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💧 O terror dos influencers
+ o multidev que enganou geral + layoff na microsoft

Oferecimento
Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que 4 de Julho, o feriado Independence Day nos Estados Unidos, é o dia em que mais se consome hot-dogs no mundo. Entre competições e churrascos de família, os americanos devem comer 150 mi salsichas hoje que, se enfileiradas, poderiam cobrir o Brasil de norte a sul cerca de 5 vezes.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• VTubers: o terror dos influencers
• Soham Parekh: de multi-tasking para multi-empregos
• Layoff na Microsoft: o Xbox em perigo

INFLUÊNCIA
VTubers: o terror dos influencers

Bloo é um carinha de cabelos azuis que adora games – até aí nada demais. Ele entrou no YouTube em 2021 para compartilhar vídeos jogando e, desde então, já acumulou +800 milhões de views, +2,5 milhões de inscritos e gerou algo entre US$ 1-10 milhões em receita – o que coloca o canal entre os 1% maiores do mundo. Só um detalhe: Bloo não é um humano, é um VTuber!
VTubers (ou Virtual YouTubers) são criadores de conteúdo que utilizam avatares virtuais animados para realizar transmissões ao vivo, gravar vídeos, cantar, jogar e interagir com o público em plataformas como YouTube e Twitch, sem mostrar o próprio rosto.
Mas por quê? Os algoritmos dão prioridade a quem posta em quantidade e regularmente. Deixando de lado o debate de quanto esse fator influencia na baixa qualidade, na busca por volume o maior gargalo se torna o humano - então, por que não substituí-lo?
Mas como? A estratégia é simples: quanto mais, melhor. O criador espanhol GoldenHand, por exemplo, publica até 80 vídeos por dia em sua rede. A maioria não passa de algumas centenas ou milhares de views, mas os poucos que viralizam somam dezenas de milhões – e aí a monetização vale a pena.
O mercado gigantesco de influencers, somado ao mercado trilionário da inteligência artificial deu, origem ao termo AI-Slop: conteúdos de baixa qualidade, pouco esforço, em muuuita quantidade, que estão invadindo e dominando a web – e vão muito além do Bombardino Crocodilo.
O fenômeno da escala de produção não acontece só no fantástico mundo dos influencers. O Duolingo, por exemplo, produziu 150 novos cursos de idiomas nos últimos 12 meses (com IA), o que é mais do que os 100 cursos que produziu ao longo dos últimos 12 anos (sem IA).
Se esse segmento já era relevante – em audiência e receita – com VTubers como Bloo, imagine o potencial de arrecadação que a nova geração de Vtubers / AI-nfluencers muito mais realistas traz para o mercado.
QUICK DROPS
Mundo Afora
Netflix: está explorando uma parceria com o Spotify para adicionar shows ao vivo e entrevistas com celebridades no seu app de streaming.
Apple: pela primeira vez nos últimos dois anos, viu suas vendas na China crescerem. O aumento foi de ~8%.
OpenAI: disse que não aprovou a negociação de suas ações por meio dos tokens da Robinhood – contradizendo o anúncio do CEO.
Nvidia: está próxima de se tornar a empresa mais valiosa do mundo de todos os tempos, beirando os US$ 4 trilhões de valor de mercado.
Slate: o carro elétrico anti-Tesla com investimento de Jeff Bezos não vai mais ser vendido “abaixo dos US$ 20 mil”, após fim de incentivos fiscais.
WORK
De multi-tasking para multi-empregos

O que acontece quando você soma 3 tendências do mercado tech: (i) trabalho remoto, (ii) ferramentas de IA (iii) salários multimilionários? O resultado é a história de Soham Parekh que “caiu na net” depois de ostentar ~nada menos~ que CINCO trabalhos simultâneos.
Tudo começou com o founder do Mixpanel emitindo um alerta no X. Basicamente um: “Atenção, galera! Demiti um cara chamado Soham Parekh depois de descobrir que ele trabalhava em mais lugares!”.
No post o executivo ainda diz que fez isso um ano atrás, mas muitos relatos nas respostas comprovam que ele não parou por lá!
Soham, um dev indiano, não escolhe seus alvos aleatoriamente: a maioria das startups que o contrataram eram da YCombinator. E apesar do salário médio para um desenvolvedor full-time de IA nessas startups ser de +US$ 60 a 160k por ano – o que passaria de R$ 3 milhões em quatro empregos –, o que chama a atenção é que ele aceitava salários menores em troca de ações.
Ele não está sozinho! O subreddit /r/OverEmployed que diz “Trabalhe em múltiplos empregos, atinja a liberdade financeira” conta com +440.000 membros. Os top posts da comunidade? O anúncio da legalização do trabalho remoto e muitas dicas de como manter múltiplos trabalhos ao mesmo tempo.
Em uma entrevista ontem, o “superdev” admitiu tudo e disse não se orgulhar do que aprontou, mas que também não usou IA nem terceirizou nada. Ele diz que “apenas” trabalhava 140 horas por semana – o que daria 20 horas por dia, sete dias por semana, tornando seu mea culpa difícil de engolir.
O futuro do trabalho remoto a gente não sabe. Mas o futuro de Soham, provavelmente, será vender cursos de como passar em entrevistas de emprego.
STATS RELEVANTE
200 bilhões
É o número impressionante de visualizações diárias de vídeos no YouTube Shorts. Segundo o CEO, Neal Mohan, esse é um salto de 186% em relação aos 70 bilhões de views por dia (março de 2024) – superando em muito o 1 bilhão do TikTok.
via Android Police
REDES SOCIAIS
Social pra quem?
Oferecimento Stilingue by Blip
O objetivo primário do feed das redes sociais, quando lançado pelo Facebook em 2006, era transformar um diretório estático de perfis em um centro dinâmico e atualizado de atividades sociais. Desde então, muuuita coisa scroll rolou:
O TikTok trouxe o conceito do feed-centric, e o Instagram seguiu logo atrás. O Substack e o Patreon exploraram o modelo creator-centric. Enquanto o Reddit puxa para o community-centric.
Mesmo depois de tanta mudança, ainda tem muita marca seguindo o roteiro “postar, postar e postar”. Só que presença não é só gritar mais, é ter participação ativa, escuta e conversa constante.
O M15 se juntou à Stilingue by Blip e mergulhou nessa virada com um relatório especial. São +100 páginas de dados, cases, entrevistas e um framework gratuito para ajudar as marcas a navegarem na era pós-social.
Clica aqui pra saber como sua marca pode parar de falar sozinha.
![]() | O novo banco cripto Peter Thiel (Founders Fund) vai se juntar a Joe Lonsdale (Palantir) e Palmer Luckey (Anduril) para lançar o “banco cripto mais regulado do mundo!”. Ele será 100% digital, focado em stablecoins e surge para preencher o vazio deixado pelo Silicon Valley Bank. Ou seja, para ajudar a financiar startups. Assim como Palantir e Anduril, o nome do novo banco também vem dos livros de Tolkien, O Senhor dos Anéis: Erebor – montanha onde os anões guardavam seu tesouro, até que o dragão Smaug matou milhares deles e tomou para si toda a fortuna acumulada. |
QUICK DROPS
Brasil Adentro
MySide, a proptech personal shopper dos compradores de imóveis, capta R$ 5 mi com a Hiker e Terracotta Ventures em extensão da rodada seed.
BRQ Digital Solutions, uma das maiores empresas de serviços de TI do país, captou uma linha de crédito de R$ 100 milhões junto ao BNDES.
Clio & vLex, duas das maiores legaltechs do mundo anunciaram M&A de US$ 1 bilhão para focarem em, adivinhem, inteligência artificial generativa.
Carflix, o marketplace de compra e venda de carros usados, capta rodada de valor não revelado com a private equity SMZTO e entra no mercado de franquias.
Gasola, a startup de gestão e automação de compra de combustível, é a mais nova aquisição da nstech – a 36ª compra em quatro anos de existência.
GAMES
Layoff na Microsoft: o Xbox em perigo

Nem nos piores dias da onda de layoffs pós-pandemia a Microsoft tinha ido tão longe. Mas essa semana a foice comeu o martelo bateu: 4% do time global está sendo desligado – cerca de 9 mil pessoas. Isso mesmo depois de reportar um trimestre bastante lucrativo.
O corte afeta várias áreas, como marketing, LinkedIn e até HoloLens. Mas o impacto mais pesado foi no Xbox. A divisão gamer viu jogos em produção serem cancelados, franquias engavetadas e pelo menos um estúdio sendo fechado.
Por que agora? Mesmo com um bom volume de vendas, o Xbox pesa no bolso. No 1º tri de 2025, respondeu por só 8% da receita da Microsoft — e com margens bem mais apertadas que Azure e 365, as queridinhas da casa. Em resumo: produzir jogos AAA, manter servidores pra cloud gaming e bancar a distribuição custa caro.
E adivinha pra onde vai a grana economizada? A empresa já deixou claro que o foco agora são “projetos de maior impacto e retorno” – tradução: inteligência artificial.
O futuro do Xbox como console também começa a ficar nebuloso. Laura Fryer, uma das criadoras da marca, foi direta: “o hardware do Xbox está morto”. A leitura é que a Microsoft pode seguir o mesmo caminho que fez quando Satya Nadella assumiu como CEO: deixar o hardware de lado e focar os esforços em serviços — nesse caso, o Xbox Game Pass.
P.S: Do outro lado do mundo gamer, a Sony anunciou que vai elevar o preço de seus jogos exclusivos. #nãotáfácilpraninguém
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
Data centers de IA: ultrapassando a aviação

Para que a indústria de IA consiga entregar tudo o que promete, vai precisar de mais poder computacional. Quanto mais poder computacional, mais datacenters. Quanto mais datacenters, mais energia consumida. Quanto mais energia consumida, mais CO₂ emitido.
A projeção é que as emissões de carbono dos datacenters aumentem em 11x ao longo da década, representando 3,4% do total emitido – superando toda a indústria de aviação por uma boa margem!
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Todo escritório tem aquele colega que merece um atalho pro que importa. Se o TechDrop já virou rotina pra você, tá na hora de levar ele pro resto da firma.
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