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Bom dia Droppers,

Hoje eu aprendi: que um total de 95% das compras da Black Friday nos EUA foram financiadas (US$ 11,2 bi). Mas o pior ainda está por vir: 67% delas (US$ 7,9 bi) foram financiadas por dívidas que os consumidores não esperam conseguir pagar nos próximos 30 dias, como o BNPL (compre agora, pague depois) e cartões de crédito.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• OpenAI: alerta vermelho, perigo à vista.
• Trending: Microsoft Teams dedo duro
• Avenue: a avenida do Itaú para fora do Brasil.
• Stats: US$ 11bi da Kalshi
• Netflix: quer comprar a Warner Bros
• Contra Dados Não Há Argumentos: receita por funcionário nas startups de IA

Dropped by Pedro Clivati e Renan Hamann
AI

OpenAI: alerta vermelho, perigo à vista.

Em 2022, quando o Google viu o lançamento do ChatGPT, soou os alarmes, emitiu alerta vermelho e tentou apagar incêndio com um copo d’água chamado Bard. Agora é a própria OpenAI que soa o alarme e entra em “modo guerra” contra os concorrentes – em especial o Google, que demorou 3 anos e 3 modelos, mas transformou o Bard no Gemini e deixou o ChatGPT comendo poeira nos benchmarks.

A empresa utiliza três códigos de cores diferentes para descrever os diversos níveis de urgência necessários para lidar com os problemas:

Amarelo: Recomenda-se um nível moderado de pânico.
Laranja: Ok, hora de se preocupar de verdade.
Vermelho: Caos total, ação imediata. Comecem a rezar!

O ultimato do chefe se traduz em: “pisar no freio de novos produtos (ads, shopping, agentes, assistentes, etc) e no acelerador do seu carro-chefe ChatGPT”. Calls diárias para acompanhar o progresso já estão marcadas e a startup “encoraja” a transferência temporária de devs para reduzir os prazos.

Na prática, isso quer dizer que o foco está em:

  • Aprimorar os recursos de personalização para os usuários;

  • Aumentar sua velocidade e confiabilidade;

  • Permitir que ele responda a uma gama mais ampla de perguntas;

  • Avançar o modelo de geração de imagens: gpt-image;

  • Lançar um novo modelo (mais avançado que o Gemini).

A OpenAI (#5 site mais visitado do mundo) ainda é líder absoluta em dívidas usuários ativos, com +800 milhões. Já o Google (#1 site mais visitado do mundo) está usando sua bazuca de distribuição (chrome, search, maps, gmail) para integrar o Gemini onde puder… e cresce bem rápido. OpenAI

PS1: enquanto soava os alarmes, a OpenAI aproveitou para fechar a Accenture e suas dezenas de milhares de funcionários como clientes.
PS2: também se tornou sócia e fornecedora da Thrive Holdings e do seu portfólio de empresas que prestam serviço de contabilidade e TI.

QUICK DROPS

Mundo Afora

  • Instagram: soltou o ultimato para que seus funcionários voltem aos escritórios da Meta 5x por semana e diminuiu o número de reuniões recorrentes.

  • Bending Spoons: a private equity italiana disfarçada de startup tech, adquiriu o app de eventos Eventbrite por ~US$ 500 milhões.

  • Apple: o chefão de IA, John Giannandrea, renunciou abruptamente ao cargo. Em seu lugar entra Amar Subramanya, ex-chefão de IA da Microsoft e Google.

  • eXtreme Gammon: a maior plataforma online para jogar gamão, foi comprada pelo fundador do Uber, Travis Kalanick, que está buscando um CEO.

  • Samsung: está reagindo depois de perder o posto de maior vendedor do ano para Apple com um smartphone com tripla dobragem.

  • Amazon: anunciou a nova versão do seu chip de treinamento de IA de alto desempenho, Trainium3.

  • Anthropic: que hoje é avaliada em US$ 183 bilhões está em busca de um investimento de US$ 15 bi com Microsoft e Nvidia. E também mirando o IPO a um valuation de US$ 300 bi.

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Jornadas completas: do “oi” à conversão!

Oferecimento Infobip

Uma jornada completa é aquela que não termina no “oi”, mas conecta cada etapa da comunicação dentro do WhatsApp: do primeiro clique ao pós-venda. Dá pra atrair clientes com campanhas, vender via chat, automatizar atendimento e ainda medir cada resultado.

Do envio em massa à personalização total, o WhatsApp permite engajar, vender e atender em tempo real. E com a Infobip, isso ganha escala com conversas automatizadas, dados integrados e experiências omnicanal que convertem.

Baixe o guia “WhatsApp Business Platform – Manual Prático de A a Z” e descubra como fazer o WhatsApp se tornar um motor dos seus resultados. É só acessar aqui.

Microsoft Teams Dedo Duro

Se você estava em uma praia do nordeste fazendo kite surfing enquanto dizia estar no seu apartamento urbano ao lado do escritório, temos uma má notícia: o Microsoft Teams vai detectar e divulgar automaticamente a sua localização!

O recurso funciona reconhecendo redes Wi-Fi corporativas por meio dos identificadores SSID e BSSID, e também pode detectar a localização por meio de periféricos conectados, como monitores.

Quando os usuários se conectam ao Wi-Fi da empresa, o Teams atualiza automaticamente o status para refletir em qual prédio eles estão (ou não) e envia um update diretamente para o gestor

A funcionalidade estava programada para ir ao ar este mês, mas depois de uma onda de críticas nas redes sociais, foi adiada para o ano que vem, sem explicações:

  • O que dizem os lovers: que a funcionalidade é uma forma de melhorar a confiança, visibilidade e a coordenação híbrida das empresas.

  • O que dizem os haters: que é um sistema de vigilância disfarçado de responsabilidade, que acaba com a privacidade.

Ferramentas como o Teams/Slack/Discord surgiram para nos conectar, mas começaram a nos policiar – e conforme as empresas batalham para trazer os funcionários de volta aos escritórios, a vigilância corporativa atinge níveis sem precedentes: 85% dos empregadores no Reino Unido agora admitem praticar vigilância de funcionários, um aumento de ~20% desde 2023.

PS: quando a Amazon implementou a sua política de voltar ao escritório (RTO), os funcionários insatisfeitos alteravam o nome da sua rede de Wi-Fi doméstica (SSID) para corresponder à rede oficial do escritório da empresa.

M&A

Itaú: agora tem uma Avenue para chamar de sua

O maior banco do Brasil (em # de clientes e faturamento) agora também é dono majoritário da maior fintech de investimentos internacionais (em # de clientes e parcerias). É isso mesmo: o Itaú está subindo para +50% de participação na Avenue.

A Avenue nasceu oferecendo contas de investimentos nos Estados Unidos para brasileiros. O aplicativo permite que investidores comprem ações de empresas americanas diretamente nos EUA ao invés dos BDRs oferecidos pelos apps nacionais – e cresceu suas ofertas e base de clientes através de aquisições como a Drivewealth, Coin DTVM e Bexs.

A jornada de ~7 anos do nascimento até a aquisição foi mais ou menos assim:

2018: nasce a fintech Avenue, criada por Roberto Lee.
2019: a primeira versão do app chega ao mercado.
2020: primeira rodada com a Igah Ventures, avaliada em R$ 235 mi com 55k clientes.
2021: segunda rodada com o Softbank de R$ 150 mi com 300k clientes.
2022: venda de 35% de participação para o Itaú por ~R$ 500 milhões.
2023-24: 700 mil clientes e +R$7 bilhões sob custódia.
2025: Itaú compra +17% da empresa e assume o controle.
2030: pelo acordo atual o Itaú pode comprar a fatia restante da Avenue.

As contas globais ganharam força no Brasil pela economia nas viagens, câmbio sem facada, gastos em tempo real e transações instantâneas em outras moedas. E o apelo dos investimentos pesa ainda mais, com acesso direto a ações, ETFs e renda fixa em dólar.

Pra deixar o setor ainda mais atrativo, 45% da população de classe A no Brasil já usam contas globais. Não é à toa que boa parte dos bancos brasileiros (XP, Inter, C6, BTG) criaram ou incorporaram contas globais de investimento em seus aplicativos.

QUICK DROPS

Brasil Adentro

  • Insider, a fashiontech com uma forte estratégia de influencers, decidiu suspender o patrocínio do podcast "Broxada Sinistra" depois da polêmica.

  • The Led, a empresa produzindo painéis digitais e mídia in-store capta R$ 150 milhões com a Kinea para expandir em retail media.

  • Terranova, plataforma de hyperscales da Actis, vai investir US$ 1,5 bi em data centers na América Latina para acelerar participação no Brasil e México.

  • Lenovo vai começar a produzir equipamentos de armazenamento e workstations no Brasil – em especial para impulsionar IA nas PMEs.

STATS

US$ 11 bilhões

é o novo valuation da plataforma apostas de previsão de mercados Kalshi, cofundada pela brasileira Luana Lopes Lara. A startup foi criada em 2019, mas só em 2025 já completou 3 rodadas de investimento e teve +1.000% de crescimento em volume de negociações, passando de 1 bilhão de dólares negociados semanalmente:

Junho de 2025: série C de US$ 185 milhões a um valuation de US$ 2 bilhões.
Agosto de 2025: série D de US$ 300 milhões a um valuation de US$ 5 bilhões.
Dezembro 2025: série E de US$ 1 bilhão a um valuation de US$ 11 bilhões.

Com isso, em apenas 6 anos de empresa, a Luana se torna bilionária (em dólares) mais jovem da história a construir sua própria fortuna, superando Taylor Swift e Lucy Guo.

STREAMING

Netflix: quer comprar a Warner Bros e HBO

img via Capitalistw

A Warner Bros Discovery nem estava à venda, mas isso não impediu que a Paramount enviasse várias ofertas tentando comprá-los – todas recusadas. Só que a insistência foi tanta que o estúdio decidiu abrir um leilão e definir o preço mínimo dos lances. E candidatos como Netflix, ComCast e a Paramount (agora com rivais) preparam suas ofertas!

O conglomerado da WBD é vasto e diverso, passando por filmes e produções cinematográficas, animações, séries, apps de streaming, redes globais e lineares de televisão (aberta/fechada), produtos de consumo, parques temáticos, merchandising, propriedade intelectual, franquias, etc…

De baixo desse mesmo guarda-chuva, marcas como Warner Bros, DC Studios, Cartoon Network, Animal Planet, Discovery, TNT, CNN, HBO Max, e mais de 100 marcas subsidiárias.

Para superar a oferta da Paramount (da família Oracle Ellison), a Netflix precisou colocar algo entre US$ 60-70 bilhões na mesa. Mas por quê?

  1. Netflix quer comprar escala, não apenas conteúdo: em vez de gastar US$ 18 bilhões por ano para licenciar conteúdo e deter apenas parte dos lucros, isso representaria uma integração vertical no nível da Disney em uma única operação.

  2. Streaming em alta, mídia tradicional em baixa: a WBD tem +US$ 30 bi em dívidas e uma base de assinantes de TV linear e a cabo cada vez menor, enquanto o streaming app avaliado em +US$ 40 bi, boas margens e crescendo.

  3. Movimento de defesa: se perder, a Netflix passará a próxima década alugando propriedade intelectual da concorrência. Mas se vencer, compra o prestígio da HBO, as franquias da Warner e a maior biblioteca de conteúdo não-disney de Hollywood.

Essa é a oportunidade que a Netflix esperava para evoluir de um streaming para um império de mídia global que vai muito além dos apps. Novas linhas de receita serão desbloqueadas como: produzir e lançar mais filmes no cinema, construir franquias de jogos (DC/Harry Potter), vender produtos de consumo, criar parques temáticos e construir universos de longa duração (como a Marvel, da Disney).

CONTRA DADOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Startups de IA: Receita por Funcionário

via business abc

Aumento da produtividade é o principal KPI medindo o impacto da inteligência artificial na economia. A expectativa é alta, afinal, o ganho precisa ser grande o suficiente para justificar os trilhões sendo investidos em chips, datacenters, treinamento, etc. Enquanto aguardamos as empresas tradicionais adotarem IA, as startups de IA dão um show de produtividade.

OpenAI, Copilot, Deepseek e outras, estão gerando receitas sem precedentes com equipes de trabalho ultraenxutas, superando as gigantes tradicionais da tecnologia por ampla margem quando o assunto é: receita por funcionário.

O motivo para tanta produtividade? A capacidade das IAs automatizarem tarefas que antes exigiam esforço humano. A inteligência artificial já está escrevendo de 50 a 60% do código em empresas como GitHub e Google.

Como a projeção é que o setor chegue a US$ 1,8 trilhão até 2030, o estudo dá uma palhinha do que podemos esperar do futuro: menos funcionários, mais entregas.

O que achou da edição de hoje?

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