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💧 A DR de bilhões da OpenAI
+ ads no WhatsApp + acquihiring no CRMBônus

Bom dia Droppers,
Hoje eu aprendi: que o Google Imagens foi lançado em 2001 depois que o vestido usado por Jennifer Lopes no Grammy de 2000 se tornou a consulta mais pesquisada no buscador.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• CRMBonus: acquihiring de dados e pessoas
• WhatsApp: vai ter ads sim
• Inclusão: a tecnologia no espectro
• OpenAI e Microsoft: a DR do século
Parceiro em destaque

STARTUPS
CRMBônus: acquihiring de dados e pessoas

Desde que captou R$ 400 milhões em uma rodada de investimentos com a Bond em 2024, a CRMBônus se manteve com o bolso cheio e quietinha. Mas mar calmo nunca fez bom marinheiro e chegou a hora de colocar essa grana para jogo. O deal da vez foi a aquisição da startup gaúcha Oto.
A Oto é um CRM focado no varejo físico com clientes como Granado, Natura, Nike e Calvin Klein. Além de gerenciar o relacionamento com o cliente, a plataforma oferece envio de cupons, sugestões de compra personalizadas, mensagens customizadas e até gamificação das metas dos vendedores.
O motivo da compra? Uma “acquihire de dados”, segundo o próprio founder Alexandre Zolko. Junto com o CNPJ a CRMBônus leva 53 funcionários e também os dados dos +4 mil clientes da empresa. Essa não é a primeira (e provavelmente nem a última) M&A que acontece por lá:
Comprou o ChefsClub, app de desconto em restaurantes por valor não revelado, em 2022.
Comprou a Zipper, de atendimento via WhatsApp, por R$ 23 mi em 2022.
Comprou a Becon, de atendimento via SMS, por R$ 18 mi em 2023.
Comprou a Giver, de giftback, por R$ 33 mi em 2023.
Com o deal da Oto, a CRMBônus segue montando seu ecossistema de dados, fidelização e relacionamento. Com o caixa ainda saudável e a estratégia de aumentar carteira de clientes e portfólio de funções via M&A dando certo, é difícil apostar que esse carrinho de compras vá parar por aqui.
ADS
Os anúncios chegaram ao WhatsApp

O icônico artigo-manifesto justificando por que o WhatsApp não tinha anúncios publicado em 2012 ainda está no ar. Isso não foi impedimento para que o novo dono – o mesmo que jurou de pé junto manter os mandamentos anti-ads – anunciasse que os Ads estão chegando no aplicativo de mensagens mais utilizado do Brasil.
Desde que o Facebook pagou US$ 19 bilhões em 2014, o aplicativo saiu de ~500 milhões de usuários mensais para +3 bilhões. Considerando que a Meta gera 98% de sua receita via ads, era questão de tempo até que o WhatsApp entrasse na jogada.
A monetização do app vai funcionar assim:
Os ads ficam apenas nas Atualizações/Status – similares aos stories do Instagram.
O WhatsApp coletará alguns dados dos usuários para direcionar os anúncios, como localização e idioma padrão do dispositivo.
Admins vão poder também pagar para promover seus canais nas listas de recomendações.
Canais de criadores com conteúdos exclusivos podem ter assinaturas pagas direto no app.
O potencial de receita é grande mesmo? Bem… A Meta afirma que essas duas abas (Updates e Channels) são acessadas por ~1.5 bilhão de pessoas diariamente.
Acredite ou não, a empresa também enfatizou que não tem planos de inserir anúncios em chats e mensagens pessoais e que as suas mensagens, ligações e status continuarão criptografadas de ponta a ponta. Ou seja: sem anúncio de pizza enquanto você e os amigos discutem o que vão jantar no grupo.
PS: o Youtube também está dobrando a aposta em Ads com anúncios não puláveis de 30 segundos.
QUICK DROPS
Mundo Afora
YouTube revelou durante o Festival de Criatividade de Cannes (sim, o dos Leões) que a geração de vídeos por IA do Veo vai chegar em breve aos Shorts.
Meta vai lançar óculos inteligentes em parceria com a Oakley – que assim com a Rayban também pertence à Luxottica – com foco em esportistas.
Universal Music notificou a Comissão Europeia sobre planos de comprar a Downtown Music por US$ 775 milhões.
Intel deve anunciar a demissão de 15-20% da sua força de trabalho da divisão de semicondutores (Foundry).
xAI está prestes de levantar US$ 4,3 bi por meio de um investimento de capital, além de seus planos de financiamento de dívida de US$ 5 bi.
![]() | Apple tem um novo concorrente, o presidente Trump! Quando não está falando em taxar a Apple por produzir fora dos EUA, o presidente Trump pode ser encontrado jogando golfe lançando o seu próprio smartphone e sua operadora de telefonia:
Só um único probleminha: apesar de ser anunciado como “made in USA”, especialistas afirmam que o celular é uma cópia customizada do REVVL 7 Pro, que é “made in China" – e que seria impossível produzi-lo 100% em território americano. |
QUICK DROPS
Brasil Adentro
Paytrack*: imagina nunca mais precisar guardar notas fiscais para conseguir reembolso? Com a IA da Paytrack, basta tirar uma foto que ela analisa, extrai os dados, organiza e você só espera o dinheiro pingar na sua conta! Confere aqui!
FutureCow, a foodtech criando leite sem precisar de vacas, completa rodada de R$ 4,8 mi, parte via crowdfunding e parte com a FAPESP e Embrapii.
CloudWalk, a dona da InfinitePay e Jim.com, capta maior FDIC do ano. Apelidado de FDIC PI, a empresa trouxe R$ 3,1415 bilhões para os caixa.
Mágio, a biotech produzindo chocolates nativos da Amazônia, capta rodada de R$ 8 mi liderada pela CBKK.
UY3, a fintech de credit as a service, chamou atenção dos sócios da XP e BTG Pactual, que lideraram uma rodada de R$ 50 mi na startup.
*Conteúdo de marca parceira
STATS RELEVANTE
84%
dos trabalhadores da área de tecnologia reportam sentirem algum nível de burnout.
via @lennysan
DROP BY AZION
Como escalar IA com custos controlados?
Um novo desejo entrou na lista da maioria das empresas: escalar suas aplicações de inteligência artificial. Mas, o que pode parecer uma conquista, pode virar pesadelo:
Pensa com a gente. Quanto mais escala, mais dados, mais transações, mais armazenamento e, consequentemente… mais custo.
Aqui entra um pulo do gato daquelas que lideram a revolução: a Azion. Ao executar e monitorar modelos na borda da rede, as empresas reduzem a necessidade de grandes infras, otimizando custos e melhorando o tempo de resposta de uma aplicação de AI.
Clique aqui e descubra como a Azion melhora a performance, a velocidade e a segurança de seus modelos de AI.
P.S. Você tem US$300 em créditos grátis para testar por 12 meses.
DIVERSIDADE
Tecnologia no espectro

Tecnologia é para melhorar a vida de todos! E nesse 18 de junho, quando é comemorado o Dia do Orgulho Autista, o TechDrop decidiu dedicar parte da edição para destacar startups brasileiras que vêm usando tecnologia para transformar a vida de pessoas no espectro — seja com diagnósticos mais precisos, terapias acessíveis ou inclusão profissional.
Com abordagens diversas, essas startups mostram como tecnologia e impacto social podem caminhar juntos para ampliar o acesso, a autonomia e a qualidade de vida de pessoas neurodivergentes no Brasil.
Genial Care: oferece intervenção multidisciplinar (terapias + apoio familiar) para crianças autistas.
Therafy Care: usa realidade virtual, IA e gamificação para desenvolver habilidades sociais, cognitivas e psicomotoras em crianças e adolescentes.
Toyt: simula rotinas diárias para promover autonomia em jovens neurodivergentes e permitir acompanhamento terapêutico.
CogniSigns: foca em identificar precocemente e diagnosticar TEA com IA, além de monitorar desenvolvimento com triagem digital e intervenção personalizada.
Jade Autism: disponibiliza apps e softwares para avaliação, acompanhamento educacional e diagnóstico de crianças com TEA, TDAH e Síndrome de Down.
aTip: conecta adultos autistas a empresas e oferece capacitação para inclusão profissional em tecnologia e outros setores.
Mirimim: app com IA adaptativa e dinâmicas gamificadas para apoiar o desenvolvimento social, emocional e cognitivo de crianças neurodivergentes em contexto terapêutico.
Fato é: tem muita gente boa usando código, dados e criatividade para resolver problemas reais – e o universo da neurodivergência merece cada byte de atenção. Que venham mais soluções acessíveis, mais inclusão com propósito e mais tecnologia a serviço das pessoas.
PS. Os links para todas as startups você encontra aqui.
DEAL
OpenAI e Microsoft: a DR do século

Ninguém investe grana em um ativo sem esperar algo em troca. Não seria diferente com a Microsoft, que topou investir US$ 13 bilhões na OpenAI e se tornou a maior acionista da startup. No começo tudo foram flores e cifras, agora o romance está em xeque.
Desde os primórdios, há 6 anos, o acordo entre elas não teve nada de usual:
A Azure da Microsoft seria o provedor exclusivo de Cloud da OpenAI;
A dona do GPT teria que pagar 75% dos lucros e 20% da receita para a Microsoft – até que os US$ 13 bi iniciais fossem pagos.
Depois disso, 49% das ações da OpenAI seriam da MSFT
A Microsoft abriria mão disso após a OAI atingir a Inteligência Artificial Geral (AGI) – e gerar US$ 100 bi no lucro acumulado.
O primeiro item da lista já caiu por terra com a OpenAI abrindo o relacionamento para incluir e usar o poder computacional da Oracle e do Google Cloud. O terceiro — os 49% de participação da Microsoft — virou o pivô da DR: com as duas lançando produtos cada vez mais concorrentes, a OpenAI agora busca mais autonomia do seu sugar daddy.

A tal da AGI também é um tópico delicado: OpenAI diz que está quase lá; a Microsoft, que ainda estamos anos longe. E como nem o conceito de Inteligência Artificial Geral é consenso, a dupla agora debate uma nova definição para deixar amarrada no contrato.
Agora os sócios-concorrentes se encontraram em uma encruzilhada: precisam correr contra o tempo para conseguir converter a estrutura non-profit em for-profit até o final do ano e assegurar outro investimento de US$ 20 bi da SoftBank.
Mas pra isso a OpenAI precisa da bênção da Microsoft – que está pedindo mais que o previamente acordado, incluindo acesso à propriedade intelectual da recém-adquirida startup Windsurf.
Let the treta begin! Elon Musk provavelmente já fez a sua pipoca…
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