GENÉTICA

Nucleus: desenhando e escolhendo bebês.

Imagine poder mandar uma amostra de embriões para um laboratório e receber de volta a probabilidade de QI, altura, cor dos olhos e predisposição para doenças crônicas do seu futuro bebê? Essa é a promessa da Nucleus Genomics, a polêmica startup fundada pelo jovem Kian Sadeghi de 25 anos – que, por sinal, não é pai.

O processo é tão simples quanto parece: pais que optam pela fertilização in vitro (FIV) enviam uma amostra com 20 embriões e recebem uma análise com ranking do risco para as doenças e características que serão vistas no bebê a ser escolhido no processo.

A análise genética de embriões não é nova – com médicos e cientistas podendo detectar genes que podem causar condições como a síndrome de Down há anos. Mas a Nucleus está indo além ao utilizar os controversos “pontuações poligênicas” para determinar até o nível de ansiedade e inteligência.

O anúncio parece não ter agradado a comunidade da longevidade – e até termos como “eugenia” aparecem na polêmica. Por outro lado, VCs não pouparam dólares e a startup captou US$14 mi com a Founders Fund de Peter Thiel (outro aficionado por longevidade) e a 776 de Alexis Ohanian (cofounder do Reddit).

PS: Enquanto a Nucleus quer escolher quem nasce, outra startup chamada Tally Health diz ter uma nova tecnologia que pode determinar a idade com que cada pessoa vai morrer a partir de amostras de DNA da bochecha.