Bom dia Droppers.

Hoje eu aprendi: que o ICQ ainda existe e foi cancelado. O app de mensagens, sucesso na era pós-mIRC e pré-MSN, reporta ter 11 milhões de usuários mensais no mundo e, agora, foi suspenso pela Justiça Federal por disseminação de pornografia infantil.

Techdrop é a newsletter sobre tecnologia e negócios que faz seus sonhos de não ter mais paywall e 1 milhão de popups nos portais virarem realidade.

Construa Seus Sonhos, Destrua Os da Tesla

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A BYD surgiu como uma fabricante de baterias, mas foi em 2003 que mudou o foco para carros elétricos. E a estratégia está se pagando.

Depois de 15 anos com a Volkswagen no topo do ranking de marcas de carro mais populares na China, a BYD assumiu a liderança após se tornar responsável por 12% de todas as vendas de automóveis no país.

Agora, depois de dominar a China, a BYD (Build Your Dreams ou, Construa Seus Sonhos), quer o mundo…

Ao contrário da Tesla, que automatizou +75% da produção das gigafactories com robôs, a BYD foi no caminho inverso e usou a barata mão de obra chinesa. O founder, Wang, certa vez disse: ‘o custo de manutenção de um robô de soldagem era igual ao salário de 10 trabalhadores chineses’.

O caminho será longo. A Tesla tem 60% das suas vendas acontecendo fora dos EUA. Já as vendas internacionais da BYD representam apenas 7%. Mas apesar da Tesla estar continuamente abaixando o preço dos seus veículos, será difícil competir com os preços chineses. Mesmo na China, os EVs da BYD são uma das opções mais ace$$íveis.

No Brasil, a BYD chegou este ano com o modelo Dolphin, que custa ~R$150k e em apenas um mês, com +3k unidades vendidas, se tornou o carro elétrico mais vendido no país. Mas, o ano que vem promete. A empresa lançará o modelo Seagull, o primeiro carro elétrico do país custando ~R$50k - mais barato que um Up.

A era dos carros elétricos chegou e está avançando mais rápido do que muitos imaginavam. Enquanto a Tesla se posiciona para morder a fatia mais cara (países de primeiro mundo, alto poder aquisitivo), a BYD avança pela fatia mais barata (países em desenvolvimento, baixo poder aquisitivo).

E a tese já conquistou o coração a carteira do bom velhinho Warren Buffett que, apesar de ainda dirigir um Cadillac XTS de 2014, comprou 10% da BDY em 2008 por $232 milhões - e vendeu uma fatia das ações ano passado com retorno de 35x.

DropQuizz

O que rolou mundo afora

• Meta: está ensaiando o lançamento de uma assinatura paga do Facebook e do Instagram sem anúncios, inicialmente só na UE.

• Pentágono: lançou um site dedicado aos OVNIs, o AARO - nomeado Escritório de resolução de anomalias em todos os domínios (em inglês)

Mobly S2 Tok&Stok

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Os dois pit-stops favoritos de quem está mobiliando um novo apartamento estão juntando as escovas de dente: a Mobly e a Tok&Stok fecharam os detalhes do acordo de fusão - mas, por de trás dos holofotes, o acordo é apelidado de bote salva-vidas. Vamos entender…

Tok&Stok: uma das maiores varejistas primariamente offline do país, fundada em 1978, chegou a ter ~70 lojas físicas no Brasil em seus anos de ouro e conseguiu se adaptar relativamente bem ao online. Nos últimos anos, porém, enfrentou dificuldades, fechou lojas, demitiu executivos e abriu pedido de recuperação judicial.

Mobly: um dos primeiros ecommerces de móveis do país, nasceu nativamente digital em 2011 - apesar de também ter pontos físicos que representando <10% da receita total. Estreou na bolsa de valores em 2021, captando R$812mi. Desde então, as suas ações caíram ~75% de valor e registrou R$39,6mi de preju no primeiro semestre do ano.

Uma com forte presença online, outra com bom alcance físico. Uma voltada às capitais e público A e B, outra focada no interior e público C e D. Ambas com dificuldades de caixa. A indústria do varejo enfrentando uma crise de identidade (obg, Americanas.). O momento parece perfeito para um acordo:

No acordo, que será realizado por troca de ações (já que grana mesmo tá complicado), a Mobly (que tem a home24 como maior acionista) ficará com 80% das ações e a Tok&Stok (gerida pelo fundo de private equity Carlyle) com os 20% restantes.

O que rolou Brasil adentro

• iRancho, o agritech com um sistema de gestão da pecuária, capta rodada de R$7.2mi liderada pelo Banco do Brasil.

• Prosper Tech Talents, edtech melhorando a qualidade dos desenvolvedores com bootcamps in-company, capta R$1.5mi com a Din4mo Ventures, 2.5 Ventures e Gran Capital.

• Yara Couro, a fashiontech usando couro de peixe para indústria da moda, capta rodada de R$2mi liderada pela PPBio.

• Blip, a desenvolvedora de chatbots de atendimento, agora com foco em IA, demite 9% do seu quadro de funcionários de 1700 pessoas.

• Blaze, o polêmico cassino digital de dono desconhecido, foi retirado do ar pela Anatel depois de pedido da Justiça. #xórainfluencers

• EZVolt, a startup focada nas recargas de veículos elétricos, capta R$10mi em rodada liderada pela Vibra.

Best in Class SaaS

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Os tempos mudaram… Já tem funcionário CLT que nem sabe que o ícone do botão de salvar era um disquete. A primeira bíblia startupeira (Startup Enxuta de Eric Ries), foi lançada há ~20 anos. Até a startup do ex-presida da YCombinator, a OpenAI, quebrou todas as regras e recomendações que eles mesmo davam para os founders do programa.

Criar uma startup hoje é bem diferente do que era lá atrás. Por isso, a galera da ChartMogul passou 3 meses estudando 2200 startups e criaram o “SaaS Growth Report”. Saca só alguns insights:

• U$1mi ARR: os SaaS mais bem-sucedidos, alcançaram o marco de U$1mi em Receita recorrente anual (ARR) em ~9 meses. Mas a média geral é de 2 anos e 9 meses e a galera do fundão chegou em 4 anos e 2 meses.

• U$10mi ARR: os mais bem-sucedidos chegam na marca dos U$10mi em 2 anos e 9 meses, mas a média entre todas startups é de ~5 anos. Sendo que os mais atrasados chegam em 7 anos e 9 meses.

• Expansion: a maioria dos SaaS crescem baseado no crescimento da sua carteira de clientes (~54%). Mas uma minoria de <5% cresce ao expandir o uso da carteira existente.

• Reactivation: as mais bem sucedidas conseguem reativar cerca de ¼ dos clientes que cancelaram no passado.

• Contracts: cerca de 41% dos contratos das startups entre $15-30mi, são contratos anuais. Para as startups começando agora, o número é de 28%.

Nunca foi tão fácil tirar uma startup do papel, nunca foi tão difícil fazer com que ela dê certo. Apenas 13% de todas startups entrevistadas nesta entrevista chegaram na marca dos U$10mi em receita recorrente anual.

No Brasil, o dropper Rodrigo Fernandes, está com uma pesquisa em aberto para saber qual é esse cenário nas empresas SaaS Latam. Se você tem um SaaS, dá uma moral lá, prometemos trazer o resultado por aqui também!

Contra dados não há argumentos

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