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OpenAI: 10 bilhões de motivos para comemorar

Dois anos e meio depois de abalar as estruturas da internet com o lançamento do ChatGPT, a OpenAI está comemorando os primeiros US$ 10.000.000.000 (10 bi) em receita recorrente anual e o título de startup de crescimento mais rápido da história.

E o plano é não tirar o pé do acelerador, com a meta de chegar aos US$ 125 bilhões de receita até 2029 – ano em que o ChatGPT estará completando seu sétimo aniversário. E de onde vêm os bolos de dinheiro que a OAI coloca nos cofres?

• Do lado dos produtos: a receita vem das assinaturas do ChatGPT e do plano de acesso à API — mas fica de fora o que entra via Microsoft e outros contratos pontuais. Com o roadmap de lançamentos, novas parcerias e aquisições no radar, a expectativa é que essa fogueira só ganhe mais lenha nos próximos meses.

• Do lado do valuation: na última rodada com a SoftBank, a startup levantou US$ 40 bi e foi avaliada em US$ 300 bilhões — um múltiplo de 30x sobre a receita. Nada fora do comum para startups em modo foguete, mas bem longe da média de 5 a 11x das big techs listadas (como Apple e Google).

• Do lado dos clientes: Sam afirmou neste mês que a OAI chegou aos 500 milhões de usuários ativos semanais e converteu 1% deles em pagantes – chegando aos 5 milhões de assinaturas.

Crescimento no modo foguete = custos nas estrelas. No ano passado, quando tinha “apenas” US$1 bilhão em receita, a startup registrou um preju de US$5 bilhões. Já em 2025 a projeção é fechar o ano com US$ 12 bi de receita e perdas em torno de US$ 9 bi. Contas no “verdinho”? Só em 2029.

Tão feliz quanto a própria OpenAI está a Microsoft, que não tem modelo proprietário mas ganha ~20% da receita gerada pela startup como um “Muito obrigado” pelo acordo de US$13 bilhões em créditos de cloud cedidos à OAI.