrar com seus compromissos financeiros, a startup corre pra provar que tá todo mundo errado. O caminho mais provável até o sonho da casa própria do breakeven? ChatGPT-Ads!
Sexta-feira chegou uma nova versão Beta do app para Android e o código deixou escapar que a OpenAI está testando internamente anúncios no seu chatbot.
O código mostra sequências para "conteúdo do bazar", "anúncio de pesquisa" e "carrossel de anúncios de pesquisa", sugerindo que os ads provavelmente aparecerão na experiência de busca – embora o formato exato e o cronograma de lançamento ainda não estejam claros nem confirmados.
O plano para monetizar os atuais 765 milhões de usuários gratuitos do ChatGPT (versus os 35 milhões de pagantes, ou 5% da base) não surgiu do dia para noite. Depois de contratar uma legião de funcionários da Meta/Google, a OpenAI construiu a base para entregar ads:
Lançou seu navegador (Atlas): o uso do browser gera uma coleta de dados personalizados e granulares em escala. A ferramenta é quase um dispositivo de vigilância, permitindo o mapeamento dos seus fluxos de trabalho através de um pipeline de dados da internet.
Lançou a rede social (Sora 2): uma rede social a lá TikTok com um feed infinito de vídeos de IA. Cada rolagem, curtida, remix é mais um ponto de dados, mais um sinal de anúncio, com o modelo aprendendo exatamente o que te prende.
Lançou o assistente pessoal (Pulse): que lê as suas conversas e interações, aprende seus hábitos e preferências e faz sugestões. Basicamente, preparou o terreno para anúncios direcionados usando a memória.
Naquelas… se você não paga pelo produto, você é o produto. A real é que toda navegação, interação e conteúdo assistido é um treinamento para o algoritmo de ads. Google, Amazon e Meta fizeram, OpenAI vai fazer. Só que dessa vez você está treinando um algoritmo hiper-segmentado apenas para você.
Com ~800 milhões de usuários semanais, 2,5 bilhões de solicitações por dia e tráfego perto dos 6 bilhões de visitas por mês… mesmo uma pequena quantidade de ads pode virar uma fonte de receita significativa.
Resta saber se esse empurrão consegue turbinar a receita atual dos US$ 13 bi para perto dos US$ 650 bilhões que a OpenAI projeta torrar nos próximos anos.
PS. a OAI tem tantos funcionários recrutados da Meta que rola até um canal no slack só para os ex do Zuckerberg.
QUICK DROPS
Mundo Afora
Bitcoin, despencou para menos de US$ 88.000 no início do pregão asiático e já tem a pior performance para o mês de novembro desde 2018.
Meesho, concorrente indiana da Amazon, Flipkart e Mercado Livre, está prestes a lançar um IPO de aproximadamente US$ 606 milhões.
Black Friday dos EUA bateu recordes com US$ 11,8 bilhões de vendas online, com um nada sutil empurrãozinho da IA, de acordo com a Adobe.
WhatsApp pode ser banido na Rússia, caso a Meta mantenha a posição de não ser X9 e não ceder informações de usuários suspeitos para o governo.
ADS
Google Ads: keyword do concorrente é crime

Buscou por uma marca no Google e encontrou a concorrência nos primeiros links azuis da página de resultados? Vai ter multa!
Essa foi a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que condenou a 99Food por concorrência desleal por ter direcionado parte do seu orçamento de mídia paga na palavra-chave “Keeta”, justamente o nome do app da chinesa Meituan, que acabou de estrear no Brasil. A indenização ficou em R$ 100 mil.
O que diz o Tribunal de Justiça de SP: que uma empresa não pode comprar o nome da rival como palavra-chave, já que isso configura concorrência desleal.
O que diz o Google: que é permitido comprar palavra-chave do concorrente, mas que não se pode usar essa mesma palavra-chave no próprio texto do anúncio.
O que diz a 99Food: que só fez o que é permitido e que a própria concorrente também utiliza das mesmas práticas, comprando a palavra-chave da Rappi.
A disputa nos tribunais de justiça pega fogo – para essa ainda cabe recurso e ainda tem outra em andamento por causa de contratos de exclusividade. Enquanto isso, a Keeta divide seu orçamento de R$ 1 bilhão entre prospecção de motoristas, capacetes inteligentes e a chegada à maior cidade do Brasil.
BRANDED CONTENT
IA: do prompt ao poder real
Oferecimento Trybe
A corrida da inteligência artificial ficou tão intensa que só entender de prompt básico já não basta. E se a IA ficou mais esperta com treinamento, você também pode! A “Imersão IA na Prática” da Trybe faz justamente isso: ensina com a mão na massa.
Melhora: você pode aproveitar a promoção de Black Month para ter 25% OFF (+5% com o cupom DROPSBLACK) para aprender a usar +15 ferramentas e ficar pronto pra 2026. A oferta vai até dia 02/12.

Banco Central decide Só Banco pode ser Banco
Enquanto as fintechs comemoravam a sexta-feira de Black Friday processando pagamentos, prevendo fraudes, analisando créditos, etc… o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciava uma nova resolução que proíbe as fintechs sem licença bancária de usar os termos Banco ou Bank em seus nomes.
Entre as afetadas que não possuem licença para operar como banco, apenas como instituição de pagamento, e precisarão se adaptar à nova regra estão: Nubank, Pagbank, will Bank, Banco Neon, Stark Bank, Bankly, alt.bank, Zro Bank, Social Bank, Fitbank, Partner Bank, PinkBank, Tip Bank
Instituições de Pagamento (IPs) podem e não podem:
Não podem emprestar dinheiro nem captar depósitos à vista.
Podem administrar contas de pagamento (pré ou pós-paga).
Podem emitir cartões, processar pagamentos, operar maquininhas, etc
Dinheiro mantido deve ser 100% protegido, sem risco de crédito.
Bancos (Banks) podem e não podem:
Podem captar depósitos e conceder crédito (empréstimos, financiamentos).
Podem oferecer conta-corrente, investimentos, câmbio, seguros, crédito…
Têm maior liberdade para usar recursos dos clientes.
Regulação mais complexa e exigências de capital mais altas (Basileia).
PS: o Nubank disse que, na prática, tá tudo bem!
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Quer fechar o ano com o time engajado?* O Natal ajuda: o benefício certo em dezembro pode dar +27% no engajamento e +65% de chance de retenção. A Pluxee juntou tudo no Manual de Engajamento de Natal – porque seu colaborador merece mais que um chocotone. Confira aqui!
Assinadoc, a startup de assinatura de documentos digitais, é adquirida pela gigante dos softwares de gestão e automação, Tecnospeed.
Turbi, a startup de aluguel de carros online por horas, dias ou até meses, reforça o caixa captando R$ 30 mi em operação de dívida com o Santander.
Mercado de Recebíveis, a fintech de antecipação de recebíveis, capta FIDC de R$ 150 mi estruturado pela Oriz Partners e chega ao primeiro bi de TPV.
Scala, uma das maiores empresas do segmento de data centers no país, captou uma linha de crédito de R$ 200 milhões com o BNDES.
MGITech, a startup de outsourcing de equipamentos (de smartphones e tablets a coletores de dados de portos), capta rodada com AV Capital.
*Conteúdo de marca parceira
STATS
R$ 4,76 bilhões
é quanto o e-commerce brasileiro faturou na última sexta-feira – um recorde que só perde para a fatídica Black Friday da pandemia, em 2021, quando o ecomm faturou 5,13 bilhões.
Entre as categorias que mais venderam estão:
1º lugar: TVs com R$ 443,2 milhões
2º lugar: Smartphones com R$ 388,7 milhões
3º lugar: Geladeiras/Refrigeradores com R$ 273,2 milhões
Entre os produtos que mais venderam estão:
1º lugar: Ar condicionado Split da Samsung 12k BTUs
2º lugar: iPhone 16 de 128 GB de cor preta
3º lugar: Smart TV de 70 polegadas da Samsung
A fim de comparação com o ano passado:

via Confi Neotrust
MENSAGERIA
TOTVS: quer tc com a Siri Suri?

Pouca gente usa a Siri no Brasil. Mas quando o assunto é WhatsApp, estima-se que ~99% da população brasileira com acesso à internet tem uma conta no app. É por essas e outras que a TOTVS está desembolsando R$ 28 milhões para entrar no jogo do marketing conversacional com a aquisição da Suri – não da Siri.
A Suri foca em chatbots para o varejo e hoje possui cerca de mil clientes ativos. O M&A vem para reforçar a frente de marketing da vertical RD Station, que além da ferramenta de gestão da Resultados Digitais, também já havia incorporado a Tallos – outra empresa de chatbots adquirida em 2022 por R$ 6,7 milhões.
Os cofundadores da Suri estão na arena desde 2012, mas foram alguns anos depois que entraram no jogo do marketing conversacional:
Chatbot Maker em 2017: soluções personalizadas de chatbots para atendimento digital em canais como Messenger.
Assistente Virtual em 2020: um chatbot pronto e escalável, acessível pelo WhatsApp e Facebook, surfando o crescimento da pandemia.
Inteligência Artificial em 2023: evoluiu para uma IA generativa mais robusta, vendas automatizadas e entrada em chat-commerce.
Mas nem tudo são flores no universo dos chatbots de IA no WhatsApp. Eles são permitidos DESDE QUE não concorram diretamente com a solução de IA da Meta – e algumas startups estão aprendendo essa lição a duras penas:
As rivais Luzia e Zapia (chatbots focados em assistentes) se uniram para levar a briga à Justiça. Elas pedem uma medida preventiva contra a Meta, que atualizou os termos do WhatsApp Business proibindo empresas classificadas como desenvolvedoras de IA de usar a plataforma – e avisou que as contas oficiais serão removidas em Jan/26.
Para Mark, existem duas formas de olhar para chatbots de IA:
IA como tecnologia primária: como um assistente pessoal personalizado, gerando imagens, transcrevendo áudios, realizando pesquisas, etc.
IA incidental ou auxiliar: como um chatbot de atendimento, focado em auxiliar uma compra/venda, tirar dúvidas de preço, entregas, etc.
No fim do dia, uma definição mais direta é: empresas com soluções que concorrem diretamente com a própria solução da Meta AI (como Perplexity ou ChatGPT), estão proibidas de usar a API.
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
ChatGPT: Loop cultural fechado

As palavras favoritas do ChatGPT estão se espalhando nas conversas e falas humanas!
A descoberta é dos pesquisadores do Instituto Max Planck, que analisaram +740k horas de conteúdo (sendo +360k palestras acadêmicas no YouTube e +771k podcasts com conversas em diversas áreas), usando métodos de inferência causal para comparar o uso de palavras ANTES e DEPOIS do lançamento do ChatGPT em Nov/22.
O resultado: palavras como delve, underscore, comprehend, bolster e boast cresceram 25–50% na fala humana – e não em leitura de scripts de IA, mas em conversas espontâneas, onde as pessoas internalizaram o vocabulário do chatbot sem nem notar.
O fenômeno: foi chamado de Loop Cultural Fechado, em que humanos criam linguagens → IA aprende com humanos → IA cria as próprias preferências → humanos adotam as preferências de IA → próximas IAs aprendem com essa mistura.
O debate: sobre o impacto da descoberta se concentra em três pontos. A homogeneização da linguagem, o risco de colapso dos modelos (IAs treinando IAs com dados de IAs) e um possível estigma social, onde usar delve ou travessões demais denuncia a dependência do ChatGPT.
PS: o cultural closed loop não acontece somente com as IAs digitais, mas também com as IAs físicas, com Musk afirmando que os robôs Optimus se construirão sozinhos em fábricas autorreplicantes.

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