IA

Anthropic: comendo IA pelas beiradas

Quando falamos sobre IA, a primeira ferramenta na ponta da língua dos brasileiros é o ChatGPT, mas a popularidade da ferramenta da OpenAI não conta toda a história do setor. Mesmo que você nunca tenha ouvido falar (caso não leia o AiDrop) no Claude da Anthropic, os números mostram que ele não pode ser descartado.

• Dezembro de 2024: US$ 1 bilhão de ARR

• Março de 2025: US$ 2 bilhões (dobrando receita em 3 meses)

• Maio de 2025: US$ 3 bilhões (dobrando em apenas 2 meses)

Triplicar uma receita anual recorrente de bilhões em meros 5 meses coloca a empresa de IA entre os “SaaS com venture capital de crescimento trimestrais mais rápidos da história”. Não é à toa que a startup fundada por Dario Amodei (ex-OpenAI) tem entre seus investidores nomes como Google e Amazon.

É difícil não comparar a Anthropic com a OpenAI, mas as semelhanças entre elas param no segmento. Estrategicamente, os planos de dominação não podiam ser mais diferentes:

• OpenAI está caminhando para se tornar uma startup voltada ao consumidor final (B2C) com a maior parte da sua receita vindo da assinatura do ChatGPT.

• Anthropic está crescendo com seu modelo de IA as a Service para outras empresas (B2B), com a maior parte da receita vindo do consumo da sua API.

A ferramenta da Anthropic caiu nas graças dos desenvolvedores, sendo considerada superior quando o assunto é programação e análises de dados. Mas, como não existem tanto engenheiros de software quanto existem curiosos, o tráfego da Anthropic é de apenas 2% do ChatGPT.

Mesmo assim, quando o assunto é receita recorrente, a “desconhecida” Anthropic bate de frente com a IA mais popular do mundo – e com certeza deixa os fãs do ARPU (receita média por usuário) bem mais felizes. O que talvez não seja justo é comparar seja o valuation das duas startups: US$ 61 bi da Anthropic versus os US$ 300 bi da OpenAI.