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💧 O sugar daddy das nuvens
+ a aposta de IA do Android + velocidade por assinatura

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Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que o app SMTH (send me to heaven) – no qual usuários disputam por quem arremessa o celular mais alto, enquanto o aplicativo mensura a altura – foi criado com o intuito de destruir o maior número de smartphones possível. Ele foi banido quase imediatamente da App Store da Apple, mas continua disponível no Google Play, onde tem uma legião de seguidores, com +1 mi de downloads. #NotAnAd!
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Android: a carta na manga do Google
• Carros: quando o SaaS vira Speed-as-a-Service
• Mercado de Recebíveis: aulas de fundraising
• Trend: Datacenters x Escritórios x Energia
• Oracle: a sugar daddy das nuvens

BIG TECHS
Android: a carta na manga do Google

Nesta semana rolou o Made By Google 2025, evento em que a gigante das buscas, mapas, ads e afins mostrou novidades num dos poucos mercados onde ainda não lidera: smartphones. Mas, mais do que os novos Pixels, o destaque foi a cartada da Alphabet para disputar o jogo da IA: o Android!
Android é o sistema operacional desenvolvido pelo Google e instalado em mais de 3 bilhões de smartphones (e outros devices) ao redor do mundo, incluindo praticamente todos aparelhos não-Apple, como Samsung, Motorola, Xiaomi, etc.
Market Share: Android tem ~73% versus 28% do iOS.
Enquanto rivais no setor de LLMs buscam novos canais para alcançar o consumidor final, o Google já controla “o dispositivo de consumo mais difundido do planeta”. Diferente dos seus concorrentes:
Apple: apesar de ter os iPhones, não tem a própria IA no mesmo nível dos grandes players.
OpenAI: apesar de ter virado sinônimo de IA com ChatGPT, não tem hardware nem sistema operacional proprietário.
Anthropic: apesar de ter construído um dos melhores modelos, não tem canal de distribuição B2C nem meios para tal.
Microsoft: tem o Windows, mas não compete na palma da mão.
O Google não precisa liderar em vendas de smartphones (o Pixel tem só 0,3% do mercado e serve mais como vitrine do Android). O que a empresa precisa é mostrar o melhor do SO em termos de aplicação e IA – e torcer para que os parceiros Android embarquem essas novidades em seus próprios aparelhos.
Se isso tudo funcionar como planejado, o Google cria mais um flywheel effect: uma base enorme de usuários > mais adoção > mais uso > mais feedback > melhores modelos > mais usuários – consolidando ainda mais a posição da Gemini como referência nos dispositivos mais utilizados do mundo, os smartphones.
QUICK DROPS
Mundo Afora
Google tem outro interessado em levar o Chrome. Dessa vez a ONG alemã Ecosia, que tem o próprio buscador, se candidatou para gerir o produto.
Meta: pausou as contratações para sua divisão de IA, depois de ter despejado bilhões para contratar um verdadeiro time de lendas.
xAI expôs mais de 370.000 conversas de usuários com seu chatbot Grok para mecanismos de busca, sem o consenso dos usuários.
Kanye West lançou a sua própria memecoin na Solana, chamada YZY. A moeda disparou para +US$ 3 bilhões no dia antes de despencar 90%.
AMD publicou acidentalmente o código-fonte completo de sua principal tecnologia de upscaling FSR 4 no GitHub, mas removeu assim que percebeu.
Trump: trouxe o cofundador do Airbnb, Joe Gebbia, como o primeiro Chief Design Officer do governo americano.
CRIPTO
Um satoshinho pra chamar de seu!
Oferecimento Binance
Dias atrás o Bitcoin bateu sua máxima histórica: US$ 124 mil. E aí todo mundo quer participar da festa, mas existe um mito que afasta muita gente: achar que é preciso da grana pra comprar 1 BTC inteiro.
Diferente do real ou dólar, cada BTC não tem centavos, tem satoshis – 100 milhões de satoshis, para ser exato. Ou seja, dá pra começar comprando alguns satoshis com R$10.
O mercado cripto segue crescendo – com o empurrãozinho de grandes empresas adotando como reserva – e sua família de satoshis também pode aumentar até virar 1 BTC . Quer fazer isso com o suporte da líder do mercado? Clica aqui pra conhecer a Binance.
*Não é recomendação de investimento. Confira todos os detalhes da oferta
VEÍCULOS
SaaS: Software Speed-as-a-Service

A era dos SaaS mudou a relação de consumo do possuir para o alugar. Mas em um mundo onde tudo se torna alugável, qual o limite? A Volkswagen parece estar tentando descobrir ao lançar um Upgrade Opcional, que altera os já existentes cavalos de potência de 201 para 228 no modelo ID.3 elétrico. Sim, você aluga os cavalos que já são seus.
Esses cavalos a mais têm preço: £16,50 por mês, £165 por ano ou £649 vitalício (que se torna transferível em caso de revenda do carro).
A VW diz que o formato dá mais flexibilidade ao consumidor, que pode escolher o pacote ao longo da vida útil do veículo em vez de pagar logo na compra. É como se você estivesse fazendo um overclock em um PC, em vez de trocar peças.
A Volks não é a primeira e nem a única montadora querendo aproveitar a beleza da assinatura recorrente e a maravilha da receita previsível:
Mercedes-Benz: cobra uma assinatura anual de US$ 1.200 para liberar potência extra nos modelos elétricos das linhas EQE e EQS.
BMW: oferece assinatura mensal para ativar funcionalidades como a suspensão adaptativa, por cerca de €25 ao mês.
Tesla: cobra mensalidades adicionais para desbloquear funções de piloto automático e sistemas de navegação.
Volvo: aposta em modos de condução extras, sistemas de assistência ao motorista e conectividade.
Para os consumidores, no entanto, a ideia de pagar por algo que já é seu soa mais como um downgrade que um upgrade. Por outro lado, o ativo carro deixa de ser puro hardware (que tende a depreciar com o tempo) e começa a se portar como software (que pode apreciar da noite para o dia, depois de um upgrade).
PS: Esse é o tipo de trava em que um jailbreak pode custar muito caro. Não faça!

Aulas de fundraising com a Mercado de Recebíveis…
O valor de uma coisa é o quanto alguém está disposto a pagar por ela. No caso da fintech Mercado de Recebíveis, tem tanto investidor com disposição que o valuation da startup não para de subir:
Rodada 1: Dezembro de 2023, quando foi avaliada em R$ 70 mi
11 meses depois…Rodada 2: Novembro de 2024, quando foi avaliada em R$ 110 mi
7 meses depois…Rodada 3: Junho de 2025, quando foi avaliada em R$ 200 mi
2 meses depois…Rodada 4: Agosto de 2025, quando foi avaliada em R$ 300 mi
A startup não costuma divulgar os valores aportados, mas, pelo andar da carruagem, mais duas rodadas no próximo ano devem colocar um chifre de unicórnio na cabeça da Mercado de Recebíveis.
O embalo no valuation é impulsionado pelos resultados e por duas mudanças regulatórias feitas pelo BC que ampliam o mercado potencial da startup em alguns trilhões.
(1) Recebíveis de cartão de crédito (um mercado de R$ 3-4 trilhões)
(2) Duplicatas estruturais (um mercado de R$ 15-50 trilhões)
No ano passado, o primeiro com foco em crescimento, a fintech registrou um Volume Total de Pagamentos (TPV) de R$ 100 mi – e neste ano já superou a cifra em algumas vezes.
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Rappi, a colombiana quase brasileira, captou sua maior rodada até agora: US$ 100 milhões em empréstimo sênior com o Santander e Kirkoswald.
VaaS, a startup usando IA na prevenção de fraudes, capta rodada de R$ 20 milhões liderada pela Headline com ABSeed e Honey Island.
Tecnobank, a startup digitalizando os registros de contratos de financiamento de veículos, vendeu 75% da empresa para a dona da Sinqia (Evertec) em um deal de R$ 787 milhões.
Bioma Genetics, a healthtech dos testes genômicos e de microbiota, capta rodada de R$ 15 mi com a Angra Partners, gestora do fundo do Finep.
EMPRESAS
Os olhos da IA na gestão de despesas
Oferecimento VExpenses
Se o assunto é despesa, todo mundo sofre pra prestar contas e pra conferir. Mas juntando forças com uma pioneira em automações como a VExpenses é fácil acabar com o sofrimento. Como? Usando IA para gerir os gastos.
Assistente VExpenses: IA para lançamento de despesas por comando de áudio, texto ou imagem
Hórus: IA antifraude que detecta itens proibidos e duplicidades, garantindo gastos dentro das regras internas.
Intelliscan: leitura de imagens de comprovantes para preencher despesas automaticamente.
Termômetro de passagens: comparação automática entre valores de viagens solicitadas e opções disponíveis.
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STATS
US$ 40 bilhões
estão sendo investidos na construção de datacenters nos EUA, um aumento de +200% desde 2022, quando o ChatGPT foi lançado.
Já a construção de escritórios está em queda franca. O valor total desses imóveis em construção caiu +50% desde 2020 e o preço de aluguel dos escritórios caiu ~40%, com a taxa de vacância atingindo uma máxima histórica de +20%.
O novo gargalo é a energia necessária para alimentá-los. Os datacenters já consomem ~5% de toda eletricidade gerada nos EUA e deve ultrapassar os 10% até 2030 – uma taxa de crescimento anual composta de 23%.
Em resumo: pela primeira vez o valor dos datacenters em construção vai exceder o dos edifícios de escritórios e a busca por energia se torna empecilho para o crescimento da IA.
via The Kobeissi Letter
CLOUD
Oracle: o sugar daddy das nuvens

Enquanto a Amazon, Microsoft e Google investiam bilhões para construir datacenters – para uso interno e externo – o chefão da Oracle, Larry Ellison insistia em dizer que cloud era uma bobagem sem sentido. Os anos e zeros antes da vírgula o fizeram mudar de opinião e agora, a veterana tech se tornou a queridinha das startups de IA:
É a provedora oficial de datacenters e chips para a xAI.
Fechou o maior contrato de nuvem da história da OpenAI.
Se tornou a fornecedora oficial para o TikTok ocidental.
Tem na carteira de clientes o Uber, Zoom, Unimed, Tim, Deutsche Bank, etc.
Com mais contratos da OCI (Oracle Cloud Infrastructure) vieram também novos custos: (i) novos datacenters, (ii) energia para rodá-los e (iii) chips para equipar os servidores. Resultado? A Oracle registrou fluxo de caixa anual negativo pela primeira vez desde 1990.
As dúvidas sobre a longevidade e margens da cloud continuam. Mas, por enquanto, a estratégia está funcionando: a Oracle triplicou seu valor de mercado em dois anos, colocando o fundador Larry Ellison (e seus 40% da empresa) no 2º lugar no ranking dos mais ricos do mundo. Ele agora só está atrás do seu cliente Musk, mas à frente de seus concorrentes Zuck, Bezos e Larry Page.
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Apesar de ter decolado mais tarde que as outras hyperscales, a Oracle está jogando bem: em até 4 anos, a receita de cloud deve superar todas as outras fontes da empresa.

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