Drop de malas prontas para o…

Bom dia, Droppers! Hoje eu aprendi: que uma das maiores alavancas de crescimento (growth) do Discord foi permitir que os usuários fizessem login na plataforma usando as suas contas LEGO. Smart, já que +70% dos seus usuários têm entre 16-34 anos.

INFRA

Big Techs: receita e capex nas nuvens!

Os investimentos aparentemente sem fim das big techs na construção de data centers e servidores (famoso capex) espantaram até os mais otimistas. Dezenas de bilhões de dólares que, à primeira vista, pareciam sem volta. À segunda vista, a volta chegou:

• Microsoft: aumentou o capex em 38% e a receita cloud (Azure) em 34%.

• Google: aumentou o capex em 35% e a receita cloud (Cloud) em 31%.

• Amazon: aumentou o capex em 80% e a receita cloud (AWS) em 18%.

Coletivamente, Amazon + Google + Microsoft + Meta investiram +US$ 600 bilhões nos últimos dois anos, sempre usando o argumento de que para cada investimento – sustentando a tese nos servidores para IA – havia uma demanda crescente. Agora, que a receita guinou, conseguiram mostrar o pau que matou a cobra.

Mas, nem tudo são nuvens… Investimentos em capex diminuem as margens de lucro ao aumentar as despesas de depreciação de servidores. Se por um lado, todas estão investindo em P&D para aumentar o ciclo de vida dos servidores. Para outros, a saída foram as demissões. Cai Opex, sobem Capex e receitas, as margens ficam protegidas

Mas, se o crescimento das startups de IA é um indicativo do aumento da fome por mais servidores e data centers, a receita cloud das big techs não deve desacelerar tão cedo - e todo o ecossistema tech que gira ao redor abre o apetite.

QUICK DROPS

Mundo Afora

• Tesla: aprovou um pacote de remuneração provisória de US$ 29 bilhões para o CEO Musk, enquanto o pacotão de US$ 59 bi continua preso na justiça.

• CloudFlare: pegou a Perplexity no pulo, tentando dar uma de Google para raspar conteúdo da web sem permissão e acabou deslistada da plataforma.

• Snap: está com dificuldades para continuar crescendo e apresentou seu sexto trimestre consecutivo de queda em growth e o pior do ano.

• OpenAI: lançou um novo modelo (gpt-oss) e está estudando a venda de ações de funcionários (share sale) a um valuation de US$ 500 bilhões.

STARTUPS

Em busca do próximo unicórnio BR

Oferecimento Startup Summit 2025

Na América Latina, ninguém empilha mais unicórnios que o Brasil: já são 24 – o México vem atrás e não tem nem metade. Nosso ecossistema é imenso e diverso, mas chifre de US$ 1 bi não brota à toa. Tese afiada, pitch redondo e networking certeiro são a gasolina que convence investidores a acelerar até o valuation mágico.

Se o Brasil cria mais oportunidades e tem o ecossistema mais favorável, a pergunta que fica não é SE vamos criar mais um, mas QUAL será o próximo unicórnio verde e amarelo? O que dá pra prever é que ele vai estar se alimentando nos corredores da Startup Summit 2025. E você pode estar nesse mesmo ambiente, é só garantir seu ingresso aqui (com esse link já tem 20% OFF).

QUICK DROPS

Brasil Adentro

• Mercado Livre divulgou os resultados do 2º trimestre com US$ 6,79 bilhões em receita bruta, mas US$ 523 milhões em lucro líquido (abaixo do esperado).

• Flip, a fintech de antecipação de recebíveis é adquirida pela Olist por valor não revelado e marca a entrada do ERP no segmento financeiro.

• weme, o estúdio de criação de produtos e serviços digitais, é a mais nova aquisição da BRQ Digital Solutions, especialista em transformação digital.

• Leggal, a legaltech colocando o suporte jurídico no pacote de benefícios empresariais, capta R$ 1,7 milhão com a DOMO.VC.

• Radix Florestal, a climatech reflorestando a Amazônia com a venda de títulos florestais a investidores, capta rodada de R$ 10 mi com a Ecosia.

• Stone, captou um financiamento de R$ 295 milhões com a BID Invest para expandir a oferta de crédito a PMEs da região da Amazônia Legal.

NEGÓCIOS

Fast Fashion: o novo look do SaaS

O conceito de fast fashion está extrapolando a indústria da moda. Para Sam Altman, a entrada da inteligência artificial na passarela tech vai mexer com a indústria de software as a service (SaaS). E quem não percebeu precisa entrar na moda, rápido!

O que isso tem a ver com tech? Hoje o mercado de SaaS anda no ritmo de slow-fashion (com longos ciclos do desenvolvimento à publicação). Mas com IA pode beber na fonte do fast-fashion: criação acelerada, baixo custo, ciclo curto e apps quase descartáveis.

A nova realidade de uma indústria de fast-saas, micro-saas, indie-saas, lean-saas (ou qualquer outro termo usado para definir essa nova realidade) só iremos descobrir nos próximos capítulos, mas os impactos são imediatos:

Por um lado:

• Consumidores terão acesso a mais apps a um custo inferior.

• Startups devem desenvolver e lançar mais e mais produtos.

• Lançar um produto sem capital externo (bootstrap) nunca foi tão acessível.

Por outro:

• A quantidade pode vir em detrimento da qualidade.

• A durabilidade dos mesmos deve ter um ciclo mais curto.

• Investidores batem cabeça buscando entender seus novos lugares

Em suma, seja produtos all-in-one horizontalizados ou produtos nichados em verticais específicas, a equação que definiu a indústria SaaS por anos e a ajudou a “engolir o mundo” está mudando. Não apenas para as startups, mas também para os consumidores, investidores, produtos e o mercado como um todo.

Como o king do micro-saas brazuca, Bruno Okamoto, costuma dizer: “Nunca houve um momento melhor para empreender” - não em moda, mas em tech!

STATS RELEVANTE

200.000

é o número de segredos comerciais registrados nos sistemas internos da TSMC, a maior fabricante de chips do mundo – que demitiu 3 funcionários por supostamente roubar tecnologia proprietária da empresa .

via TSMC

CARREIRA

Quem quer crescer, aprende com quem já chegou lá

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DADOS

Palantir, a startup mudando a regra (dos 40)

Você pode nunca ter ouvido falar dela, nunca utilizou qualquer um de seus produtos e, provavelmente, nem sabe exatamente o que faz. Nada disso impediu a misteriosa Palantir de estraçalhar a Regra dos 40.

Geralmente, empresas de tecnologia (principalmente software) ganham crédito pelo seu rápido crescimento e suas margens invejáveis. Mas mesmo entre as melhores do mundo, a Palantir se destaca do rebanho, transformando a regra dos 40 em 97:

• Apple: 32%

• Microsoft: 50%

• Google: 40%

• Amazon: 22%

• Meta: 55%

• Palantir: 97%!!

• Nvidia: 122%

A startup criada por Peter Thiel, Jon Lonsdale e Alex Karp (CEO), é especialista em transformar dados bagunçados em inteligência comercial e eficiência operacional, principalmente para órgãos governamentais, que representam ~42% da receita do trimestre.

Como no mercado nada é por acaso, os motivos do crescimento são bem claros: (i) o boom da IA aumenta a demanda por organização de dados; (ii) governos não são conhecidos pela sua eficiência operacional, mostrando que tem pano para manga; (iii) contratos governamentais costumam ter muitos zeros depois da vírgula; (iv) defense techs estão tendo o seu momento de glória.

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Nos últimos três meses, pela primeira vez, a startup cruzou a linha do primeiro bilhão de dólares em vendas, o suficiente para dar mais um boost no seu valor de mercado e chegar no 20º lugar entre empresas mais valiosas dos EUA.