
Bom dia Droppers…
Hoje eu aprendi: que o restaurante da Tesla vendeu 50.000 hambúrgueres e gerou uma receita de US$675k desde a inauguração em julho – uma média de 704 hambúrgueres vendidos por dia.
No Drop de hoje, em 5 minutinhos:
• Amazon Ads: um universo de parcerias
• Blue Origin: datacenters e humanos no espaço
• Trending: Sora no topo do ranking
• Meta: entre deepfakes, scams e spams.
• Stats: bitcoin recorde em $125k
• Contra Dados Não Há Argumentos: Nvidia versus Big Pharma

ESPAÇO
Amazon Ads: um universo de parcerias

A Amazon não entra em verticais de mercado que não pode liderar. Foi assim com o e-commerce, cloud, Kindle, audiobooks… E não seria diferente com sua plataforma de ads. Somente nos últimos 5 meses, a gigante (agora também dos anúncios) anunciou 5 parcerias de peso para a sua plataforma:
Roku: parceira exclusiva das TVs conectadas e dos streamings, com alcance conectado e autenticado para cerca de 80% dos lares com CTV nos EUA.
Netflix: conectando o inventário de vídeo do maior app de streaming do mundo e seus +300 milhões de assinantes em +190 países.
SiriusXM: conectando o inventário de anúncios da maior empresa de rádio via satélite dos EUA com +34 mi de assinantes e +160 mi de ouvintes mensais.
Spotify: conectando o inventário de áudio e vídeo do maior app de streaming musical do mundo e ganhando acesso aos 678 milhões de ouvintes mensais
Antes mesmo das parcerias, a Amazon já estava no top 3 das maiores DSPs do mercado – atrás apenas do Google DV360 e da Trade Desk TTD.
DSP (Demand-Side Platform) é uma plataforma usada por anunciantes e agências pra comprar espaços de mídia digital em tempo real — como um leilão automatizado de banners e vídeos. Tudo guiado por dados e algoritmos pra otimizar quem vê o anúncio, onde e quando.
As parcerias significam vantagens diferentes para cada envolvido:
Para a Amazon, é a consolidação do seu poder de alcance e qualidade de segmentação, com acesso exclusivo aos dados 1P (comércio, streaming, navegação) e integração direta com seu ecossistema de mídia de varejo – algo que nenhuma outra DSP oferece.
Para as Marcas, é a simplificação da operação de gestão e o alcance expandido para diferentes formatos – com fontes omnichannel centralizadas e um data-clean room.
Para os Parceiros, é a chance de monetizar ainda mais seus inventários, com melhor segmentação e enriquecimento de dados, melhor mensuração e atribuição, inclusão em campanhas cross-channel e um posicionamento competitivo diferenciado.
Antes de apertar a mão dessa galera, no ano passado, a Amazon já havia gerado +US$ 56 bilhões em receita da vertical de ads. Este ano, a expectativa é que o retail media da gigante ultrapasse os US$ 60 bilhões – sem nem contar com os valores com Twitch e Prime Video.
QUICK DROPS
Mundo Afora
Salesforce: teve +1 bilhão de dados de clientes no Reino Unido vazados pelo mesmo grupo hacker responsável pelo ataque à Jaguar Land Rover e outros.
OpenAI: adquiriu a startup de investimentos ROI, que tinha o JP Morgan Stanley como clientes, e trouxe o CEO e co-founder para se juntar ao time.
Cerebras: desistiu de embarcar no mercado de capitais com o IPO e, em vez disso, levantou uma rodada de US$ 1,1 bi.
Google: está patenteando uma tecnologia para acionar o Gemini por aproximação com detecção facial, eliminando de uma vez por todas o “Hey Google”.
MÍDIA
Blue Origin: datacenters e humanos no espaço

via The Information
Jeff Bezos transformou um “simples” e-commerce e marketplace em uma potência de ~US$ 650 bilhões que domina 40% do varejo americano. Mas quando deixou a cadeira de CEO na Amazon, o hobby dele foi pro espaço… Literalmente. Depois de fundar a spacetech Blue Origin, Bezos prevê datacenters e pessoas fora do planeta em breve.
A ideia de Bezos é ousada: construir datacenters com gigawatts de potência direto no espaço, aproveitando a energia solar disponível 24/7 – sem nuvens ou qualquer instabilidade climática.
Algo parecido é proposto pela Lonestar (que quer colocar servidores diretamente na Lua) e pela Starcloud (com data-satélites em órbita)
É claro que hoje o custo disso seria enorme, mas Bezos aposta que a redução nos valores deve acontecer nas próximas décadas – enquanto a própria Blue Origin desenvolve soluções no setor, é claro.
Além de dados, humanos: no planeta criado colonizado imaginado por Bezos, milhões de pessoas devem optar por viver fora da Terra, mas uma vida pacata. Robôs assumem o trabalho manual, enquanto gigantescos datacenters movidos por IA operam em paralelo, redefinindo como os humanos interagem com o espaço.
→ primeiro foram os satélites meteorológicos,
→ depois foram os satélites de comunicação,
→ os próximos serão os datacenters,
→ seguidos por outros tipos de manufatura.
Bezos acredita que a mudança deve acontecer entre 10 e 20 anos. Já seu concorrente espacial Musk prevê que milhões de humanos (e muitos humanoides Optimus) estejam habitando Marte até 2050, mas por enquanto planeja manter os datacenters na Terra.

OpenAI no topo do ranking, de novo.
O Sora App está para a OpenAI assim como o TikTok está para o ByteDance e o Instagram está para Meta. A primeira rede social totalmente dedicada a vídeos criados com inteligência artificial da OAI já é um sucesso!
Apesar do acesso ainda ser exclusivo para convidados (precisam de código) e estar disponível apenas nos EUA e Canadá, o aplicativo já subiu ao topo do ranking da App Store com menos de uma semana do lançamento e agora a OpenAI tem 2 dos 3 lugares no pódio:
1. Sora
2. ChatGPT
3. Gemini
Mas nem tudo são flores para a startup mais valiosa do mundo. O feed de vídeos foi inundado por vídeos que vão do Pikachu invadindo a Normandia ao CEO Sam Altman roubando GPUs, tendo ainda Mario Bros, Family Guy e Simpsons em todo canto… soando o alarme de especialistas em direitos autorais e deepfakes.
Enquanto os advogados já preparavam os processos, a OpenAI alterou sua política de privacidade na calada da noite, anunciando novos controles que vão dar mais poder sobre como seus personagens são usados para quem detém seus direitos. Ao mesmo tempo, prometem dividir a receita com aqueles que permitem o uso.
O que você acha do uso de personagens famosos em deepfakes?
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Will Bank, o banco digital que pertence ao Banco Master com R$ 16 bi em ativos de 12 milhões de clientes, está sendo colocado à venda.
Kiro, a marca de bebidas não alcoólicas para adultos, capta rodada de R$ 3 mi com a GVAngels e investidores-anjos.
Callink, a mineira dos call centers, anunciou a aquisição da Algar Tech, braço de inteligência e gestão de dados do grupo Algar, por valor não revelado.
Creditas e Neon continuaram com prejuízo de janeiro a junho deste ano, enquanto o C6 Bank e PicPay mantiveram a trajetória de lucro.
STATS
US$ 125.000
é o novo valor máximo de UM BITCOIN. A moeda renovou a sua máxima histórica no final de semana, cruzando a marca pela primeira vez na história, o que também o coloca como o 7º ativo mais valioso do mundo, com US$ 2,5 trilhões de valor.
Há 16 anos, a New Liberty Standard, o primeiro website a vender bitcoin, publicou a taxa de câmbio inaugural do Bitcoin, avaliando US$1 dólar em 1.309,03 Bitcoins, com base nos custos de eletricidade da mineração. Hoje, US$ 1 dólar é o equivalente a 0,0000081 Bitcoins.
PS1: no fechamento desta edição, o BTC estava cotado em US$ 123,7 mil.
PS2: o Ethereum ganhou isenção do imposto corporativo de 15% nos EUA.
PS3: as cotações e ordens podem ser acompanhadas direto na Binance
*Não é recomendação de investimento. Confira todos os detalhes das ofertas
SEGURANÇA
Meta: lucrando com os deepfakes

via The Guardian
A próxima vez que você vir a Gisele Bündchen oferecendo malas de graça na internet ou a Sabrina Sato vendendo um novo kit antirrugas de R$0… fuja para as colinas. Chances (altíssimas) são de que você esteja vendo um deepfake e sofrendo um golpe!
A polícia do RS realizou a operação “Modo Selva” para desarticular um grupo acusado de aplicar golpes usando vídeos criados por IA (deepfakes), vendendo produtos gratuitos, cobrando “apenas” o frete.
O esquema movimentou +R$ 200 milhões e oferecia até “mentorias” para quem quisesse se profissionalizar em golpes, com o curso “Te ensino a pensar como predador digital”.
O problema não é novo, mas vem crescendo junto com a capacidade (e facilidade) de geração de deepfakes. Quem não acompanhou o ritmo foi o filtro de detecção de anúncios da Meta – que, diferente das vítimas, está lucrando com o esquema.
Um relatório da Tech Transparency Project identificou na categoria de publicidade política ou social da Meta nos EUA:
Foram 63 anunciantes usando práticas enganosas ou fraudulentas.
Eles representam ~1/5 dos 300 maiores gastos da plataforma.
Juntos, compraram quase 150.000 ads.
Gastaram ~US$ 49 milhões nos últimos sete anos
Usar anúncios para fisgar vítimas em golpes é algo tão antigo quanto os próprios ads. E enquanto as big techs não conseguem avançar tanto na identificação dos deepfakes quanto avançaram para a criação deles, fica o alerta que sua avó já mandava: “Quando a esmola é demais…”
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

via Reza Zahiri
Ao se tornar a primeira empresa na história a ultrapassar a marca dos US$ 4,5 trilhões de valor de mercado, a maior fabricante de chips do mundo também ultrapassou o valor de mercado de TODAS as empresas farmacêuticas do mundo, somadas!
Mas apesar do valor de mercado astronômico da Nvidia superar todas as big pharmas – e ultrapassar o segundo lugar da Microsoft em ~US$800 bilhões – a receita gerada por elas conta uma história diferente:
Nvidia: ~US$ 130 bilhões
Farmacêuticas: +US$ 600 bilhões
Por outro lado, a taxa de crescimento anual da princesa dos chips de IA é bem menos discreta:
Nvidia: 50-100% YoY
Farmacêuticas: 5-7% YoY
Basicamente, enquanto a NVIDIA é valorizada pelo futuro (um otimismo tecnológico que promete crescimento acelerado), as Big Pharmas são valorizada pelo presente (uma estabilidade digna de uma indústria madura).

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