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💧 IPO do Design
+ tokens do Robinhood + robôs na folha da Amazon

Parceiro em destaque
Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que o app Duolingo é dono de um restaurante de tacos mexicanos chamado Duo's Taqueria, próximo ao seu escritório em Pittsburgh, Pennsylvania (EUA). No ano passado, a taqueria faturou US$ 1,2 milhão – 0,17% do faturamento total da empresa.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Robinhood: tokenizando o mundo!
• Apple: realidade roubada aumentada
• Figma: o queridinho dos designers chega ao IPO
• Amazon: mais robôs que humanos

CRIPTO
Robinhood: tokenizando o mundo!

Em uma apresentação digna dos filmes de James Bond, diretamente de um château na França e usando quadro negro e giz, o CEO da Robinhood apresentou o projeto mais ambicioso do seu app até agora.
A missão é reafirmar a proposta de valor do universo cripto: democratizar as finanças enquanto revoluciona o mercado financeiro – e, de quebra, tirar o estigma de que esse mercado é moeda de troca para atividades ilegais (cof, cof, silk road). Como a Robinhood vai fazer isso?
Tokenização das ações americanas: investidores europeus poderão comprar tokens que representam ações de +200 empresas americanas a qualquer hora do dia, 5 dias por semana, sem taxas.
Blockchain proprietária: baseada na tecnologia da Arbitrum, para operar de forma independente no mundo das criptomoedas e ativos tokenizados, permitindo que qualquer cliente se torne o próprio banco.
Staking de $ETH e $SOL: quem tem as moedas virtuais na carteira e aceitar deixá-las reservadas por determinado período, poderá ganhar comissionamento.
Tokens de ações privadas da União Europeia: no futuro, a Robinhood quer permitir que os clientes comprem tokens de ações de algumas empresas que ainda nem abriram capital.
Se for bem-sucedido, o projeto pode significar o fim da divisão entre os mercados públicos e privados – entregando a tão prometida acessibilidade e transparência que só o mercado cripto pode trazer.
Caneta dropadora: “tokenização” de ações é transformar ações de empresas em ativos digitais (tokens) que rodam em blockchain. Na prática: ações fracionadas, mais acessíveis e com negociações mais flexíveis.
Pouco após o anúncio, as ações da empresa saltaram ~10% no dia e o CEO provavelmente tomou seu Vesper Martini para celebrar os +US$ 7 bilhões em valor de mercado ganhos no dia. Se cripto realmente se tornar mainstream, a Robinhood quer ser protagonista!
QUICK DROPS
Mundo Afora
Meta: é rica, mas não tão rica. Além de ter separado US$ 64-$72 bilhões em CAPEX para o ano, agora está buscando levantar outros US$ 29 bilhões.
Grammarly: começou como um app de corretor ortográfico, depois comprou a Coda (projetos) e agora comprou a Superhuman (gestão de emails).
xAI: levantou uma rodada série C de US$ 10 bilhões (metade em equity e metade em dívida) e já se prepara para a próxima #semtempoaperder
Netflix: fechou uma parceria com a NASA para exibir lançamentos de foguetes, caminhadas espaciais e lives da Terra a partir da Estação Espacial.
MERCADO
Figma: o queridinho dos designers chega ao IPO

Um ano e meio depois da sua aquisição de US$ 20 bilhões pela Adobe ser cancelada por motivos regulatórios, chegou a hora do queridinho dos designers (e pesadelo do photoshop) definir um novo rumo: vem aí, o IPO do Figma – um dos mais aguardados do ano!
Com o IPO a empresa espera levantar cerca de US$ 1,5 bilhão – e analistas acreditam que o valuation privado de US$ 12,5 bi seja revisto.
No formulário S-1 – que é, provavelmente, o registro financeiro com melhor design que a comissão de valores mobiliários já viu –, a empresa deu uma palinha de quão forte são os seus números:
Faturamento nos últimos 12 meses foi de US$ 821 milhões (depois de ter crescido 46% no ano a ano).
Margem operacional de 18% (o quanto sobra depois de descontar custos operacionais e despesas não recorrentes e ocasionais).
Net dollar retention de 132% (o que, basicamente, significa que cada dólar gerado pela empresa se tornou US$ 1,32 – ou aumento da receita líquida dos clientes em 32%, já considerando churn e downgrades).
Dinheiro em caixa US$ 1,5 bilhão (apesar de ter levantado apenas US$ 749 mi com venture capital)
É assim, jovem padawans, que uma startup se prepara para debutar no mercado de capitais. Mas como se os números acima não fossem suficientes, o Figma ainda revelou que tem 450.000 clientes - sendo que, entre eles, estão 78% das 2.000 maiores empresas do mundo (Fortune 2000).
PS: mais de 13 milhões de pessoas utilizam a ferramenta todo mês (MAU), mas apenas 1/3 deles são designers.
STATS RELEVANTES
US$ 4 bilhões
é a receita recorrente anual (ARR) da Anthropic, a empresa por trás do chatbot de IA Claude. Os US$ 333 milhões por mês representam um crescimento de quase 4x da sua receita no início do ano.
via The Information
DISPOSITIVOS
Apple: realidade roubada aumentada

Quando a tecnologia em questão é tão inovadora que ninguém mais sabe ao certo como fazer, uma prática comum – e ilegal – costuma acontecer entre as big techs do Vale do Silício: o roubo de documentos confidenciais (trade secrets).
Foi assim com os carros autônomos (Uber x Waymo), foi assim com os smartwatches (Fitbit x Jawbone) e foi assim com os chips (Samsung x TSMC). Agora a tecnologia da vez são os óculos de realidade aumentada e a treta é: a Apple acusando um ex-funcionário que foi de mala, cuia e dados para o time da Snap.
O vilão protagonista da história é Di Liu, engenheiro do time do Vision Pro na Apple. Depois de sete anos em Cupertino, onde participou diretamente da criação do headset de VR, pediu desligamento! Até aí tudo bem, mas ele estava de saída para ocupar uma posição similar em outra empresa do setor e por contrato, ele seria obrigado a contar isso para que seus acessos fossem limitados.
Junto com a experiência e a caneca de café favorita, ele também teria levado "milhares" de documentos internos da Apple – incluindo:
Dados de design;
Informações de controle de qualidade;
Detalhes de custos;
Projetos de recursos ainda não lançados do Vision Pro
Tudo baixado ilegalmente, é claro. A Snap respondeu às acusações no famoso modo tirando o corpo fora: “não encontramos nenhuma relação com o trabalho ou conduta do funcionário da empresa”.
Por que isso mexe com o mercado? Porque coloca lenha numa fogueira que vem ganhando cada vez mais altura: a das contratações e roubos de talentos. A Meta é manchete recorrente com esse tipo de atividade para seu time de IA, agora a Snap também entra no radar.
![]() | O salário dos atletas de IA Por anos os nerds tech assistiram os jogadores de futebol fechando contratos multimilionários na televisão. Agora, o jogo mudou, literalmente. O salário base (sem contar com stock option) das principais empresas de IA: → Thinking Machines: US$500k/ano Ou seja, um salário base de R$ 1,6 milhão a R$ 2,7 milhões de reais por ano! Mas, diferente do Neymar, eles vão ter que jogar trabalhar. |
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Eleflow, a startup transformando dados em valor comercial usando IA, é adquirida pela Objective por valor não divulgado.
Bionexo, healthtech conectando instituições de saúde e fornecedores através de seu marketplace, captou R$ 23,2 milhões junto ao BNDES.
AlugaMais, a startup desburocratizando a gestão de imobiliárias e corretores, capta rodada de R$ 10 mi com a SRM Ventures.
Indecx, que usa IA para fazer pesquisa com clientes (CX), completa M&A com a concorrente Track e forma conglomerado avaliado em R$ 300 milhões.
DROP BY ALICE
Da saúde à produtividade: como a IA transforma a sua vida
IA já furou a bolha tech e virou rotina no trabalho de muita gente — da automação de planilhas ao relatório escrito a partir de prompts. Mas o que a IA muda de verdade na rotina dos seus colaboradores?
A nova edição do Pulso RH, da Alice, foi atrás dos dados para mostrar como a IA já mexe com produtividade, bem-estar e cultura nas empresas.
57,5% dizem que a IA já turbina a produtividade
50,2% usam o tempo ganho com IA pra estudar
34% também aproveitam o tempo ganho para cuidar da saúde
64,5% dizem que a IA trouxe mais satisfação no trabalho
Quer ir além das suposições e trabalhar com dados concretos? Acesse o report completo aqui nesse link!
ROBÔS
Amazon: mais robôs que humanos

A Amazon é a segunda maior empregadora privada dos Estados Unidos (atrás somente do Walmart), com +1,5 milhão de funcionários. Pois ela decidiu automatizar tudo o que for possível e, muito em breve, terá tantos robôs quanto humanos em sua “folha de pagamento”.
Depois de anos comprando startups de robótica e implementando os produtos nas suas próprias instalações, a ‘Zon chegou ao primeiro milhão de robôs trabalhadores. Agora, cerca de 75% das entregas globais da Amazon são assistidas de alguma forma pela robótica, disse a empresa.
Mas se o lado cibernético dos funcionários está avançando de vento em popa… Não se pode dizer o mesmo para os seus modelos antiquados, os humanos:
O número médio de funcionários por unidade no ano passado, foi cerca de 670 – o menor registro dos últimos 16 anos.
O número de pacotes que a Amazon envia por funcionário a cada ano aumentou de cerca de 175 (2015) para cerca de 3.870 (2024).
Em outras palavras, número de trabalhadores humanos diminuindo, número de robôs aumentando e a métrica de produtividade por funcionário explodindo.
Mas, pelo menos no discurso, a Amazon não tem planos de abandonar os trabalhadores de carne e osso. A empresa já treinou +700.000 funcionários do mundo todo para empregos que não competem, mas complementam, o trabalho robótico… E que vêm com salários mais altos do que os postos mais substituíveis.
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

via WSJ
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