Parceiro em destaque

Hoje eu aprendi: o fundador e CEO da Nvidia (Jensen Huang) e a CEO da AMD (Lisa Su) são primos de segundo grau. Apesar de ambos terem nascido em Taiwan, eles só se conheceram pessoalmente bem depois na carreira profissional, durante uma conferência.

A AMD fez seu nome fabricando os chips para laptops e playstations, mas perdeu o charme na transição para datacenter de IA – diferente da Nvidia, aproveitou (muito) e hoje domina 80-90% deste mercado. Como o jogo só acaba quando termina, agora foi a vez da AMD descer para o play com uma nova parceria/sociedade com a OpenAI.

O anúncio do acordo fez com que as ações da AMD saltassem ~24% no dia – o equivalente a +US$ 70 bilhões em valor de mercado. E faz sentido:

Entre todas essas promessas e zeros depois da vírgula, o que ainda não ficou claro é (1) a capacidade da AMD de desenvolver chips para datacenters de IA de mesma qualidade que a concorrente, nem (2) como a OpenAI vai pagar por tudo isso, já que a startup registrou US$ 4,3 bilhões em receita, mas prejuízo de US$ 2,5 bilhões.

Falando em deals estranhos com gente esquisita, a xAI está levantando US$ 20 bilhões por meio de um “veículo de propósito específico” para comprar GPUs da Nvidia para seu data center Memphis Colossus 2.

→ US$ 7.5 bilhões em formato de ações, com participação da Nvidia e da Valor
→ US$ 12.5 bilhões em formato de dívida, com participação da Apollo e da Diameter

O mais curioso é a estrutura do deal, que pode se tornar um playbook para as big techs interessadas em diminuir a exposição a dívidas, e funciona assim:

Em suma, a xAI ganha novos sócios que também são fornecedores. A Nvidia ganha novos clientes que também são sócios. Os demais investidores ganham um aluguel mensal dos chips que compraram, mas sem ter para onde correr em caso de inadimplência.

Mais um Prêmio Nobel do Google

O Prêmio Nobel de Física foi para 3 pesquisadores – John Clarke, Michel Devoret e John Martinis – que pavimentaram caminhos para revolucionar a tecnologia quântica, incluindo computadores e sensores quânticos, nos laboratórios de Berkeley na década de 80.

Michel é cientista-chefe de hardware do laboratório de IA quântica do Google e John liderou a equipe de hardware por muitos anos.

O Google pode não ter plaquinha de funcionário do mês, mas deveria ter quadros homenageando os ganhadores do Nobel. Afinal de contas, são 5 vencedores entre seus funcionários, com 3 prêmios em 2 anos:

2024: Geoffrey Hinton (Física) → pelas descobertas e invenções que possibilitaram machine learning com redes neurais artificiais.
2024: Demis Hassabis e John Jumper (Química) → predição da estrutura de proteínas por meio de IA (AlphaFold)
2025: Michel Devoret e John Martinis (Física) → Tunelamento quântico macroscópico e quantização de energia em um circuito elétrico.

Com isso, o Google agora ocupa a segunda posição no ranking entre as empresas com mais ganhadores do prêmio Nobel, atrás apenas da Bell Labs e seus 18 ganhadores de 11 prêmios.

Oferecimento Math

Até o final do ano, ~80% das empresas terão adotado alguma solução de IA. O problema é que até 2027 estima-se que 40% desses projetos devem ser cancelados. O motivo: inviabilidade econômica. Todo mundo quer usar a tecnologia, mas pouca gente já aprendeu a calcular os gastos de verdade.

A masterclass fala de custos ocultos e que fogem da estratégia, o peso do retrabalho e até dicas de como alinhar setores tech e financeiro. Há ainda a participação do Data Analytics IT Manager da Ford Motor Company, contando o que a empresa já aprendeu e como ela se estruturou com a IA para fazer o que todo mundo quer: comprovar o ROI. 

Quer entender como otimizar custos, estruturar orçamentos, melhorar a governança sem perder performance e ainda (finalmente) provar que a tecnologia traz retorno? Tá aqui o atalho!

10% do mundo

utiliza o ChatGPT pelo menos uma vez na semana. A OpenAI revelou que chegou aos 800 milhões de usuários ativos semanais (WAU), próximo da meta de 1 bilhão até o final do ano.

Além disso, mais de 4 milhões de desenvolvedores estão consumindo + 6 bilhões de tokens por minuto ou +3 quatrilhões de tokens anualmente. Para fins de comparação, toda a humanidade fala cerca de 50 quatrilhões de tokens por ano.

via OpenAI Dev Day

Depois de dominar os dois maiores mercados latino-americanos (Brasil e México), o Nubank está mirando mais alto no mapa. O banco acaba de solicitar a autorização do Banco Nacional dos EUA, mas enquanto aguarda as devidas licenças, já atende alguns milhares de clientes por lá, com 80% deles chegando no boca-a-boca.

Enquanto Cristina aluga sua kitnet na cidade mais latina do país, Miami, e busca uma salinha para abrir o primeiro escritório do banco digital por lá, vai somando motivos para se animar:

Mas nem tudo são flores. O mercado americano (que não tem PIX) tem suas próprias regras, manias e concorrentes, como as fintechs Revolut (a 8ª startup privada mais valiosa do mundo, com US$ 75 bi) e Monzo (o banco digital britânico de US$ 6 bilhões).

PS. a própria fintech já deixou claro que o potencial de lucro está no longo prazo e que vai continuar focando em Brasil, México e Colômbia.

*Conteúdo de marca parceira

Apesar do Google, Meta, Amazon e outras big techs dominarem a receita e ~65% de todos os anúncios digitais, elas são apenas 0,01% dos negócios dos EUA. Os demais 99,9% são formados por pequenas empresas que, a partir de agora, com uma forcinha do PayPal Ads, podem começar a vender ads nas próprias plataformas.

Como a nova plataforma de ads do PayPal funcionaria na prática?

A iniciativa promete levar consumidores mais engajados nos ads integrados à plataforma, mas o grande trunfo deve ser mesmo transformar pequenos negócios em suas próprias redes de retail media – gerando novas receitas.

Ainda sem previsão de instalação global, a plataforma entra no ar nos EUA em 2026 e deve expandir primeiro para Reino Unido e Alemanha. As ações do PayPal subiram ~5% desde o anúncio.

Os data centers de IA devem consumir 1.600 terawatts-hora de energia até 2035, o equivalente a 4,4% da eletricidade global. Em outras palavras, a demanda de energia dos data centers de IA deve QUADRUPLICAR nos próximos 10 anos.

A cada pergunta feita ao ChatGPT, cada novo modelo lançado pela Anthropic, cada nova imagem gerada pelo Veo, cada vídeo criado pelo Sora, mais eletricidade é consumida.

Se os datacenters fossem um país, estaria em 4º lugar em consumo de energia:

1º China
2º Estados Unidos
3º Índia
4º Datacenters

Já que o aumento no consumo não está sendo acompanhado pelo aumento na geração, o ativo se torna escasso e seu preço dispara. O preço por kWh de energia nos EUA saiu de US$ 0,14 em 2021 para US$ 0,19 em 2025 (+35%).