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💧 Os nerds vão à guerra

+ stablecoins ganhando espaço + Tivit e o passaporte italiano

Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que a proposta original do Youtube era ser um site de dating. A ideia era que usuários gravassem vídeos se introduzindo e dizendo o que estavam buscando em um parceiro(a) - a startup pivotou para aceitar todos os tipos de vídeo antes de ser adquirida pelo Google.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Detachment 201: os nerds vão a guerra
• Tivit: tirou cidadania italiana da Almaviva
• Stablecoins: a moda da vez
• Coinbase: de cashback para bitcoinback

MILITAR

Detachment 201: Os nerds vão à guerra

Sim senhor, a tropa nerd está pronta para servir! Alguns dos principais CTOs do Vale do Silício estão trocando os shorts e camisetas pela farda militar e as piscinas de bolinhas pelos QGs do exército americano.

Mas nada de ir para o front – pelo menos não o campo de batalha físico –, a ideia do Pentágono com o programa Detachment 201 é criar um tipo de Exército Executivo de Inovação e levar a expertise do setor privado para as Forças Armadas.

Provando que o governo também sabe ser cool, o apelido se refere ao código de status do protocolo de transferência de hipertexto 201, que indica a criação de um novo recurso em um servidor.

NYT

Como parte desse primeiro recrutamento da elite tech, alguns dos maiores nomes do mercado se apresentam para guerra servir:

Esses CTOs ganham dezenas de milhões de dólares no setor privado, então o Pentágono precisou startupar e apelar para mais do que o dever patriótico. Com isso, eles foram poupados do treinamento básico e trabalharão em um formato part-time (dedicando 120 horas por ano, remotamente e de forma assíncrona). Só não rolou escapar dos testes de aptidão física e treinamento de pontaria.

PS: a Microsoft também está trabalhando em uma versão do Copilot para o departamento de defesa americano.

M&A

Tivit: tirou cidadania italiana com a Almaviva

Se as experiências vividas por empresas fossem avaliadas como humanos, a Tivit teria uma barba branca longa à lá Gandalf. Poucas empresas brasileiras de software passaram por todas etapas do ciclo de maturidade e possuem tanta história para contar quanto ela – que acaba de celebrar a venda para a gigante italiana Almaviva!

→ 2000: o ex-tenista Luiz Mattar funda a Telefutura, com foco em call centers e BPO.
 2005: adquire a Proceda e se funde com a Optiglobe, criando a Tivit.
→ 2006: entra no mercado de infraestrutura, outsourcing e datacenters.
→ 2009: realiza um IPO na Bovespa e levanta ~R$660 milhões.
→ 2010: a britânica de private equity Apax, compra a empresa por ~US$1 bilhão.
→ 2014: adquire a chilena Synapsis por R$ 450 mi e inicia internacionalização.
→ 2016: expande para México, Colômbia e Paraguai.
→ 2019: adquire a Stone Age, startup de Big Data e Analytics.
→ 2020: cria um braço de investimentos e M&A, com fundo de R$ 100 mi.
→ 2021: compra a Sensr.IT .
→ 2022: adquire a fintech Conpay – incorporada ao Tbanks e da XMS.
→ 2022: spin-off do seu braço de datacenters criando a Takoda.
→ 2025: é adquirida pela italiana.

Com receitas anuais na casa dos R$ 2 bilhões, a Tivit vinha surfando bem em áreas como cloud, cibersegurança, fintechs, IA e serviços gerenciados. Agora, com a fusão (ainda sujeita ao aval do CADE), a coisa ganha escala: nasce um mega player global com faturamento combinado de R$ 12 bilhões – e o Brasil responde por uns 40% desse bolo.

PS: o valor da compra não foi revelado, mas a EXAME estima que gire em torno dos R$ 1.4 bi - um número que ficaria abaixo do faturamento anual da empresa.

QUICK DROPS

Mundo Afora

  • 23andMe: está voltando às mãos da sua fundadora Anne Wojcicki, depois do lance vencedor (e superior) de US$ 305 milhões

  • ScaleAI: corre o risco de perder o Google, Microsoft e até a OpenAI como clientes seguindo a sua venda para a Meta.

  • Nova York (o estado, não a cidade): aprovou uma lei para aumentar a segurança das IAs e obrigar as empresas, entre outras coisas, a terem relatórios mais completos de segurança.

  • Google: começou a testar uma integração do NotebookLM nos AI Overviews do buscador, levando respostas em áudio direto pra SERP.

  • Marinha dos EUA: quer fazer o mesmo que o Pentágono e levar as big techs para o mundo militar.

60.000 anos de Energia limpa

Cientistas chineses descobriram um depósito de tório de 1 milhão de toneladas no interior da Mongólia, avaliado em cerca de US$ 178 bilhões.

O tório é mais seguro e limpo do que o combustível nuclear tradicional à base de urânio - produzindo menos resíduos tóxicos que se decompõem em centenas de anos em vez de milênios.

Essa reserva de tório poderia potencialmente suprir as necessidades energéticas da China por até 60.000 anos.

MERCADO

Stablecoin, “a buzzword ganhando o world”

“Ah, porque o Walmart e Amazon estão avaliando a emissão das próprias stablecoins…”. “Ah, porque o Shopify vai aceitar pagamentos via stablecoins…”. “Ah, porque até Airbnb, Apple, X e Google estão integrando com stablecoins….”.

Mas por que diabos geral está falando e abraçando as Stablecoins? A resposta pode estar nas redes de pagamento, que hoje tomam dois formatos:

  • Open Loop Networks: são as redes de pagamento de cartão de crédito como Visa e Mastercard, utilizadas por praticamente todos os usuários e aceito em qualquer local do mundo.

  • Closed Loop Networks: são as redes de pagamento desenvolvidas internamente, como os seus pontos do Walmart ou da Amazon, ou seus créditos do Shopify.

É fácil entender a motivação de migrar para o modelo fechado: uma empresa que movimenta bilhões de dólares adora ver menos de sua margem indo para taxas de bancos, maquininhas, bandeiras de cartão, adquirentes, etc…

O problema desse modelo é a interoperabilidade. Seus pontos do Mercado Livre não podem ser usados na Amazon, já que são duas redes de pagamento fechadas, o que dificulta a adoção dos usuários, que precisam transitar de app em app.

A solução seria adotar stablecoins e redes blockchain, levando o benefício de ter sua própria rede de pagamento closed loop (renda extra sem pagamento de taxas), podendo ainda operar em uma rede aberta (interoperabilidade).

Em outras palavras, seus pontos da Amazon, do Mercado Livre, do Shopify existiriam todos em uma mesma carteira, operando em uma mesma rede aberta.

É também pelo potencial das stablecoins assumindo papéis mais relevantes no mundo das big techs que até o Stripe desembolsou bilhões para adquirir a Bridge e a Privy – que trouxeram infraestrutura para empresas desenvolverem os próprios sistemas de stablecoins e licenças governamentais para já sair operando do dia zero.

QUICK DROPS

Brasil Adentro

  • Última chamada*: para você se juntar ao Drop no maior encontro de marketing do Brasil. O CMO Summit acontece em SP, nos dias 25 e 26, e nem precisamos dizer que os lugares estão prestes a esgotar, né? Mas, com o cupom TECHDROP30, além de garantir seu lugar, você tem 30% OFF que não encontra em nenhum outro lugar. Clique aqui e veja o que vai rolar!

  • Accordia, a plataforma de analytics para fusões e aquisições (M&A), capta rodada de R$ 2 mi para investir na criação de produtos de IA (Red Flags).  

  • Maker Market, o marketplace conectando designers 3D com impressoras e ecommerces, capta rodada de R$ 1 mi com o empreendedor Éder Medeiros.

  • Just Travel, a traveltech conectando agências de turismo com influenciadores, capta rodada com a Bossa, Sai do Papel e 040 Ventures.

*Conteúdo de marca parceira

STATS RELEVANTE

82%

das transações realizadas pelo celular já são por PIX, um crescimento de 42% do ano passado

via Deloitte e Febraban

CRIPTO

Coinbase: de cashback para bitcoinback

A Coinbase, maior exchange cripto e maior custodiante de bitcoins do mundo (com +100 milhões de usuários), está lançando seu primeiro cartão de crédito em parceria com a American Express – e ele é muito mais do que um rostinho bonito.

O novo cartão da Coinbase vem com história embutida no design. O “Bloco Genesis” marca o nascimento do Bitcoin e traz a icônica "mensagem escondida de Satoshi" – afirmando que o BTC foi criado em resposta à crise financeira de 2008 e à falta de confiança nas instituições financeiras tradicionais.

Inicialmente, disponível apenas nos EUA e para os assinantes do Coinbase One, ele terá “clube de benefícios” e “criptocashback” em cada compra – variando até 4% dependendo da quantidade de ativos na exchange.

Apesar do seu principal negócio ainda ser a plataforma de compra/venda de ativos cripto, o novo cartão é uma iniciativa da Coinbase para aumentar a receita em sua base de assinantes, que já passa de 1 milhão de usuários. A divisão vem mostrando potencial e os números do último trimestre confirmam:

  • Receita de negociação: US$1.2 bilhão

  • Receita de assinaturas: ~US$700 milhões

Essa não é a primeira investida da Coinbase no mundo dos cartões. Em 2020, lançou um débito pré-pago com a Visa e em 2022 tentou um cartão criptografado com a Abra – que nunca saiu do papel. Agora, embalado pelo clima pró-cripto nos EUA em 2025, parece que o mercado está mais receptivo à novidade.

PS: a Gemini, corretora cripto dos irmãos gêmeos Winklevoss, está se preparando para um IPO que a tornaria a segunda exchange a chegar ao mercado de capitais.

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

via SEMRush

Conforme o jogo do SEO (Search Engine Optimization) se transforma no jogo do GEO (Generative Engine Optimization), as estratégias que antes giravam em torno de blogs e portais, começam a dar lugar para os conteúdos em redes sociais (UGC).

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