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Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que 80% deste ano já passou e temos apenas 20% restante. Ou seja, ainda há tempo de aplicar o Princípio de Pareto e fazer com que 80% do progresso do seu ano venha de 20% do tempo. #Bora

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• OpenAI: o mapa do tesouro do ChatGPT
• Apple: mais ads no iOS
• Stat: 1 acidente a cada 10.235 milhões de kms
• Trending: a rádio-peão do iFood
• Anthropic: desbloqueando as TPUs
• Contra Dados Não Há Argumentos: a empresa mais eficiente do mundo

Dropped by Pedro Clivati e Renan Hamann
GROWTH

OpenAI: o mapa do tesouro do ChatGPT

O ChatGPT é um dos lançamentos de produto tech mais bem sucedidos de todos os tempos. Só que o crescimento meteórico começou a desacelerar e Sam Altman teve que ligar o turbo para monetizar o chatbot. O plano é simples: (1) contratar funcionários com experiência e (2) construir produtos com excelência.

A OpenAI espera fechar o ano com 1 bilhão de usuários ativos semanais e US$ 13 bilhões em receita. Mas a projeção é chegar em US$ 100 bilhões de receita anual recorrente em 2028 exige mais. Por isso, é impossível ignorar os sinais:

(a) o uso do app mobile atingiu o pico em setembro de 2025 e diminuiu desde então;
(b) os downloads globais caíram +8% mês a mês;
(c) o tempo médio gasto por usuário caiu 22,5% desde julho;
(d) as assinaturas pagas na Europa estagnaram.

Analistas atribuem a queda no uso, em parte, à fadiga do usuário, à falta de novidades e ao desempenho abaixo do esperado do GPT‑5. Logo, Sam ligou o founder mode e foi pra guerra.

→ Contratou mais de 100 ex-especialistas em investimentos de empresas como JPMorgan e Goldman Sachs para treinar sua IA de modelos financeiros.
→ Contratou mais de 600 ex-funcionários da Meta, que agora são 1 a cada 5 funcionários da OpenAI e possuem até canal dedicado no Slack (ex-metas).

Agora, os +3.000 funcionários da OpenAI serão responsáveis pela fábrica de produtos e funcionalidades que a startup está trabalhando, entre eles:

  • Ads nas versões gratuitas (para concorrer com Google, Meta, Amazon)

  • Colaboração para que vários usuários possam trabalhar juntos em projetos e conversar sobre eles (para concorrer com Notion, Atlassian, etc)

  • Agentes que permitem aos clientes criar e editar planilhas e apresentações, além de gerar relatórios sofisticados (Microsoft)

  • Navegador web combinado com o ChatGPT (Google, Microsoft)

  • IDE, um assistente de codificação que replica um engenheiro de software sênior (Cursor, Windsurf, Replit).

  • Dispositivo pessoal com IA que promete ser a evolução dos smartphones, produzido por ninguém menos que Jony Ive (Apple).

  • Redes sociais, como o recém-lançado Sora App, em que usuários criam e compartilham imagens e vídeos gerados por IA (Meta)

  • Compras desde recomendações personalizadas à efetuação da compra por meio de uma conversa com chats (Amazon)

  • Modelos personalizados, que incorporam dados e contexto de negócios exclusivos do cliente para uso interno (Thinking Machine)

  • Geração de música, que pode ajudar os usuários a gerar composições do zero (Suno AI)

Antes de cofundar e assumir a OpenAI, Sam Altman passou anos como presidente da maior aceleradora de startups do mundo, a Y Combinator. Lá, ajudou a tirar do papel centenas de empresas. Mas construir todas sob o mesmo teto, com o mesmo time e um boletinho de US$ 300 bilhões para pagar em cinco anos é um nível de pressão sem precedentes – até mesmo para Sam.

Outro mapa do tesouro é o de “como deixar a caixa de entrada dos seus amigos muito mais inteligente". E ele é ainda mais simples do que da OpenAI: pega seu link aqui e indica o TechDrop pra galera.

ADS

Apple: monetizando o Maps

Nem os três bilhões de iPhones vendidos ao redor do mundo e nem a bandeira da privacidade agitada nas campanhas publicitárias foram suficientes para manter a Apple longe dos ads. Depois de lançar os anúncios na AppStore, o alvo da vez é o aplicativo Maps.

Desde a chegada dos ads na App Store em 2016, a receita saiu de zero para os +US$ 16 bilhões esperados para este ano. Tem mais: até 25% dos downloads na loja vêm de cliques em anúncios, que possuem uma taxa de conversão >60%, com 95% dos downloads ocorrendo dentro de um minuto após o toque no banner.

Com pouco esforço e muita margem, o sucesso deixou a Apple com o famoso “gostinho de quero mais”. Por isso, o plano agora é replicar a receita para trazer mais publicidade a todo ecossistema iOS, começando pelo Maps, permitindo que restaurantes e empresas paguem por um posicionamento mais destacado nos resultados de busca.

A ideia é fazer algo similar ao que o Google Maps também faz, mas com melhorias na interface e também uso de IA para selecionar recomendações mais direcionadas a cada usuário.

A Apple ainda não confirmou e nem deu a data oficial para o lançamento – que deve ocorrer em algum momento de 2026. Mas, com 2.3 bilhões de aparelhos ativos no iOS globalmente, ela tem um campo bastante fértil para monetizar com anúncios: News, Books, Podcasts, Etc.

QUICK DROPS

Mundo Afora

  • Grindr, o aplicativo de encontros para o público LGBTQIA+, recebeu uma oferta de aquisição de US$ 3,46 bilhões para deixar o mercado de capitais

  • Apple, está negociando com a SpaceX para integrar a internet via satélite da Starlink nos iPhones 18 a partir do ano que vem.

  • SoftBank: aprovou a segunda parte do pagamento de US$ 22,5 bilhões (de um investimento total de US$ 30) para a OpenAI

Rádio Peão iFood

Desde que as chinesas Didi e Meituam anunciaram a entrada dos seus apps 99Food e Keeta no delivery brasileiro, o iFood não teve mais sossego. Na semana passada, porém, a preocupação virou caso de polícia com direito a busca e apreensão pela prática de concorrência desleal.

O esquema detalhado na acusação funciona da seguinte maneira:

  1. Ex-funcionários do iFood eram abordados por empresas de consultoria estrangeiras pelo LinkedIn (China Insights Consultancy, CIC Global).

  2. A oferta podia chegar a até R$ 5.000 por uma ou mais horas de conversa em que o entrevistador poderia fazer perguntas sobre a empresa.

  3. O entrevistado recebia uma lista de perguntas querendo informações sigilosas, como:

    1. valor total das vendas por cidade,

    2. dados relacionados à precificação da taxa de entrega,

    3. volume mensal de pedidos no mercado brasileiro de entrega

    4. quantos desses pedidos são provenientes de canais de entrega próprios dos restaurantes;

    5. por que ainda há tantos pedidos provenientes de canais próprios

    6. qual o valor desses canais para os consumidores.

A treta passa pela área trabalhista – com possíveis quebras de non-compete – e chega à esfera criminal, com a investigação indo para “furto qualificado, concorrência desleal, violação de segredo profissional e invasão de dispositivo informático com obtenção de segredos comerciais e informações sigilosas”.

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ERP + IA dá negócio?

Oferecimento Sankhya

Implantar qualquer novo sistema sempre exigiu meses e meses de trabalho – da inserção manual de itens até o cadastro de cada nota. Mas na era da inteligência artificial, reduzir essa dor de cabeça para poucos dias já é possível.

O Deploy Agent da Sankhya usa IA para processar milhares de documentos fiscais e criar relatórios completos em minutos – tudo automático, sem intervenção manual.

Com capacidade para processar +1 milhão de arquivos em 24 horas, o Deploy Agent inaugura a era da evolução do ERP – EIP, Enterprise Intelligence Platform  –, reduzindo o burden operacional e liberando tempo para foco em crescimento.

QUICK DROPS

Brasil Adentro

  • Darwin, a insurtech inteligente integrando dados e inteligência na indústria dos seguros, captou um série B de R$ 102 milhões com a Vintage Invest.

  • Spun Media, a mediatech gerindo +200 portais, adquire o time tricampeão mundial de jogos eletrônicos MIBR e cria a EZOR, uma vertical dedicada a game e eSports, com investimento de R$ 100 mi.

  • Human Data, a startup usando dados na estratégia e campanha de marcas e creators, é adquirida pela Spark por valor não revelado.

STATS


1 acidente a cada
10.235 milhões de kms

é a média de acidentes dos veículos da Tesla operando com a funcionalidade de direção autônoma (Autopilot) durante os últimos 3 meses.

Como a média nacional dos Estados Unidos é de 1 milhão de milhas por acidente, os carros da Tesla são considerados de 6-7x mais seguros que os que têm humanos no volante.

via Tesla North

IA

Anthropic: desbloqueando as TPUs do Google

O ChatGPT pode ser o garoto mais popular da escola, mas a Anthropic também vai “muito bem, obrigado”. A criadora do Claude já soma quase 300 mil clientes corporativos – +300x em dois anos – e receita anual perto dos US$ 7 bilhões. Com mais crescimento à vista, pediu ajuda (computacional) aos seus principais investidores.

Google e a Amazon são os maiores acionistas da Anthropic, com ~14% de participação cada uma, depois de terem investido ~US$ 8 bilhões na startup.

Com o investimento, além de se tornarem proprietários de um pedacinho de uma das maiores startups de IA do mundo, também ganharam um cliente para a vida…

Agora, a família de modelos Claude da Anthropic roda sobre o seguinte stack:

  • TPUs do Google são usadas para treinamentos;

  • GPUs da Nvidia são usadas para inferência;

  • Chips Trainium da Amazon são usados nas etapas de pesquisa.

A soberania da Nvidia – que tem +80% de marketshare no mercado de chips de IA – ainda não sabe o que é uma ameaça real, mas os primeiros sinais de que a concorrência está se aproximando começam a aparecer.

Esse acordo para o uso de +1 milhão de TPUs marca o primeiro deal em larga escala do Google no setor, levando a tecnologia de seus próprios datacenters para clientes externos. Junto com o hardware, a parceria também garantiu um aumento no fornecimento de serviços de Cloud para o Claude.

PS: a OpenAI assinou recentemente vários acordos que podem custar mais de US$ 1 trilhão para garantir cerca de 26 gigawatts de capacidade computacional - o suficiente para abastecer cerca de 20 milhões de residências.

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

OnlyFans: a empresa mais eficiente do mundo

“Não existem muitas empresas que podem falar sobre o quanto de riqueza criaram para os outros, em vez de apenas lucrar - mas o OnlyFans é uma delas.”

Foi o que a CEO Keily Blair disse em um evento tech em Londres na semana passada, ressaltando também que a empresa pagou US$ 25 bilhões para criadores de conteúdo desde 2016. Somente em 2024 a empresa contou com:

  • 377,5 milhões de usuários

  • 4,6 milhões de criadores

  • 8 bilhões de valor de mercado

  • US$ 7,2 bilhões em pagamentos para usuários

  • US$ 37,6 milhões em receita por funcionário (RECORDE!)

O OnlyFans opera no modelo de assinaturas mensais e fica com uma taxa de 20% de todas as transações realizadas na plataforma. Enquanto espera um possível comprador para o seu império, o dono Leonid Radvinsky pagou para si mesmo US$ 497 milhões em dividendos no ano passado.

O que achou da edição de hoje?

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