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Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que o primeiro nome da empresa de Jeff Bezos era Cadabra. O fundador decidiu mudar para Amazon depois que alguém confundiu com Cadaver. Ele também considerou nomeá-la Relentless (implacável) e, até hoje, o domínio relentless.com direciona para a Amazon.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• OpenAI: nudes estão chegando no ChatGPT
• IPO no Brasil ficou mais FÁCIL
• Brasil: o país das fintechs
• Stats: US$ 300 trilhões em stablecoins
• Datacenters: para dar e vender
• Contra dados não há argumentos: as maiores empresas de cada era.

IA
OpenAI: os nudes estão chegando no ChatGPT

Quando você percebe que os logos das startups de IA parecem com aquele orifício do corpo humano, fica impossível desver (desculpa). Mas essa obsessão parece finalmente ter uma explicação: Sam Altman disse que vai liberar conteúdo sexual no ChatGPT para usuários que comprovarem serem maiores de idade.
Ao contrário de Steve Jobs – que disse que se os usuários quisessem apps +18 era melhor comprar Samsung –, Sam Altman disse que vai tratar adultos como adultos.
À medida que o ChatGPT implementa a restrição e verificação de idade, vai permitir conteúdos eróticos e até sugeriu que desenvolvedores criem aplicativos adultos dentro do ecossistema.
Para a startup que previa encontrar a cura do câncer com tecnologia, o anúncio pode soar como um retrocesso. Ao mesmo tempo, a (mesma) startup planeja gastar US$ 1 trilhão até 2030 (lembrando: a receita hoje é de US$ 13 bilhões) e entrar no lucrativo mercado é só mais uma estratégia de crescimento – junto com ads, empregos, bets.
Mas se por um lado é lucrativa para OpenAI, pode ser catastrófica para a sociedade:
O “modo erótico” do ChatGPT também desperta outras críticas, principalmente ligadas à geração de dependência emocional que a IA vem causando em jovens e adultos ao redor do mundo.
Depois da repercussão negativa da novidade, Sam voltou a público dizendo que a OpenAI não é a polícia moral do mundo (#novas).
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QUICK DROPS
Mundo Afora
Waymo: a divisão de carros autônomos do Google está tirando o passaporte para expandir sua operação fora dos EUA, em Tóquio e Londres.
Erebor: o banco digital cofundado pelo cofundador da Anduril (Palmer Luckey) e o cofundador da Palantir (Joe Lonsdale), tirou a licença para operar
Apple: tinha promovido Ke Yang para líder de projetos de IA (Answers, Knowledge e Info) há poucas semanas. Agora ele se demite e parte para Meta.
OpenAI: revelou que apenas 5% dos 800 milhões de usuários do ChatGPT são pagantes – e responsáveis por 70% da receita da empresa.
MERCADO
IPO no Brasil ficou mais FÁCIL

Nenhuma startup continua startup para sempre. A linha de chegada costuma ser um exit (fusão & aquisição) ou um IPO (initial public offering). Para as startups brazucas que optarem pela segunda opção, a CVM tem uma boa notícia, o regime FACIL.
FACIL é uma sigla para Facilitação do Acesso a Capital e de Incentivo a Listagens. O regime cria novas regras para facilitar a jornada de startups que decidirem estrear na bolsa de valores da B3.
“Fácil, extremamente fácil, para você, eu e todo mundo cantar investir junto”. Na prática, o que muda no processo do IPO facilitado é:

O objetivo do projeto é aumentar as opções listadas no Brasil – a última vez que um sino de IPO foi tocado na B3 foi em 2021, quando 46 empresas listaram suas ações. De lá pra cá, zero IPOs novos e algumas empresas até deixaram a Bolsa:
Migraram para bolsas gringas: Nubank, Stone, XP.
Fecharam capital: Cielo, GetNet, ClearSale, Boa Vista
Desde então, a renda fixa reinou e restaram apenas 439 empresas listadas. Somente este ano, 9 fechamentos foram anunciados, com 2 deles nesta semana (Gol e Banco Pan).

Brasil, o país das Fintechs
O Brasil já havia provado sua capacidade tecnológica no setor bancário ao criar o maior banco digital do mundo em receita e usuários (Nubank), com o meio de pagamento de crescimento mais acentuado do mundo (PIX) e com a estratégia mais ambiciosa do setor bancário (Open Finance). Mas vem mais por aí…
Atualmente, o Brasil abriga 1.706 fintechs em operação – um salto de mais de 100% desde 2020, quando eram “só” 742 startups financeiras no mapa. O país concentra 59% das fintechs e 60% dos investimentos do setor da América Latina.
Só nos últimos 12 meses, foram US$ 2,38 bilhões levantados – e adivinha quem mais encheu os cofres?
QI Tech: a fintech de BaaS, que captou R$ 340 mi
Kanastra: a fintech dos FIDCs, que captou R$ 170 mi
Pagaleve: a fintech do parcelamento de PIX, que captou R$ 160 mi
Nomad: a fintech internacional, que captou R$ 330 mi
E se temos empreendedores construindo, investidores alocando e clientes utilizando, também tem governo taxando: uma medida que visa aumentar a taxação sobre Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 9% para 15% está sendo discutida para empresas de serviços de pagamento.
MARKETING E VENDAS
RD Summit 2025: último lote já está chegando
Oferecimento RD Summit
Se o seu time de marketing e vendas ainda não falou sobre o RD Summit 2025, tem alguma coisa errada. O maior evento da América Latina no setor acontece de 5 a 7 de novembro em São Paulo, movimenta negócios, reúne líderes e tem uma agenda bem recheada de conteúdo. Ele não é o maior à toa, saca os números:
20 mil participantes
300 palestrantes
250 sessões
200 marcas parceiras
160 horas de programação
3 dias de evento
O penúltimo lote já está disponível aqui neste link – e o cupom rd-club-techdrop ainda te dá 15% OFF.
E nesse ano tem uma novidade especial para fazer você aproveitar TUDO o que interessa no evento: a nova ferramenta “Agenda Perfeita”, que usa IA para analisar o perfil de cada participante e cruza com as áreas de interesse para montar o roteiro ideal. Ou seja: nenhuma sessão importante passa despercebida!
Com cupom de desconto e a Agenda Perfeita, agora é só garantir seu passaporte para o RD Summit 2025.
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Baladapp, a startup de vendas de ingressos para shows e eventos, que tem Gusttavo Lima como sócio, é adquirida pela Ticketmaster.
Jeitto, a fintech do crédito pessoal para classe C e D, acaba de emitir R$ 37 milhões em debêntures financeiras, em parceria com a japonesa Credit Saison.
Nomo, a startup querendo reduzir o tempo de tela do seu filho, capta uma rodada de US$ 3,7 milhões com a Positive Ventures e investidores.
Conecta Lá, a empresa facilitando a venda de produtos em marketplaces, capta rodada de valor não divulgado com a Relevanti.
STATS
US$ 300 trilhões
foi quanto a startup cripto do PayPal, Paxos, emitiu por engano da stablecoin PYUSD. O vacilo aconteceu devido a um “erro técnico” que foi prontamente resolvido queimando o excedente.
As Stablecoins são moedas digitais (cripto) indexadas a um ativo menos volátil. No caso da PYUSD – a sexta maior em circulação, com um marketcap de US$ 2,6 bilhões – o ativo é o dólar. Se 1 PYUSD = 1 Dólar, nem existem tantos dólares em circulação para manter o pareamento – que exigiria de mais que o dobro do PIB global.
Já por aqui, a fintech Crown estreou no mercado com o lançamento da própria Stablecoin lastreada ao Real, a BRLV. A empresa já nasce com R$ 200 milhões subscritos e um aporte robusto de US$ 8,1 milhões.
INFRA
Datacenters: para dar e vender
Se você está com a impressão de que os datacenters são as novas hamburguerias artesanais, é porque praticamente são. Está difícil manter um tracking da quantidade bilhões alocados por empresas de IA na construção desses gigantes de processadores, energia e servidores.
Essa semana foi a vez da xAi + Microsoft + Nvidia + BlackRock + MGX + Temasek anunciarem a construção compra da Aligned Data Centers.
O consórcio foi chamado de Artificial Intelligence Infrastructure Partnership (AIP) e vai pagar US$ 40 bilhões pela compra da empresa que opera 80 campus de datacenters na América do Norte e Sul, com capacidade operacional e planejada de +5 gigawatts.
No Brasil, os 3 datacenters ficam em Barueri, Osasco e Rio de Janeiro.
As empresas de IA (Google, Amazon, Meta, CoreWeave, OpenAI, Oracle, etc) estão correndo para construir a infraestrutura que sabem acreditam que vão precisar para atender à crescente demanda pela tecnologia. A projeção é que, somente este ano, US$ 400 bilhões sejam investidos na área.
Adicional de Chips, senhor?
PS: Musk pintou MACROHARD no telhado de um dos seus datacenters e ainda trocou o nome da rua para Meme Street.
CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
As maiores empresas do mundo, por eras!

A Nvidia fez seu IPO em 1999, e, desde então, focou sua produção nos chips para videogames. Mas foi em 2023, já na era da Inteligência Artificial, que o jogo mudou: suas ações multiplicaram 12x, sua receita triplicou e seus lucros quadruplicaram.
Década 50-60: era da manufatura e indústria, dominada pela General Motors
Década de 70-80: era das telecomunicações, dominada pela AT&T,
Década de 80-90: era da computação, dominada pela IBM e General Electric
Década 90-2000: era dos softwares e da internet, dominada pela Microsoft
Década 2000-10: era da energia e commodities, dominada pela ExxonMobil
Década 2010-20: era do consumo digital e mobile apps, dominada pela Apple
Década 2020-adiante: era da inteligência artificial, dominada pela Nvidia
Nos últimos 50 anos, nenhuma empresa teve uma participação de mercado tão significante quanto a Nvidia, que hoje representa ~8% de todas as 500 maiores empresas do mundo. Resta saber por quanto tempo a empresa de Jensen Huang se manterá no topo – e qual vai ser a próxima era.

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