Messi tira o visto para os EUA

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Depois de ganhar 34 títulos nos campeonatos europeus, além de uma copa américa e uma copa do mundo pela seleção argentina, o Messi acaba de assinar um contrato com o Inter Miami, time que joga pela MLS (Major League Soccer) e pertence ao ex-jogador David Beckham.

Mas como que um país que chama futebol de soccer, com um time que pertence a um astro inglês consegue superar uma oferta de R$2 bilhões dos árabes, convencer a deixar seu clube de coração de lado (Barcelona) e trazer o melhor jogador do mundo para Flórida?

Messi: com seus 35 anos, ganhará ~R$315 milhões por ano e seu contrato tem duração de duas temporadas. Mas a cereja do bolo está nos acordos..

• Com a Apple: que comprou os direitos de transmissão dos jogos da MLS para transmissões exclusivas na Apple TV+, além de produzir um documentário de 4 episódios sobre o novo astro. Messi ficará com uma % dos lucros.

• Com a Adidas: que é a fornecedora oficial de materiais esportivos de todas os times da MLS e que também fechou um contrato de participação com o craque.

• Com o Inter Miami: que hoje pertence a David Beckham. Ele comprou o time por U$25mi depois de jogar algumas temporadas no mesmo. Hoje, o time vale U$600mi. Messi terá uma opção de compra de ações do clube quando se aposentar.

E o efeito Messi já começou: o vídeo oficial do anúncio já soma ~40 milhões de views. O perfil oficial no instagram do Inter cresceu ~4x e chegou a 6 milhões de seguidores e superou algumas das principais ligas do país (NFL, MLB, NHL). O preços dos ingressos para os jogos subiram 1034% antes de acabarem. No mercado secundário, ingressos podem ser encontrados de U$800 à U$3500 - superando os jogos das finais da NBA.

Será que agora que os americanos vão começar a assistir futebol soccer?

O que rolou mundo afora

• Apple: concluiu a aquisição da startup Mira, que trabalha no desenvolvimento de hardwares de realidade virtual/aumentada leves.

• Reddit: além da ‘greve’ das comunidades e moderadores contra a nova política de preço da API, agora apps como o Apollo anunciam fechamento.

• Tesla: fecha mais uma parceria com a concorrência, dessa vez a GM, para que esta use a infraestrutura de carregadores nos EUA da Tesla.

• Salesforce: lançou o MarketingGPT para ajudar equipes de marketing a fazerem o briefing, a segmentação e a criação de conteúdo de campanha.

Poll do dia

Resposta ao final da news!

Sportwashing com Arábia Saudita

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O Pão e Circo do século XXI ou, também conhecido como Sportswashing: termo usado para descrever a prática que usa os esportes para melhorar uma reputação manchada por irregularidades. E sabe quem poderia usar um pouco de maquiagem na sua reputação?

O príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, famoso MbS (Mohammed bin Salman). E de bilhão em bilhão, e melhorando a reputação, o MbS vai criando (mais) um império, dessa vez nos esportes:

Futebol: primeiro fechou com o Cristiano Ronaldo, que agora tem o maior salário anual da história do esporte. Agora, tentam também fechar com Benzema. Além dos jogadores, também pertence aos árabes o time da premier league New Castle, além de outros 4 times nacionais.

Golf: criaram a própria liga para concorrer com a americana e, depois de atrair alguns dos principais jogadores do esporte com salários de 9 dígitos, anunciaram a junção da LIV Golf com a PGA Tour.

Fórmula 1: o circuito mundial terá sua primeira corrida na Arábia Saudita, na cidade de Jeddah como parte de um acordo de +R$3 bilhões ao longo de 10 anos com a liga.

E do mesmo jeito que o dinheiro do petróleo parece não acabar, os investimentos também não. Segundo o The Guardian, +$R$4bi foram gastos em incentivos e patrocínios a esportes como: o campeonato de sinuca (~R$165mi), boxe (~R$500mi), associação de futebol espanhol (~R$725mi), wrestling (R$2.5bi), entre outros…

É o incentivo ao esporte ao contrário!

O que rolou Brasil adentro

• Onfly, startup mineira de viagens corporativas e gestão de despesas, acaba de captar R$80mi com a gestora americana Left Lane Capital e a Cloud9 Capital.

• Agrotools, a agrotech oferecendo desde plataforma de gestão à serviços financeiros para o agro, compra a startup argentina S4Go.

• Hurb, ou o ex-Hotel Urbano, terá o polêmico fundador João Ricardo Mendes de volta na cadeira de CEO após renúncia de Otávio Brissant, que ficou 40 dias no cargo. Tá difícil.

• Nubank, demite ˜300 funcionários no Brasil com a desculpa justificava de reestruturação interna

Ganhando Marketshare com Doordash

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Doordash é a versão americana do Ifood. Assim como por aqui, também enfrenta competição do UberEats, além dos nativos Postmates, Grubhub, entre outros. Nos últimos 4 anos, porém, o Doordash conseguiu sair de <20% de marketshare para quase >50%. Vamos entender quais estratégias o app usou para ‘entregar’ mais que a concorrência?

1. Diferenciar da ConcorrênciaTodo marketplace é uma via de mão dupla. Neste caso, consumidores finais de um lado, restaurantes do outro. O restaurante ideal e foco da Doordash eram os tradicionais, que não ofereciam entregas, com uma carteira de clientes existentes - ao invés de focar nos populares restaurantes centrais como a concorrência faz.

2. Restaurante em EsteróidesDoordash é uma empresa de tecnologia. Como peça central da relação entre restaurantes e consumidores, gera uma infinidade de dados que, quando bem aproveitados, servem de inteligência comercial e de mercado. O app compartilha esses insights com restaurantes: pratos populares, mais pedidos, características dos clientes, tempo médio de entregas, sugestões de promoções, etc.

3. Focar onde Ninguém FocaEnquanto a maioria focava em entregas nas regiões centrais e mais populosas das cidades, o Doordash comeu entregou pelas beiradas, literalmente. Focou nas partes mais afastadas da cidade, nos subúrbios, onde normalmente encontram-se famílias, o que também aumenta o AOV (average order value).

4. BrandingDurante a pandemia, o Doordash sabia que o fluxo de caixa dos seus clientes sofrem. Tanto dos restaurantes quanto dos entregadores. Sabendo disso, o app oferecia adiantamento dos recebíveis e outros benefícios, fortalecendo ao mesmo tempo a marca e o ecossistema.

A indústria de entregas de comidas projeta chegar a R$825 bilhões em 2029, sendo que a China é a maior fatia do bolo, seguida pelos EUA e Europa. Já nossa América do Sul, ocupa a sexta posição com $2.7bi de representatividade.

Contra dados não há argumentos

Status do dia

Segundo uma análise do Charlie Bilello, as ações com melhor performance/retorno dos últimos 30 anos são:- Monsters Beverage (aquela do energético), com 195625%- Amazon (o ecommerce, logtech, mediatech), com 160674%- The Cooper Companies (instrumentos médicos), com 62404%- Altria Group (tabaco), com 57422%- Biogen Inc (fabricante de remédios), com 54819%