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💧 O Cliente-concorrente de $1bi…

+ A empresa de software mais lucrativa do mundo + IPOs de 2021

Bom dia Droppers.

Hoje eu aprendi: que a Apple batizou o PowerMac 7100 de “Carl Sagan”. O astrônomo então enviou uma carta de “Cessar e Desistir”, a Apple obedeceu, renomeando-a como “BHA” para “Butthead Astronomer” (Astrônomo Idiota). Foram parar no tribunal e, após um acordo, o nome final tornou-se “LAW”, que significa “Lawyers are Wimps” (Advogados são fracos).

Na edição de hoje, em 5 minutos:

  • O Cliente-concorrente de $1bi…

  • O que rolou mundo afora: Peter Thiel, Gemini, Web Summit

  • A empresa de software mais lucrativa do mundo

  • O que rolou Brasil adentro: Bionexo, Redcheck, Nannacay, FCamara + PlayStudio

  • Como estão os IPOs de 2021?

Techdrop é a newsletter de tecnologia e negócios que tem a missão de elevar o QI da internet.

O Cliente-concorrente de $1bi…

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Uma empresa até pode se dar o direito de se recusar a vender para um dos seus principais concorrentes. Mas, quando o deal envolve um milhão de licenças pelos próximos 5 anos, totalizando ~R$5 bilhões, é beeem difícil falar não.

O fornecedor-rival, neste caso, é a Microsoft.
O produto, a suite de produtividade Microsoft 365.
O cliente-concorrente, uma tal de Amazon.

Até hoje, a Amazon utiliza a solução on-premise, ou seja, com servidores locais, de forma que os dados e processos são armazenados dentro da própria empresa. Se o negócio realmente for fechado, a Amazon irá migrar para a cloud e colocar seus dados, processos, segredos e tudo mais no servidor da sua concorrente.

Ambas concorrem principalmente em suas soluções de nuvem: Amazon com a AWS e seus dominantes 32% de marketshare e a Microsoft, com o Azure, e colada em segundo lugar com 22% de marketshare.

A Microsoft não distingue exatamente de onde vem suas receitas, mas se os chutes estiverem corretos, o Microsoft 365 gerou $36bi em receita anualizada (~32% dos $110bi de receita reportados no Q4).

O que rolou mundo afora

  • Peter Thiel: o polêmico investidor e founder bilionário do Vale do Silício e doador de Trump, é um informante do FBI, segundo a Insider.

  • Gemini, Genesis e DCG, as firmas cripto dos gêmeos, estão sendo acusadas de fraudar 230k investidores em +$1bi pela Procuradora-geral de Nova York.

  • Web Summit: vai precisar de um novo CEO já que Paddy Cosgrave deixou o cargo após declarações sobre o conflito Israel e Hamas.

A empresa de software mais lucrativa do mundo

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No início deste ano, o founder e CEO da Salesforce, Marc Benioff, declarava seus ambiciosos planos de tornar a $CRM a empresa de software mais lucrativa do mundo, prometendo 26% de margem até 2026.

Muitos o chamaram de doido, e não era só pelo chapéu de cowboy. Na última apresentação de resultados, Marc mostrou que vai entregar mais que o prometido, com 2 anos de antecedência:

Margens FY (Fiscal Year):
FY20 16.8%
FY21 17.7%
FY22 18.7%
FY23 22.5%
FY24 30.0% (orientação)

Desde que a regra do jogo mudou e começou uma história de que empresa Tech precisa gerar lucro (AlôWeWork), a Salesforce tem se posicionado para atender as expectativas dos investidores, o que normalmente vem acompanhado de desaceleração. No caso da Salesforce, Marc prometeu +10% de crescimento para 2024, chegando a receita de $34.8B (orientação)

Para fins de comparação, a Salesforce ainda está distante de ser a empresa mais lucrativa do mundo, já que a margem das demais empresas SaaS listadas publicamente são:

  • Atlassian: 74.5%

  • ServiceNow: 69.1%

  • HubSpot: 61.8%

  • Splunk: 61.5%

  • Workday: 54.6%

  • Okta: 48.5%

Qual a margem de lucro média para empresas SaaS de capital aberto?

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O que rolou Brasil adentro

  • Bionexo, a healthtech que conecta fornecedores e consumidores da área da saúde através de seu marketplace, captou R$100mi com a Bain Capital.

  • RedCheck, a healthtech que usa IA para reduzir o tempo de análise e o custo dos diagnósticos oftalmológicos, abre rodada de R$1mi na Captable.

  • Nannacay, a marca de moda artesanal de impacto social, capta rodada de R$2.5mi, liderado pela Order VC.

  • FCamara, o ecossistema de soluções de produtos e serviços tech, compra o controle da venture builder PlayStudio.

Como estão os IPOs de 2021?

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O ano era 2021 e o mundo tech batia recordes no mercado de ações com um forte pipeline de empresas abrindo capital - seja por IPO, listagem direta ou SPAC.). Naquele ano, 20 empresas estrearam na Nasdaq com valuation >$10bi e a soma de todas ultrapassa a marca do trilhão.

Apenas dois anos se passaram, mas o mundo tá diferente - e a Joanna Glasner da Crunchbase resolveu ligar para os formandos de 2021 para saber como estão?

  • O melhor da turma? as ações da Samsara, fornecedora de plataformas de dados de Internet das Coisas (IoT), valem mais hoje do que quando a empresa abriu o capital em dezembro de 2021.

  • Na média? temos Nubank, o neobank brasileiro que perdeu ‘apenas’ 10% de seu valor desde a estreia. A Qualtrics e a IronSource que foram compradas.

  • Se deu mal? os destaques ficam para Didi, o app de mobilidade, que perdeu $56.5bi de valor e precisou sair da bolsa. A startup de carros elétricos Rivian vem em segundo lugar, com $48.1bi do seu marketcap desaparecendo. Tuya, de IoT e a seguradora Bright Health Group, perderam respectivamente 91% e 99% de valor.

No geral, as avaliações das maiores ofertas de startups selecionadas em 2021 caíram 60% em relação ao seu nível inicial e a carnificina dos IPOs de 2021 são um dos motivos do desânimo dos investidores com os IPOs de 2023.

Contra dados não há argumentos

Stats do dia

Na média, as empresas públicas de SaaS de alta qualidade têm margens de lucro bruto entre 75% e 90%. O ideal é que essas margens sejam superiores a 80%.

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