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🎤 Drop the Mic: Pedro Roso
CEO e cofundador da Docket
Natural de São Paulo, mas com um forte vínculo familiar em Ribeirão Preto, Pedro Roso tem 39 anos de idade, é casado há 10 e pai de gêmeas.
A lista de esportes que ele pratica (ou praticou) não para de crescer e inclui modalidades como futebol, futebol americano, jiu-jitsu, hipismo, flag e muay thai. A atividade física, inclusive, foi essencial para que ele perdesse 47kg.
Agora Pedro quer se livrar de um outro peso: o da lentidão da burocracia. O CEO e cofundador da Docket é o nosso convidado do Drop The Mic de hoje.
Pedro, the mic is yours!
🎤 Como é uma clássica segunda-feira na sua vida?
Pedro: Começa no domingo, né? Pra mim não começa na segunda. Sou um cara de rotina, tenho tudo na agenda, e já no final do domingo já bato minha agenda.
Tipicamente, na segunda-feira eu acordo às 5h da manhã, e não porque eu sou do clube das 5. É porque é o horário que dá mesmo.
Aí eu vou treinar, volto, acordo a minha esposa e acordo as minhas filhas. Enquanto minha esposa vai se arrumar pro trabalho, eu visto as minhas filhas, fico ali de manhã com elas. Aí minha esposa vai com elas para escola e eu venho pro trabalho.
Eu gosto muito da segunda-feira. Não tenho muito problema com isso. Mas eu gosto do que eu faço e gosto de trabalhar.
🎤 Por que você faz o que faz?
Pedro: Isso é curioso, porque mesmo vindo de uma família de empreendedores, eu nunca quis empreender. Eu queria trabalhar para os outros, estava bem com isso.
Ao mesmo tempo, sempre curti muito negócios. Com meu primeiro salário, em 2001, parcelei uma assinatura da revista EXAME… eu realmente curtia esse universo.
Na verdade, a Docket aconteceu de um jeito meio aleatório. Eu tinha estudado com o Flávio (Castaldi) na faculdade, mas ele fez só fez um ano de comunicação, depois foi fazer outra coisa. Já o Rodrigo (Lopes), eu nunca tinha visto na vida.
Então, assim, eu nunca tinha pensado sério em empreender. Simplesmente o Flávio veio pra São Paulo com essa ideia, e eu gostei muito do business plan. E o problema era grande também. E é aqui né, “apaixone-se pelo problema”.
🎤 Qual é o comportamento ou característica do seu mercado que mais te incomoda?
Pedro: Queria que os departamentos jurídicos tivessem mais orçamento. [risos]
Não é uma área que tem um orçamento que vem fácil. Já foi muito pior, não posso reclamar. Mas a verdade é que você tem que provar ROI.
🎤 Qual burocracia mais te incomoda?
Pedro: É a politicagem. Vivenciei muito isso. Tem muito em multinacional, é aquela agenda mais individual, politizada, ao invés da ideia de que estamos todos orientados pro mesmo lugar, de um jeito mais horizontal. Isso é uma das coisas que mais me desgasta.
🎤 Como você se sente quando entra num cartório no Brasil?
Pedro: Me sinto bem, porque tem muita oportunidade. [risos]
Mas sério, eu vejo muita oportunidade. Nós somos parceiros dos cartórios e vejo que já tivemos uma boa evolução, mas ainda dá pra simplificar muita coisa e manter a segurança jurídica.
Acredito que o que mais falta é vontade. Mas também vejo que a gente tá chegando numa agenda que as pessoas e as organizações estão com mais vontade de trazer a tecnologia para o processo.
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🎤 Se o seu time precisasse eleger a característica mais irritante de trabalhar com você, o que você acha que falariam?
Pedro: Acho que são duas coisas. Primeiro que eu tenho a barra alta e sempre vou tentar tirar as pessoas da zona de conforto.
Outra coisa é que as pessoas têm a visão que a gente não tem mais a visão do detalhe porque a empresa cresceu. Que a gente não conhece… E quando você mostra que você conhece, e que você vai até o detalhe, isso irrita. Mas é no detalhe onde a gente tá apto a questionar, fazer correlação de problemas, e acho que isso irrita as pessoas.
🎤 Qual é a principal diferença entre o Pedro do escritório e o Pedro em casa?
Pedro: Acho que aprendi a não levar o estresse do trabalho pra casa e o de casa pro trabalho. Mas eu diria que não tem tanta diferença. Antigamente eu tinha mais, de chegar em casa e ser outra pessoa. Mas hoje, com a maturidade, a gente aprende a balancear melhor.
🎤 Qual é o seu fracasso favorito ou o que te ensinou mais?
Pedro: Quando a gente pivotou o modelo de negócio, a gente quase quebrou a empresa. A gente era um e-commerce, a gente rodava um B2B no paralelo, mas o e-commerce representava 80% da nossa receita.
E a gente decidiu pivotar o modelo 100% para o B2B de um mês para outro. Em um mês eu perdi 80% da receita e eu fui para o B2B enterprise sem saber o tamanho do ciclo de vendas. Então, cara, a tempestade perfeita.
Foram oito meses “andando de lado”... síndrome do impostor, quase tive depressão. Acho que a única coisa que me manteve nos trilhos ali foi a disciplina.
🎤 Qual o pior conselho que você já recebeu?
Pedro: Não sei se é um conselho. Mas eu nunca fui bom no colégio, nunca fui bom aluno. E ouvi muito por conta disso. E acho que essa correlação entre sua vida acadêmica e sua vida profissional pode dar certo, mas também pode dar errado. E acho que no fim é mais sobre sua cabeça e seu autoconhecimento, do que aquilo que as pessoas dizem que você pode ou que você não pode.
🎤 Que frase você está sempre repetindo, quase como um mantra?
Pedro: Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu escolho me tornar a cada dia.
🎤 Bate bola, drop rápido: pra fechar, algumas indicações.
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