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Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi sobre o Batman Effect, identificado através de um estudo onde uma pesquisadora, aparentando estar grávida, embarcou em um trem enquanto outro pesquisador vestido de Batman entrou por outra porta. Os passageiros foram significativamente mais propensos a oferecer seus assentos quando o Batman estava presente: 67,21% contra 37,66%.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Google: dobrando a meta
• Trending: tenha o seu melhor bebê
• Justiça: EUA vs. Redes sociais
• Stats: $80k do BTC
• CazéTV agora é LiveMode
• Contra Dados Não Há Argumentos: a eficiência da Valve

Dropped by Pedro Clivati e Renan Hamann
INFRA

Google: tudo em todo lugar ao mesmo tempo.

O Google passou a Microsoft pela primeira vez nos últimos sete anos para se tornar a terceira maior empresa do mundo (atrás apenas de Nvidia e Apple), com US$ 3,58 trilhões de valor de mercado. Para celebrar, o vice-presidente do Google Cloud avisou que a gigante precisa dobrar a cada 6 meses e depois multiplicar por 1.000x em 4-5 anos.

O Google precisa "ser capaz de fornecer 1.000 vezes mais capacidade, computação, armazenamento e rede, essencialmente pelo mesmo custo e, cada vez mais, com a mesma potência e o mesmo nível de energia"

Amin Vahdat, vice presidente do Google Cloud

Traduzindo para $$$, o orçamento de US$ 93 bilhões em capex tem destino certo: datacenters, mais energia e chips (próprios). Mas, enquanto isso, não faltam motivos para o Google comemorar:

  • Stock: viu suas ações subirem ~60% este ano, garantindo o melhor desempenho entre as magníficas-7.

  • Investidores: deu boas-vindas ao seu mais novo acionista Warren Buffett, que comprou US$ 4,9 bi em ações da empresa.

  • Receita: chegou aos US$ 100 bilhões em receita trimestral pela primeira vez na história.

  • Ads: enquanto alguns previam o fim das buscas, os ads de Search continuaram crescendo para US$ 74,18 bi – quase US$ 10 bi a mais que no ano passado.

  • AI: lançou o Gemini 3.0, que em menos de uma semana já é considerado o melhor modelo de inteligência artificial criado até hoje.

  • Cloud: também superou as expectativas depois de crescer 34% e gerar US$ 15,16 bilhões em receita no trimestre – em terceiro entre os big3.

  • Backlog: a divisão Cloud terminou o trimestre com um backlog recorde de US$ 155 bilhões, esperando converter mais de 50% em dois anos.

  • Chips: pela primeira vez, treinou o seu novo modelo de IA utilizando somente os próprios chips (TPUs) e mostrou que pode viver sem Nvidia.

Quando perguntado sobre a potencial explosão de bolha de Al, o CEO Sundar Pichai avisou que o risco de sub-investir é maior que investir demais. E qualquer que seja o outcome, o Google está em uma posição melhor para sobreviver do que outras empresas (OpenAI cof cof… Anthropic cof cof…).

PS1: Larry Page, o cofundador do Google, desbancou Jeff Bezos para chegar à posição de terceira pessoa mais rica do mundo – atrás de Musk e Ellison.

PS2: Sam Altman, o CEO da OpenAI, soltou um memorando interno avisando para apertarem os cintos que o Google vem aí.

QUICK DROPS

Mundo Afora

  • Kalshi, a plataforma de apostas previsões sobre tudo, cofundada por uma brasileira, capta US$ 1 bilhão a um valuation de US$ 11 bilhões.

  • Android: agora os usuários do Pixel 10 poderão utilizar a funcionalidade do AirDrop, antes exclusiva para usuários de iPhone.

  • Meta: solicitou licença para se tornar trader de energia.

  • Suno: a startup que gera músicas usando inteligência artificial, captou uma rodada de US$ 250mi com a Menlo Ventures e Nvidia e já vale US$ 2,5 bilhões.

BRANDED CONTENT

Sim, ainda dá tempo de arrumar a casa pra Black Friday

Oferecimento edrone

Se a semana da Black Friday chegou e o e-commerce da sua empresa ainda tá mais bagunçado que loja física depois da liquidação… respira. Ainda dá tempo de arrumar a casa e não jogar fora a grana que você investiu em ads.

A edrone foi praticamente feita pra esse momento: automação de jornada, setup rápido, sem dramas, e campanhas que você consegue colocar pra rodar em dias – não semanas. É o tipo de solução que salva quem acordou tarde, mas ainda quer disputar o jogo.

E-mail, SMS, WhatsApp: tudo dentro de um CRM com automação de marketing pensado para lojas virtuais, já integrado com as principais plataformas de e-commerce.

O melhor: todas as funções estão disponíveis até no plano gratuito. Crie sua conta agora!

“Tenha o seu melhor bebê

É o que promete a campanha da Nucleus Genomics para promover seu novo serviço de fertilização in vitro plus ultra pro max que custa R$ 160k, analisa embriões de FIV em busca de mais de 900 condições de saúde e características como inteligência e altura.

O serviço FIV+: permite que os clientes avaliem até 20 embriões e visualizem um preview do bebê através de um app, avaliando centenas de condições hereditárias e genéticas. Em outras palavras, das chances de autismo até a cor dos olhos, do cabelo e o provável QI – um designer de bebês.

A campanha viralizou e as vendas da Nucleus dispararam 1.700% nos últimos 10 dias. Mas além do interesse dos clientes, também levantou o debate sobre a ética por trás da eugenia:

→ Lado A: aqueles que acreditam que não há nada inerentemente errado com a eugenia quando aplicada com bom propósito como prevenir doenças congênitas e nos tornar mais inteligentes.

← Lado B: outros acreditam que a prática e suas formas coercitivas podem levar à diminuição da diversidade humana, discriminação e políticas públicas abusivas quando aplicada com fins malignos.

Além da parte ética, também rolou o debate sobre a precisão científica da startup, sua legitimidade e integridade, com direito a paper refutando cada uma das afirmações feitas pela startup e acusações sérias, tais como:

  • Plágio explícito do white paper de um concorrente;

  • Avaliações obviamente falsas com imagens geradas por IA;

  • Um processo judicial da concorrente por roubo de propriedade intelectual;

  • Erros básicos como treinamento no conjunto de testes.

Mas como a novela está longe do fim, o founder e CEO Kian Sadeghi e o geneticista estatístico responsável publicaram a tréplica afirmando que as acusações sobre a falsidade é que são falsas.

SOCIAL MEDIA

Justiça: EUA vs. Redes Sociais

Dias de luta, dias de glória. Quando não está usando seu uniforme de CEO nem treinando artes marciais, Mark Zuckerberg pode ser encontrado de terno e gravata enfrentando a justiça.

Somente na semana passada, a empresa: (1) fechou um acordo de US$ 190 milhões para encerrar um processo sobre o caso Cambridge Analytica e (2) venceu o caso histórico antitruste da FTC e vai poder manter o Instagram.

Zoom out: a FTC tentava provar desde 2020 que a Meta sufoca a concorrência ao manter o Facebook, Instagram e Whatsapp em seus domínios – algo que soma ~3,5 bilhões de usuários no planeta.

Zoom in: a Justiça Federal dos EUA disse que a FTC não conseguiu provar essa tese, dizendo ainda que YouTube e TikTok são grandes o bastante para evitar qualquer forma de monopólio. Cinco anos depois do início da ação.

FTC = Federal Trade Commission

Depois de quase dois meses de depoimentos saiu a decisão: a Meta pode manter seu império de apps intacto sem precisar desmembrar e vender nenhum deles.

Mas o império de Zuck mal desviou do escrutínio antitruste e já tem outra dor de cabeça jurídica cabeluda para resolver: (3) um processo histórico nos EUA movido contra as quatro principais redes sociais sobre a segurança (ou falta dela) para saúde mental das crianças. Um documento judicial divulgado na última sexta-feira acusa os apps de Zuck de:

  • Ter um limite elevado para conteúdo relacionado a "tráfico sexual";

  • Não ter formas de denunciar conteúdo sexual ilegal;

  • Mentir ao Congresso sobre saber dos danos causados ​​pela plataforma;

  • Tornar a conquista e fidelização de usuários jovens uma meta interna;

  • Arquivar esforços para tornar o IG menos tóxico para adolescentes;

  • Não remover automaticamente conteúdo prejudicial à saúde;

  • Estar ciente que seus produtos eram viciantes, mas minimizar os malefícios.

Mais de 1.800 demandantes – incluindo crianças e pais, distritos escolares e procuradores-gerais estaduais – se juntaram ao processo movido contra a Meta, TikTok, Snapchat e YouTube. A espinha dorsal do argumento? Que todas elas perseguiram o crescimento a qualquer custo, ignorando de forma imprudente o impacto dos seus produtos na saúde mental e física das crianças.

QUICK DROPS

Brasil Adentro

  • Agentes de IA do Zero com o Google*: a Parceira Premier do Google, Geoambiente junto com o time do Google Brasil, preparou uma sessão prática para você sair do zero; finalmente. Você vai aprender a criar seus próprios Agentes de IA para automatizar processos e gerar resultados reais na sua equipe. É dia 26/11. Garanta sua vaga gratuita!

  • IBM decidiu encerrar o seu laboratório de pesquisas de IA e computação quântica no Brasil - o único da América Latina, com 100 funcionários.

  • Big techs pagaram ~R$ 289 bilhões em impostos no Brasil desde 2022, somente relacionados a remessas de dinheiro enviadas ao exterior.

*Conteúdo de marca parceira

STATS

US$ 80.500

era o valor de um Bitcoin na última sexta-feira. A maior moeda digital do mundo caminha em passos largos para o pior mês desde o crash de 2022 (Luna/Terra/FTX), depois de ter atingido sua máxima histórica de US$ 126.000 poucos dias antes.

A volatilidade do BTC não é novidade, mas as características dessa onda são:

  • A entrada de investidores institucionais e mercado tradicional através dos ETFs, que levou bilhões em investimento a essa classe de ativo.

  • A criação de empresas de capital aberto com único propósito de acumular bitcoins apostando na sua valorização (Strategy, Oranje, etc).

  • Os avanços na computação quântica que ameaçam a segurança da criptografia.

MÍDIA

CazéTV agora é 100% LiveMode

O vascaíno mais famoso do YouTube está de casa nova. Na semana passada, Casimiro Miguel deixou de ser dono do seu canal do YouTube para se tornar sócio da LiveMode Holding, que agora vai controlar 100% do capital social da @CazéTV – assim que o Cade aprovar a compra. #elite

LiveMode: foi criada com a visão de se tornar o maior hub esportivo da internet brasileira, enquanto os principais grupos de mídia do Brasil ignoravam o potencial do online. O plano era negociar direitos de transmissão, produzir conteúdos e distribuir esportes nas várias telinhas que não fossem da TV.

E foi com essa visão que a LiveMode construiu seu império esportivo online na última década:

  • 2017: a LiveMode é fundada por dois ex-fundadores do Esporte Interativo (que foi vendido para o Grupo Turner por ~R$ 400 mi e que depois foi vendido para Warner Bros.)

  • 2022: assim que a Globo abriu mão da exclusividade das transmissões da FIFA na internet, a LiveMode que comprou os direitos se juntou a Casimiro que já tinha a audiência para lançar o canal @CazéTV.

  • 2023: a dupla CazéTV e LiveMode acelerou a compra de direitos de transmissão (que hoje incluem Copa do Mundo Feminina, Paulistão, Olimpíadas, Eurocopa, Kings League) e expande parcerias com Prime Vídeo.

  • 2024: General Atlantic e a XP aportam cerca de R$ 440 milhões na LiveMode para abastecer os cofres para compra de participações em ligas, investir em outros modelos esportivos e internacionalizar o modelo.

  • 2025: Casimiro sobe alguns andares para se tornar sócio da LiveMode, que já detinha 51% de participação na CazéTV e consolidou seu domínio adquirindo os outros 49%.

Apesar da internet não poupar, não existem dados concretos ou comprovações de que a CazéTV ou a LiveMode tenham qualquer afiliação com a Globo. Ao contrário disso, ao perceber que estavam perdendo espaço online, a Rede Globo criou o próprio canal no YouTube para transmissões de jogos e cobertura esportiva, a @ge tv – que hoje soma ~10,6 milhões de inscritos contra os ~23,2 milhões da @CazéTV.

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Valve: a empresa mais eficiente do mundo?

via The Verge

Valve é uma empresa americana desenvolvedora de jogos de videogame (como os clássicos Counter-Strike, Dota, Half-Life) e líder em distribuição digital (como o Steam e o headset de realidade virtual Index). E possivelmente é uma das empresas mais eficientes do mundo.

No ano passado, eles faturaram US$ 17 bilhões com apenas 336 funcionários. Uma média de US$ 50,5 milhões por funcionário, com o salário médio de US$ 1,3 milhão por pessoa por ano.

Para fins de comparação, a receita por funcionário das principais empresas tech gira em torno de:

  • Valve: ~US$ 50,5 milhões por funcionário

  • Apple: ~US$ 2,4 milhões por funcionário

  • Meta: ~US$ 2,2 milhões

  • Alphabet: ~US$ 2 milhões

O que achou da edição de hoje?

Lemos tudinho!

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